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12/01/2006
-
18h30
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O presidente da estatal aérea portuguesa TAP, o brasileiro Fernando Pinto, disse hoje que a companhia saiu lucrando ao desistir de comprar a VarigLog (transporte aéreo de cargas) da Varig e ficar apenas com a VEM (engenharia e manutenção). Por comprar a VEM por US$ 24 milhões e desistir da VarigLog, a TAP receberá US$ 45,6 milhões.
"Foi globalmente um bom negócio para a nossa companhia, pois além de recebermos alguma compensação pela venda da VarigLog, podemos concentrar-nos numa das áreas que melhor dominamos", disse Pinto aos jornais portugueses.
Em novembro, a TAP havia comprado a VarigLog e a VEM por US$ 62 milhões com a condição de cobrir as ofertas que fossem feitas pelas subsidiárias. Em vez de cobrir o lance de US$ 77 milhões feita pelo fundo norte-americano Matlin Patterson, a TAP desistiu da VarigLog e preferiu ficar apenas com a VEM.
Além de receber de volta os US$ 38 milhões que pagou pela VarigLog, a TAP informou que receberá mais US$ 7,6 milhões referente à multa prevista no contrato de compra e venda pela não-conclusão da operação.
Apesar de informar que obteve vantagem com o negócio, a TAP terá de quitar imediatamente parte da dívida que tem com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiou dois terços da compra de US$ 62 milhões. O banco informou que a TAP poderá manter o financiamento da compra da VEM, mas terá de pagar pela parte referente à VarigLog.
Ao justificar a decisão de desistir da VarigLog, o ministro de Obras Públicas de Portugal, Mário Lino, disse que "neste momento não está garantido que a solução final para a Varig será interessante para a TAP".
Segundo a Varig, os US$ 45,6 milhões da TAP serão pagos pelo Matlin Patterson, que desembolsará US$ 48,2 milhões para comprar a VarigLog. Os US$ 2,6 milhões restantes deverão ficar com a Varig como complemento do preço original.
Planos para o Brasil
Pinto disse hoje que a TAP enviará na próxima semana uma equipe para a VEM para "iniciar o processo de integração com o objetivo de potenciar as capacidades e a experiência das duas empresas".
Segundo ele, o conselho administrativo da VEM será presidido por Jorge Sobral, que hoje faz parte da administração da TAP.
Pinto afirmou que a compra da VEM é estratégica para a TAP e vai permitir a expansão da área de manutenção. "Sendo a VEM o maior centro de manutenção de aeronaves da América do Sul, a TAP dá um passo estratégico para o desenvolvimento de uma das áreas de maior excelência da companhia."
O governo português, entretanto, não demonstrou o mesmo interesse pela VEM. O ministro de Obras Públicas disse que apesar de considerar que a VEM é por si só "uma empresa interessante para a TAP", a estatal poderá vendê-la no futuro.
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre a recuperação judicial da Varig
TAP diz que lucrou ao desistir de comprar a VarigLog
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da Folha Online
O presidente da estatal aérea portuguesa TAP, o brasileiro Fernando Pinto, disse hoje que a companhia saiu lucrando ao desistir de comprar a VarigLog (transporte aéreo de cargas) da Varig e ficar apenas com a VEM (engenharia e manutenção). Por comprar a VEM por US$ 24 milhões e desistir da VarigLog, a TAP receberá US$ 45,6 milhões.
"Foi globalmente um bom negócio para a nossa companhia, pois além de recebermos alguma compensação pela venda da VarigLog, podemos concentrar-nos numa das áreas que melhor dominamos", disse Pinto aos jornais portugueses.
Em novembro, a TAP havia comprado a VarigLog e a VEM por US$ 62 milhões com a condição de cobrir as ofertas que fossem feitas pelas subsidiárias. Em vez de cobrir o lance de US$ 77 milhões feita pelo fundo norte-americano Matlin Patterson, a TAP desistiu da VarigLog e preferiu ficar apenas com a VEM.
Além de receber de volta os US$ 38 milhões que pagou pela VarigLog, a TAP informou que receberá mais US$ 7,6 milhões referente à multa prevista no contrato de compra e venda pela não-conclusão da operação.
Apesar de informar que obteve vantagem com o negócio, a TAP terá de quitar imediatamente parte da dívida que tem com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiou dois terços da compra de US$ 62 milhões. O banco informou que a TAP poderá manter o financiamento da compra da VEM, mas terá de pagar pela parte referente à VarigLog.
Ao justificar a decisão de desistir da VarigLog, o ministro de Obras Públicas de Portugal, Mário Lino, disse que "neste momento não está garantido que a solução final para a Varig será interessante para a TAP".
Segundo a Varig, os US$ 45,6 milhões da TAP serão pagos pelo Matlin Patterson, que desembolsará US$ 48,2 milhões para comprar a VarigLog. Os US$ 2,6 milhões restantes deverão ficar com a Varig como complemento do preço original.
Planos para o Brasil
Pinto disse hoje que a TAP enviará na próxima semana uma equipe para a VEM para "iniciar o processo de integração com o objetivo de potenciar as capacidades e a experiência das duas empresas".
Segundo ele, o conselho administrativo da VEM será presidido por Jorge Sobral, que hoje faz parte da administração da TAP.
Pinto afirmou que a compra da VEM é estratégica para a TAP e vai permitir a expansão da área de manutenção. "Sendo a VEM o maior centro de manutenção de aeronaves da América do Sul, a TAP dá um passo estratégico para o desenvolvimento de uma das áreas de maior excelência da companhia."
O governo português, entretanto, não demonstrou o mesmo interesse pela VEM. O ministro de Obras Públicas disse que apesar de considerar que a VEM é por si só "uma empresa interessante para a TAP", a estatal poderá vendê-la no futuro.
Com agências internacionais
Especial
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