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18/01/2006
-
19h04
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
Em carta encaminhada hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os diretores das redes de televisão brasileiras formalizaram a posição do setor em defesa do padrão japonês para a TV Digital, segundo informou hoje o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
No documento, os radiodifusores defenderam que o Sistema Brasileiro de TV Digital deve manter a característica de TV aberta (disponível para todos os brasileiros), que comporte a transmissão em alta definição, mas também comporte a definição standard (definição padrão, de qualidade inferior, mas que permite múltipla programação). As TVs ainda pedem no documento que a TV Digital tenha portabilidade e mobilidade.
"Se perguntar a um técnico, a um engenheiro, -- e eu não sou engenheiro --, é possível que ele diga que o padrão japonês, neste momento, atende a todas essas especificidades. Nada impede que os europeus, amanhã, digam para nós que podem também preencher essas lacunas. E até os americanos", disse Costa.
Apesar de o relatório feito pelo CPqD (Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento) sobre as pesquisas das universidades e instituições de pesquisa apresentado ontem ao governo praticamente descartar tecnicamente o sistema americano de TV Digital (ATSC), o ministro preferiu adotar hoje um discurso diplomático. Segundo ele o governo não descartou oficialmente das negociações nenhum dos padrões em discussão.
O ministro fez questão de enfatizar que o governo vai considerar a possibilidade de adotar qualquer um dos três modelos enquanto estiver negociando as contrapartidas oferecidas por cada um. "Se nós decidirmos o que está descartado e o que não está, isso prejudica as negociações", disse.
Essas negociações de contrapartidas, segundo ele, serão conduzidas pela Presidência da República, pela Casa Civil e o Ministério das Comunicações. "Agora já é uma decisão política que vai ser tomada pelo presidente da República e seus ministros em cima da posição que foi apresentada tecnicamente", afirmou Costa ao comentar que a decisão está na "reta final".
Para que a TV Digital chegue à população brasileira ainda neste ano, o governo precisa definir o padrão que será adotado no país até a primeira quinzena de fevereiro.
O aparelho conversor que vai permitir a recepção do sinal digital nas atuais TVs analógicas custaria cerca de R$ 220. Mas o ministro destacou que o preço desse equipamento é um dos pontos em discussão no governo, e previu que as negociações poderão reduzir esse preço "drasticamente" nos próximos seis meses.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o padrão de TV Digital
Emissoras defendem em carta a Lula o padrão japonês para TV Digital
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da Folha Online, em Brasília
Em carta encaminhada hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os diretores das redes de televisão brasileiras formalizaram a posição do setor em defesa do padrão japonês para a TV Digital, segundo informou hoje o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
No documento, os radiodifusores defenderam que o Sistema Brasileiro de TV Digital deve manter a característica de TV aberta (disponível para todos os brasileiros), que comporte a transmissão em alta definição, mas também comporte a definição standard (definição padrão, de qualidade inferior, mas que permite múltipla programação). As TVs ainda pedem no documento que a TV Digital tenha portabilidade e mobilidade.
"Se perguntar a um técnico, a um engenheiro, -- e eu não sou engenheiro --, é possível que ele diga que o padrão japonês, neste momento, atende a todas essas especificidades. Nada impede que os europeus, amanhã, digam para nós que podem também preencher essas lacunas. E até os americanos", disse Costa.
Apesar de o relatório feito pelo CPqD (Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento) sobre as pesquisas das universidades e instituições de pesquisa apresentado ontem ao governo praticamente descartar tecnicamente o sistema americano de TV Digital (ATSC), o ministro preferiu adotar hoje um discurso diplomático. Segundo ele o governo não descartou oficialmente das negociações nenhum dos padrões em discussão.
O ministro fez questão de enfatizar que o governo vai considerar a possibilidade de adotar qualquer um dos três modelos enquanto estiver negociando as contrapartidas oferecidas por cada um. "Se nós decidirmos o que está descartado e o que não está, isso prejudica as negociações", disse.
Essas negociações de contrapartidas, segundo ele, serão conduzidas pela Presidência da República, pela Casa Civil e o Ministério das Comunicações. "Agora já é uma decisão política que vai ser tomada pelo presidente da República e seus ministros em cima da posição que foi apresentada tecnicamente", afirmou Costa ao comentar que a decisão está na "reta final".
Para que a TV Digital chegue à população brasileira ainda neste ano, o governo precisa definir o padrão que será adotado no país até a primeira quinzena de fevereiro.
O aparelho conversor que vai permitir a recepção do sinal digital nas atuais TVs analógicas custaria cerca de R$ 220. Mas o ministro destacou que o preço desse equipamento é um dos pontos em discussão no governo, e previu que as negociações poderão reduzir esse preço "drasticamente" nos próximos seis meses.
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