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10/01/2006
-
11h51
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
As centrais sindicais vão apresentar amanhã ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, uma nova proposta para o reajuste do salário mínimo. Pela proposta, que foi selada numa reunião realizada hoje entre as principais sindicais do país, o salário mínimo subiria de R$ 300 para R$ 360 a partir de 1º de maio.
A proposta é menor que a reivindicação inicial das centrais sindicais, que pediam um salário mínimo de R$ 400. Em contrapartida, as centrais querem vincular o reajuste do mínimo à correção de 10% da tabela do Imposto de Renda.
"Se não houver correção da tabela de IR, também não terá acordo para o salário mínimo", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Para o presidente da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), Antonio Carlos dos Reis, o Salim, o novo salário reivindicado pelas centrais não é o ideal. "Não podemos ter a ilusão de pedir um valor que o governo não terá condições de pagar."
Para recompor o poder de compra do mínimo no longo prazo, as centrais vão propor ao governo a criação de um programa de metas para a correção do salário, assim como há para a inflação e superávit primário. "Dessa forma se cria uma previsibilidade e se acaba com a novela sobre o reajuste do mínimo que ocorre todo ano", disse o presidente da CUT, João Felício.
Segundo ele, a nova proposta representa um meio-termo entre o mínimo de R$ 321 previsto no Orçamento de 2006 e a reivindicação inicial das centrais. "A elevação do mínimo para R$ 360 representará um aumento real de 14%. O mínimo nunca sofreu uma correção tão alta."
O Planalto chegou a acenar inicialmente com possibilidade de elevar o mínimo para R$ 350 e corrigir a tabela de IR em 7%. Mais tarde, representantes da equipe econômica disseram que para elevar o salário mínimo para R$ 350 não seria possível corrigir a tabela do Imposto de Renda.
Felício disse que as centrais rejeitam a proposta de elevar o mínimo para R$ 350. "Nossa proposta foi fechada com muita unidade entre as centrais e está vinculada à correção da tabela de IR."
Em 2004, as centrais sindicais pediam que a tabela sofresse uma correção de 17% para zerar as perdas acumuladas no governo Lula, mas o governo concedeu um reajuste de 10%.
No ano passado, as centrais chegaram a pedir 13% de correção --referente a inflação deste ano mais 7% que não foram concedidos em 2004. Como não houve acordo, o impasse ficou para ser negociado no começo deste ano de 2006. Agora, a reivindicação para a correção da tabela de IR caiu para 10%.
Desde 1996, a tabela sofreu somente duas correções: de 17,5%, em 2002, e de 10% em 2005. A equipe econômica, entretanto, sinalizou que a correção da tabela de IR não está entre as prioridades do governo. Para eles, a correção não gera "justiça social", pois beneficia apenas de 6% a 7% da população --quem paga IR.
Especial
Leia mais sobre a correção da tabela de IR
Leia mais sobre o salário mínimo
Centrais sindicais decidem pressionar governo por mínimo de R$ 360
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da Folha Online
As centrais sindicais vão apresentar amanhã ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, uma nova proposta para o reajuste do salário mínimo. Pela proposta, que foi selada numa reunião realizada hoje entre as principais sindicais do país, o salário mínimo subiria de R$ 300 para R$ 360 a partir de 1º de maio.
A proposta é menor que a reivindicação inicial das centrais sindicais, que pediam um salário mínimo de R$ 400. Em contrapartida, as centrais querem vincular o reajuste do mínimo à correção de 10% da tabela do Imposto de Renda.
"Se não houver correção da tabela de IR, também não terá acordo para o salário mínimo", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Para o presidente da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), Antonio Carlos dos Reis, o Salim, o novo salário reivindicado pelas centrais não é o ideal. "Não podemos ter a ilusão de pedir um valor que o governo não terá condições de pagar."
Para recompor o poder de compra do mínimo no longo prazo, as centrais vão propor ao governo a criação de um programa de metas para a correção do salário, assim como há para a inflação e superávit primário. "Dessa forma se cria uma previsibilidade e se acaba com a novela sobre o reajuste do mínimo que ocorre todo ano", disse o presidente da CUT, João Felício.
Segundo ele, a nova proposta representa um meio-termo entre o mínimo de R$ 321 previsto no Orçamento de 2006 e a reivindicação inicial das centrais. "A elevação do mínimo para R$ 360 representará um aumento real de 14%. O mínimo nunca sofreu uma correção tão alta."
O Planalto chegou a acenar inicialmente com possibilidade de elevar o mínimo para R$ 350 e corrigir a tabela de IR em 7%. Mais tarde, representantes da equipe econômica disseram que para elevar o salário mínimo para R$ 350 não seria possível corrigir a tabela do Imposto de Renda.
Felício disse que as centrais rejeitam a proposta de elevar o mínimo para R$ 350. "Nossa proposta foi fechada com muita unidade entre as centrais e está vinculada à correção da tabela de IR."
Em 2004, as centrais sindicais pediam que a tabela sofresse uma correção de 17% para zerar as perdas acumuladas no governo Lula, mas o governo concedeu um reajuste de 10%.
No ano passado, as centrais chegaram a pedir 13% de correção --referente a inflação deste ano mais 7% que não foram concedidos em 2004. Como não houve acordo, o impasse ficou para ser negociado no começo deste ano de 2006. Agora, a reivindicação para a correção da tabela de IR caiu para 10%.
Desde 1996, a tabela sofreu somente duas correções: de 17,5%, em 2002, e de 10% em 2005. A equipe econômica, entretanto, sinalizou que a correção da tabela de IR não está entre as prioridades do governo. Para eles, a correção não gera "justiça social", pois beneficia apenas de 6% a 7% da população --quem paga IR.
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