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13/01/2006 - 09h58

Produção industrial cresce em 8 das 14 regiões, diz IBGE

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A produção industrial registrou alta em oito das 14 regiões pesquisadas em novembro na comparação com igual mês de 2004, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em novembro, o destaque ficou por conta do avanço da produção industrial de Pernambuco, de 12,3% após um resultado negativo de 1,9% em outubro. Seis das 11 atividades da indústria pernambucana tiveram desempenho favorável, principalmente o setor de alimentos e bebidas (18,6%). Outros setores com crescimento significativo foram metalurgia básica (30,3%) e borracha e plástico (26,7%).

Além de Pernambuco, outros cinco locais pesquisados apresentaram crescimento acima da média nacional, de 0,6%: Rio de Janeiro (4,0%), Minas Gerai (3,8%), Espírito Santo (1,5%), Bahia (1,1%) e Pará (0,9%).

Desaceleração em SP

A região Nordeste (0,5%) e São Paulo (0,3%) apresentaram taxas positivas, mas abaixo da média de crescimento do país. Segundo o IBGE, os últimos três meses registraram os resultados mais baixos da indústria paulista desde o final de 2003. A taxa anualizada de São Paulo, dos últimos 12 meses, acentuou a trajetória de desaceleração observada nos últimos meses, e passou de 5,1% em outubro para 4,3% em novembro.

O menor fôlego da indústria paulista confirma os resultados da indústria nacional em novembro: de recuperação moderada, mas insuficiente para reverter a trajetória de desaceleração verificada nos indicadores de mais longo prazo. A indústria de São Paulo é a de maior peso na produção industrial nacional.

A principal contribuição positiva da indústria paulista em novembro ficou com a indústria farmacêutica (35,7%). Outras atividades com desempenho positivo foram veículos automotores (3,3%), edição e impressão (4,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (3,8%). Entre as atividades que registraram queda na produção, o IBGE destaca material eletrônico e equipamentos de comunicações (-10%), máquinas e equipamentos (-5,7%), vestuário (-17,9%) e metalurgia básica (-8,2%).

Os demais locais pesquisados mostraram queda na produção: Santa Catarina (-2,2%), Amazonas (-2,4%), Rio Grande do Sul (-3,4%), Goiás (-3,7%), Ceará (-6,2%) e Paraná (-10,4%).

No acumulado do ano, apenas Ceará (-1,1%) e Rio Grande do Sul (-3,8%) apresentam taxas negativas. A indústria nacional acumulou crescimento de 3,1% no período de janeiro a novembro de 2005 contra igual período de 2004. Em termos percentuais, a liderança coube ao Amazonas, com expansão de 13,5%. Outros locais com crescimento acima da média no ano são: Minas Gerais (6,4%), Pará (3,8%), São Paulo (3,7%), Bahia (3,5%) e Goiás (3,2%).

Segundo o IBGE, as regiões com crescimento acima da média confirma o padrão de expansão da indústria observado nos últimos meses, com forte presença dos bens de consumo, duráveis (automóveis e eletrodomésticos) e semiduráveis e não duráveis (roupas e alimentos), além da presença de setores tipicamente exportadores.

As regiões com expansão abaixo da média são: Nordeste (2,3%), Pernambuco (2,3%), Rio de Janeiro (1,9%), Espírito Santo (1,8%), Paraná (1,0%) e Santa Catarina (0,4%).

Média nacional

A indústria nacional registrou expansão de 0,6% em novembro na comparação com outubro, segundo dados divulgados no início desta semana pelo IBGE. A avaliação do instituto é de que houve uma recuperação modesta da indústria nos últimos dois meses, mas sem vigor suficiente para reverter a trajetória de desaceleração verificada no indicador de média móvel trimestral, um indicador de análise de longo prazo que sinaliza a tendência de comportamento do setor.

Com a entrada do terceiro trimestre, o setor que mais perdeu ritmo na indústria nacional foi o de bens de consumo duráveis. Mais sensível às expectativas do consumidor e da indústria, o setor perdeu fôlego em razão do crescimento menor do crédito e da maior concorrência de produtos importados em razão da taxa de câmbio.

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