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23/01/2006
-
09h45
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Janeiro deve superar os resultados de 2005 no comércio de São Paulo --ao contrário de análises anteriores que desenhavam um cenário nebuloso para o começo de ano. Na primeira quinzena de 2006 os negócios tiveram uma alta média de 4,2% nas operações a prazo e à vista. Se nas últimas duas semanas do mês a atividade continuar, no mínimo, igual àquela registrada em igual intervalo de 2005, janeiro terminará com saldo positivo.
Os dados são da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) que, no entanto, analisa os resultados com cautela.
"A tendência é que o ritmo de atividade se aqueça na segunda quinzena do mês, ainda motivada pelos saldões de estoque. Mas o verão forte pode "espantar" o consumidor para a praia e reduzir posteriormente os negócios na capital", afirma Marcel Solimeo, economista da entidade.
Na primeira metade do mês, o volume de operações à vista no varejo de São Paulo cresceu 7,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2005. Já nas operações a prazo, medidas pelo SCPC (Sistema Central de Proteção ao Crédito), a alta foi mais discreta, de 1,1%. Essa elevação tímida pode ser explicada pelo fato de que a venda parcelada tende a cair após o Natal --período em que essa demanda, direcionada a produtos como os eletroeletrônicos, atinge o pico do ano. Na média das duas operações, a expansão ultrapassou os 4% no período.
O SCPC mede as consultas do comércio ao sistema da ACSP para que seja liberada a venda a prazo ao cliente no momento da compra. Já o Usecheque contabiliza as operações à vista. Compras com cartão de crédito e de débito, que mostraram expansão no ano passado, não entram nessa conta.
Os resultados de 2005 mostram que a atividade mais forte do varejo foi sentida após a segunda semana de janeiro. Na venda à vista, até o dia 15, haviam sido contabilizadas 887 mil operações. Se esse número se repetir na segunda metade do mês em 2006, então serão 1,7 milhão de operações de pagamento do produto no ato da compra, número superior ao total de 1,6 milhão em janeiro de 2005.
Na primeira semana de janeiro, a Folha informou que o comércio verificava um aquecimento na demanda, o qual levou a indústria a manter o ritmo fabril. Certos analistas, porém, apontavam para um mês menos positivo.
Segundo Roberto Chadad, presidente da Abravest (Associação Brasileira do Vestuário), boa parte da fabricação da indústria do setor neste mês tem sido para atender a pedidos de produtos para queima em liquidações. "Juntamos o que chamamos de "sobras" e fazemos lotes para atender encomendas pontuais. Isso porque boa parte da venda do mês será aquilo que não foi comercializado em dezembro", explica Chadad, que tem se queixado do desempenho do setor nos últimos meses. "Só tem demanda o produto de preço baixo, e aí o setor não faz receita", diz.
O desempenho do comércio brasileiro em 2005, até novembro, foi positivo: a alta nas vendas, em volume, no varejo é de 4,8%, informou nesta semana o IBGE. Para 2006, a expectativa é que o comércio registre uma elevação ligeiramente superior à do PIB, de 4% a 5%, segundo a ACSP.
No mesmo levantamento da associação que aponta expansão nas vendas em janeiro, há dados sobre volume de registros recebidos e cancelados de pessoas que estão inadimplentes em São Paulo. Pela pesquisa, houve uma alta de 3,4% no total de registros recebidos em janeiro sobre mesmo mês de 2005. Já o de cancelados cresceu menos, 2,1% --o que mostra uma velocidade maior de pessoas entrando na lista de insolventes do que saindo dela.
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"Saldões" esquentam vendas do comércio
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da Folha de S.Paulo
Janeiro deve superar os resultados de 2005 no comércio de São Paulo --ao contrário de análises anteriores que desenhavam um cenário nebuloso para o começo de ano. Na primeira quinzena de 2006 os negócios tiveram uma alta média de 4,2% nas operações a prazo e à vista. Se nas últimas duas semanas do mês a atividade continuar, no mínimo, igual àquela registrada em igual intervalo de 2005, janeiro terminará com saldo positivo.
Os dados são da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) que, no entanto, analisa os resultados com cautela.
"A tendência é que o ritmo de atividade se aqueça na segunda quinzena do mês, ainda motivada pelos saldões de estoque. Mas o verão forte pode "espantar" o consumidor para a praia e reduzir posteriormente os negócios na capital", afirma Marcel Solimeo, economista da entidade.
Na primeira metade do mês, o volume de operações à vista no varejo de São Paulo cresceu 7,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2005. Já nas operações a prazo, medidas pelo SCPC (Sistema Central de Proteção ao Crédito), a alta foi mais discreta, de 1,1%. Essa elevação tímida pode ser explicada pelo fato de que a venda parcelada tende a cair após o Natal --período em que essa demanda, direcionada a produtos como os eletroeletrônicos, atinge o pico do ano. Na média das duas operações, a expansão ultrapassou os 4% no período.
O SCPC mede as consultas do comércio ao sistema da ACSP para que seja liberada a venda a prazo ao cliente no momento da compra. Já o Usecheque contabiliza as operações à vista. Compras com cartão de crédito e de débito, que mostraram expansão no ano passado, não entram nessa conta.
Os resultados de 2005 mostram que a atividade mais forte do varejo foi sentida após a segunda semana de janeiro. Na venda à vista, até o dia 15, haviam sido contabilizadas 887 mil operações. Se esse número se repetir na segunda metade do mês em 2006, então serão 1,7 milhão de operações de pagamento do produto no ato da compra, número superior ao total de 1,6 milhão em janeiro de 2005.
Na primeira semana de janeiro, a Folha informou que o comércio verificava um aquecimento na demanda, o qual levou a indústria a manter o ritmo fabril. Certos analistas, porém, apontavam para um mês menos positivo.
Segundo Roberto Chadad, presidente da Abravest (Associação Brasileira do Vestuário), boa parte da fabricação da indústria do setor neste mês tem sido para atender a pedidos de produtos para queima em liquidações. "Juntamos o que chamamos de "sobras" e fazemos lotes para atender encomendas pontuais. Isso porque boa parte da venda do mês será aquilo que não foi comercializado em dezembro", explica Chadad, que tem se queixado do desempenho do setor nos últimos meses. "Só tem demanda o produto de preço baixo, e aí o setor não faz receita", diz.
O desempenho do comércio brasileiro em 2005, até novembro, foi positivo: a alta nas vendas, em volume, no varejo é de 4,8%, informou nesta semana o IBGE. Para 2006, a expectativa é que o comércio registre uma elevação ligeiramente superior à do PIB, de 4% a 5%, segundo a ACSP.
No mesmo levantamento da associação que aponta expansão nas vendas em janeiro, há dados sobre volume de registros recebidos e cancelados de pessoas que estão inadimplentes em São Paulo. Pela pesquisa, houve uma alta de 3,4% no total de registros recebidos em janeiro sobre mesmo mês de 2005. Já o de cancelados cresceu menos, 2,1% --o que mostra uma velocidade maior de pessoas entrando na lista de insolventes do que saindo dela.
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