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12/01/2006
-
11h32
da Folha Online
Mal oficializou a compra da VEM (manutenção), a estatal aérea portuguesa TAP já admite a possibilidade de se desfazer futuramente da subsidiária que pertencia à Varig. O ministro de Obras Públicas de Portugal, Mário Lino, disse que pagará US$ 24 milhões pela empresa de manutenção.
Apesar de considerar que a VEM é, por si só, "uma empresa interessante para a TAP", o ministro disse que a estatal aérea portuguesa poderá vendê-la no futuro.
Esta não será a primeira vez que a TAP se desfaz de ativos negociados com a Varig. Em novembro, a companhia comprou a VEM e a VarigLog (cargas) por US$ 62 milhões com o compromisso de cobrir as ofertas que fossem feitas pelas duas empresas. O Matlin Patterson ofereceu US$ 77 milhões pelas duas.
Em vez de cobrir a proposta do Matlin, a TAP preferiu desmembrar a operação e repassar a VarigLog para o fundo americano, que pagou US$ 55 milhões pela empresa aérea de cargas.
Ao justificar a decisão de ficar apenas com a VEM, Lino disse que "neste momento não está garantido que a solução final para a Varig será interessante para a TAP".
O ministro português disse que optou por ficar num primeiro momento com a VEM para que a TAP possa manter "uma boa relação com a atual administração da Varig e que possa no futuro, e se o entender, contribuir para a recuperação da companhia."
Ontem, ao anunciar a conclusão da venda da VarigLog e VEM, a Varig não deu detalhes da operação. Informou apenas que receberia US$ 72 milhões pelas duas empresas, o que era mais que os US$ 62 milhões oferecidos inicialmente pela TAP.
Operação financeira
Lino disse que receberá de volta da Varig os US$ 38 milhões que foram pagos pela VarigLog acrescidos de US$ 7 milhões --referente à indenização prevista em contrato pela não conclusão da compra das duas subsidiárias. O problema é que a operação foi financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), que arcou com dois terços do negócio.
Além disso, analistas do setor dizem que a TAP não desembolsou até o momento nenhum centavo para garantir a compra da VEM ou da VarigLog. O único esforço feito até agora pela TAP se resumiria a uma tentativa frustrada de intermediar para a Varig uma operação de antecipação de recebíveis com o banco JP Morgan.
Essas mesmas fontes dizem que o presidente da TAP, o brasileiro Fernando Pinto, teria se aproximado do fundo Matlin Patterson para conseguir liberar o dinheiro. Por fim, a operação de recebíveis acabou sendo fechada mesmo pelo Matlin.
O dinheiro é necessário para a Varig mostrar hoje na audiência com o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, que conseguiu cumprir o acordo de pagar a dívida de US$ 56 milhões com as empresas de leasing. Em dezembro, o juiz aceitou prorrogar a liminar que impede o arresto de 40 aviões até amanhã se a Varig cumprisse um cronograma de pagamento de suas dívidas.
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre a recuperação judicial da Varig
TAP já admite intenção de vender a recém-comprada VEM
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Mal oficializou a compra da VEM (manutenção), a estatal aérea portuguesa TAP já admite a possibilidade de se desfazer futuramente da subsidiária que pertencia à Varig. O ministro de Obras Públicas de Portugal, Mário Lino, disse que pagará US$ 24 milhões pela empresa de manutenção.
Apesar de considerar que a VEM é, por si só, "uma empresa interessante para a TAP", o ministro disse que a estatal aérea portuguesa poderá vendê-la no futuro.
Esta não será a primeira vez que a TAP se desfaz de ativos negociados com a Varig. Em novembro, a companhia comprou a VEM e a VarigLog (cargas) por US$ 62 milhões com o compromisso de cobrir as ofertas que fossem feitas pelas duas empresas. O Matlin Patterson ofereceu US$ 77 milhões pelas duas.
Em vez de cobrir a proposta do Matlin, a TAP preferiu desmembrar a operação e repassar a VarigLog para o fundo americano, que pagou US$ 55 milhões pela empresa aérea de cargas.
Ao justificar a decisão de ficar apenas com a VEM, Lino disse que "neste momento não está garantido que a solução final para a Varig será interessante para a TAP".
O ministro português disse que optou por ficar num primeiro momento com a VEM para que a TAP possa manter "uma boa relação com a atual administração da Varig e que possa no futuro, e se o entender, contribuir para a recuperação da companhia."
Ontem, ao anunciar a conclusão da venda da VarigLog e VEM, a Varig não deu detalhes da operação. Informou apenas que receberia US$ 72 milhões pelas duas empresas, o que era mais que os US$ 62 milhões oferecidos inicialmente pela TAP.
Operação financeira
Lino disse que receberá de volta da Varig os US$ 38 milhões que foram pagos pela VarigLog acrescidos de US$ 7 milhões --referente à indenização prevista em contrato pela não conclusão da compra das duas subsidiárias. O problema é que a operação foi financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), que arcou com dois terços do negócio.
Além disso, analistas do setor dizem que a TAP não desembolsou até o momento nenhum centavo para garantir a compra da VEM ou da VarigLog. O único esforço feito até agora pela TAP se resumiria a uma tentativa frustrada de intermediar para a Varig uma operação de antecipação de recebíveis com o banco JP Morgan.
Essas mesmas fontes dizem que o presidente da TAP, o brasileiro Fernando Pinto, teria se aproximado do fundo Matlin Patterson para conseguir liberar o dinheiro. Por fim, a operação de recebíveis acabou sendo fechada mesmo pelo Matlin.
O dinheiro é necessário para a Varig mostrar hoje na audiência com o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, que conseguiu cumprir o acordo de pagar a dívida de US$ 56 milhões com as empresas de leasing. Em dezembro, o juiz aceitou prorrogar a liminar que impede o arresto de 40 aviões até amanhã se a Varig cumprisse um cronograma de pagamento de suas dívidas.
Com agências internacionais
Especial
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