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09/01/2006
-
19h57
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A disputa política no Estado do Rio de Janeiro a respeito da localização de uma nova refinaria petroquímica da Petrobras pode atrasar o andamento do projeto, informou hoje o diretor da área de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. De acordo com o diretor, o atraso nas obras pode levar até mesmo a uma carência de matéria-prima petroquímica a partir de 2011, com impacto nas importações.
Atualmente a Petrobras analisa três hipóteses de localização: em Itaguaí, no Sul do Estado, em Guriri, no norte fluminense entre Campos e Macaé e em Travessão, próximo a Campos. A expectativa da empresa é de que as obras comecem em 2007. O governo do Estado defende que a refinaria seja instalada no norte fluminense.
Lideranças políticas da Baixada Fluminense, como o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, defendem que o projeto seja instalado em Itaguaí.
A definição sobre o local se tornou uma polêmica que se arrasta há meses. No final do ano passado, a frente pró-refinaria em Itaguaí chegou a realizar um ato público no Centro do Rio para sensibilizar a Petrobras.
Em discurso durante a inauguração da Rio Polímeros, a governadora do Rio, Rosinha Matheus, em junho do ano passado, afirmou que faltava apenas a decisão política do presidente Lula sobre a localização da refinaria e afirmou que o norte fluminense é o mais adequados em termos logísticos, pela proximidade do porto de Sepetiba, e ambientais para receber o projeto.
Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, a companhia levará em conta apenas critérios técnicos para escolher o local, mas a briga política pode interferir no cronograma das obras. "Os políticos do Rio de Janeiro deveriam se unir para receber esse projeto de braços abertos. O objetivo da Petrobras é que o projeto seja feito no Rio de Janeiro. Gostaria que a decisão não fosse adiada para 2007", disse.
Até o final do primeiro trimestre, a companhia vai concluir estudos sobre critérios técnicos e econômicos, ambientais e sociais.
Segundo Costa, a criação da nova refinaria petroquímica que tem o grupo Ultra e o BNDES como parceiros da Petrobras vai propiciar maior uso do petróleo brasileiro, reflexos positivos na balança de pagamentos e crescimento do fornecimento de matéria-prima brasileira (nafta).
A Petrobras estima os investimentos na primeira, segunda e terceira gerações (produção de insumos, de resinas e de transformação, como plásticos) em US$ 9 bilhões. "O projeto representa uma oportunidade única para o país de geração de empregos e impostos. Além disso, os produtos brasileiros terão participação acima de 65%", disse.
A Petrobras vai participar da primeira e da segunda geração. A primeira etapa deve consumir investimentos da ordem de US$ 3 bilhões a US$ 3,5 bilhões. A segunda geração, na qual a Petrobras deve atuar como minoritária, deve demandar investimentos de cerca de US$ 3 bilhões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Petrobras
Disputa política sobre refinaria pode atrasar projeto, diz Petrobras
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da Folha Online, no Rio
A disputa política no Estado do Rio de Janeiro a respeito da localização de uma nova refinaria petroquímica da Petrobras pode atrasar o andamento do projeto, informou hoje o diretor da área de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. De acordo com o diretor, o atraso nas obras pode levar até mesmo a uma carência de matéria-prima petroquímica a partir de 2011, com impacto nas importações.
Atualmente a Petrobras analisa três hipóteses de localização: em Itaguaí, no Sul do Estado, em Guriri, no norte fluminense entre Campos e Macaé e em Travessão, próximo a Campos. A expectativa da empresa é de que as obras comecem em 2007. O governo do Estado defende que a refinaria seja instalada no norte fluminense.
Lideranças políticas da Baixada Fluminense, como o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, defendem que o projeto seja instalado em Itaguaí.
A definição sobre o local se tornou uma polêmica que se arrasta há meses. No final do ano passado, a frente pró-refinaria em Itaguaí chegou a realizar um ato público no Centro do Rio para sensibilizar a Petrobras.
Em discurso durante a inauguração da Rio Polímeros, a governadora do Rio, Rosinha Matheus, em junho do ano passado, afirmou que faltava apenas a decisão política do presidente Lula sobre a localização da refinaria e afirmou que o norte fluminense é o mais adequados em termos logísticos, pela proximidade do porto de Sepetiba, e ambientais para receber o projeto.
Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, a companhia levará em conta apenas critérios técnicos para escolher o local, mas a briga política pode interferir no cronograma das obras. "Os políticos do Rio de Janeiro deveriam se unir para receber esse projeto de braços abertos. O objetivo da Petrobras é que o projeto seja feito no Rio de Janeiro. Gostaria que a decisão não fosse adiada para 2007", disse.
Até o final do primeiro trimestre, a companhia vai concluir estudos sobre critérios técnicos e econômicos, ambientais e sociais.
Segundo Costa, a criação da nova refinaria petroquímica que tem o grupo Ultra e o BNDES como parceiros da Petrobras vai propiciar maior uso do petróleo brasileiro, reflexos positivos na balança de pagamentos e crescimento do fornecimento de matéria-prima brasileira (nafta).
A Petrobras estima os investimentos na primeira, segunda e terceira gerações (produção de insumos, de resinas e de transformação, como plásticos) em US$ 9 bilhões. "O projeto representa uma oportunidade única para o país de geração de empregos e impostos. Além disso, os produtos brasileiros terão participação acima de 65%", disse.
A Petrobras vai participar da primeira e da segunda geração. A primeira etapa deve consumir investimentos da ordem de US$ 3 bilhões a US$ 3,5 bilhões. A segunda geração, na qual a Petrobras deve atuar como minoritária, deve demandar investimentos de cerca de US$ 3 bilhões.
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