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13/01/2006
-
15h59
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se prepara para começar a negociar com a Volkswagen a renovação do acordo de estabilidade no emprego dos funcionários de São Bernardo. A estabilidade, que durou cinco anos, acaba em outubro deste ano.
Se o acordo não for renovado até lá, a montadora não terá nenhum empecilho para demitir qualquer um dos 12 mil funcionários a partir de novembro. Para evitar esse cenário, o sindicato dá início aos preparativos para a negociação da renovação do acordo já a partir do começo do próximo mês.
"Não tenho dúvida de que essa será, com certeza, a nossa principal negociação de 2006", disse o presidente do sindicato, José Lopez Feijóo.
A necessidade de iniciar a negociação o mais cedo possível, segundo ele, é que há indícios de dificuldade para selar um novo o acordo. O principal sinal foi dado pelo presidente da Volkswagen do Brasil, Hans-Christian Maergner, que depois de assumir o posto em 2004 declarou para a imprensa alemã que não pretendia renovar o acordo de estabilidade no emprego fechado pelos seus antecessores.
"Uma coisa está certa: garantia de emprego não haverá mais. Só sobre o meu cadáver", disse na ocasião Maergner para o jornal "Handelsblatt".
Para Feijóo, a declaração de Maergner tem de ser entendida como um recado da montadora e não como uma opinião pessoal. "Um executivo tende a expressar a política da empresa e não a sua opinião pessoal. Se foi isso mesmo, se essa é a política da empresa, as negociações deverão ser bastante difíceis."
A Volkswagen já mostrou no ano passado que não está disposta a facilitar as negociações com o sindicato. Depois de um impasse com o sindicato na negociação do valor da PLR (participação nos lucros e resultados) --que resultou numa greve de 17 dias--, a empresa só fechou um acordo no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Apesar dos sinais de dificuldade, Feijóo acredita na renovação do acordo de estabilidade no emprego. "A principal estratégia para a negociação é a vontade dos trabalhadores, que desejam muito que o acordo seja renovado."
Além disso, o sindicalista afirma que a renovação do acordo trará benefícios tanto para a montadora como para os funcionários. "A sensação de segurança no trabalho cria um ambiente benéfico que se reflete na produtividade e qualidade do serviço. Num ambiente de mal-estar, incerteza e insegurança, o trabalho acaba prejudicado."
Antes de sentar para negociar com a empresa, o sindicato quer realizar uma série de debates com os funcionários da Volkswagen de São Bernardo para discutir a renovação do acordo. "Num primeiro momento não vamos falar do período dessa estabilidade. É claro que numa negociação o sindicato quer sempre melhorar o acordo que havia antes. O mais importante é garantir a estabilidade", afirmou Feijóo.
Especial
Leia mais sobre o acordo de estabilidade no emprego na Volkswagen
Sindicato prepara negociação sobre estabilidade no emprego com Volkswagen
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da Folha Online
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se prepara para começar a negociar com a Volkswagen a renovação do acordo de estabilidade no emprego dos funcionários de São Bernardo. A estabilidade, que durou cinco anos, acaba em outubro deste ano.
Se o acordo não for renovado até lá, a montadora não terá nenhum empecilho para demitir qualquer um dos 12 mil funcionários a partir de novembro. Para evitar esse cenário, o sindicato dá início aos preparativos para a negociação da renovação do acordo já a partir do começo do próximo mês.
"Não tenho dúvida de que essa será, com certeza, a nossa principal negociação de 2006", disse o presidente do sindicato, José Lopez Feijóo.
A necessidade de iniciar a negociação o mais cedo possível, segundo ele, é que há indícios de dificuldade para selar um novo o acordo. O principal sinal foi dado pelo presidente da Volkswagen do Brasil, Hans-Christian Maergner, que depois de assumir o posto em 2004 declarou para a imprensa alemã que não pretendia renovar o acordo de estabilidade no emprego fechado pelos seus antecessores.
"Uma coisa está certa: garantia de emprego não haverá mais. Só sobre o meu cadáver", disse na ocasião Maergner para o jornal "Handelsblatt".
Para Feijóo, a declaração de Maergner tem de ser entendida como um recado da montadora e não como uma opinião pessoal. "Um executivo tende a expressar a política da empresa e não a sua opinião pessoal. Se foi isso mesmo, se essa é a política da empresa, as negociações deverão ser bastante difíceis."
A Volkswagen já mostrou no ano passado que não está disposta a facilitar as negociações com o sindicato. Depois de um impasse com o sindicato na negociação do valor da PLR (participação nos lucros e resultados) --que resultou numa greve de 17 dias--, a empresa só fechou um acordo no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Apesar dos sinais de dificuldade, Feijóo acredita na renovação do acordo de estabilidade no emprego. "A principal estratégia para a negociação é a vontade dos trabalhadores, que desejam muito que o acordo seja renovado."
Além disso, o sindicalista afirma que a renovação do acordo trará benefícios tanto para a montadora como para os funcionários. "A sensação de segurança no trabalho cria um ambiente benéfico que se reflete na produtividade e qualidade do serviço. Num ambiente de mal-estar, incerteza e insegurança, o trabalho acaba prejudicado."
Antes de sentar para negociar com a empresa, o sindicato quer realizar uma série de debates com os funcionários da Volkswagen de São Bernardo para discutir a renovação do acordo. "Num primeiro momento não vamos falar do período dessa estabilidade. É claro que numa negociação o sindicato quer sempre melhorar o acordo que havia antes. O mais importante é garantir a estabilidade", afirmou Feijóo.
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