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19/01/2006
-
11h13
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A conta de transações correntes do país registrou um recorde histórico em 2005. O saldo ficou positivo em US$ 14,199 bilhões, o melhor desde o início da série do Banco Central, em 1947. Em 2004, o superávit dessa conta foi de US$ 11,738 bilhões. Foi o terceiro ano seguido em que o Brasil ficou com saldo positivo nessa conta.
A conta corrente é importante porque reflete as principais transações do país com o exterior na área comercial e na contratação de serviços e transferências de renda.
O resultado das contas externas tem sido destacado por membros do governo Lula como uma das principais conquistas da política econômica.
Em 2002, o Brasil viveu uma crise de confiança externa durante o processo eleitoral. Para Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, hoje o cenário é outro, já que os indicadores de sustentabilidade das contas externas são muito melhores.
O superávit também recorde da balança comercial no ano passado, de US$ 44,757 bilhões, foi o item que mais colaborou para o saldo das transações correntes. Já a conta de serviços e renda teve um saldo negativo de US$ 34,115 bilhões e as despesas unilaterais, um superávit de US$ 3,558 bilhões.
Para Altamir, as condições de volatilidade hoje estão melhores. "Você tem hoje um balanço de pagamentos completamente consolidado."
O balanço de pagamentos, que reflete as movimentações de recursos feitas com o exterior, encerrou o ano com um saldo positivo de US$ 4,319 bilhões, contra US$ 2,244 bilhões em 2004.
O balanço inclui o resultado das transações correntes mais a conta capital e financeira (que representam as operações financeiras do país com o exterior) e o ingresso de investimentos estrangeiros.
Já os investimentos estrangeiros no país somaram US$ 15,193 bilhões. O desempenho foi menor do que o registrado em 2004, quando os investimentos no Brasil totalizaram US$ 18,166 bilhões.
Esse tipo de investimento é importante porque amplia a capacidade das empresas de ofertarem bens e serviços. Com maior capacidade de produção, cai o risco de a inflação sair do controle.
Dívida
A dívida externa do país projetada para outubro estava em US$ 181,402 bilhões, uma queda de quase US$ 20 bilhões na comparação com a posição de dezembro de 2004 (US$ 201,374 bilhões). Sobre setembro, a queda foi de US$ 1,7 bilhão.
As reservas fecharam dezembro em US$ 53,799 bilhões, ou seja, um aumento de US$ 864 milhões em relação ao fechamento de 2004. Isso correu mesmo com o pagamento antecipado ao FMI (Fundo Monetário Internacional) feito em dezembro, de US$ 15,451 bilhões. Além desse pagamento, o BC já tinha pago US$ 7,6 bilhões no decorrer do ano.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre contas externas
Contas externas têm maior superávit da história em 2005
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da Folha Online, em Brasília
A conta de transações correntes do país registrou um recorde histórico em 2005. O saldo ficou positivo em US$ 14,199 bilhões, o melhor desde o início da série do Banco Central, em 1947. Em 2004, o superávit dessa conta foi de US$ 11,738 bilhões. Foi o terceiro ano seguido em que o Brasil ficou com saldo positivo nessa conta.
A conta corrente é importante porque reflete as principais transações do país com o exterior na área comercial e na contratação de serviços e transferências de renda.
O resultado das contas externas tem sido destacado por membros do governo Lula como uma das principais conquistas da política econômica.
Em 2002, o Brasil viveu uma crise de confiança externa durante o processo eleitoral. Para Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, hoje o cenário é outro, já que os indicadores de sustentabilidade das contas externas são muito melhores.
O superávit também recorde da balança comercial no ano passado, de US$ 44,757 bilhões, foi o item que mais colaborou para o saldo das transações correntes. Já a conta de serviços e renda teve um saldo negativo de US$ 34,115 bilhões e as despesas unilaterais, um superávit de US$ 3,558 bilhões.
Para Altamir, as condições de volatilidade hoje estão melhores. "Você tem hoje um balanço de pagamentos completamente consolidado."
O balanço de pagamentos, que reflete as movimentações de recursos feitas com o exterior, encerrou o ano com um saldo positivo de US$ 4,319 bilhões, contra US$ 2,244 bilhões em 2004.
O balanço inclui o resultado das transações correntes mais a conta capital e financeira (que representam as operações financeiras do país com o exterior) e o ingresso de investimentos estrangeiros.
Já os investimentos estrangeiros no país somaram US$ 15,193 bilhões. O desempenho foi menor do que o registrado em 2004, quando os investimentos no Brasil totalizaram US$ 18,166 bilhões.
Esse tipo de investimento é importante porque amplia a capacidade das empresas de ofertarem bens e serviços. Com maior capacidade de produção, cai o risco de a inflação sair do controle.
Dívida
A dívida externa do país projetada para outubro estava em US$ 181,402 bilhões, uma queda de quase US$ 20 bilhões na comparação com a posição de dezembro de 2004 (US$ 201,374 bilhões). Sobre setembro, a queda foi de US$ 1,7 bilhão.
As reservas fecharam dezembro em US$ 53,799 bilhões, ou seja, um aumento de US$ 864 milhões em relação ao fechamento de 2004. Isso correu mesmo com o pagamento antecipado ao FMI (Fundo Monetário Internacional) feito em dezembro, de US$ 15,451 bilhões. Além desse pagamento, o BC já tinha pago US$ 7,6 bilhões no decorrer do ano.
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