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26/01/2006
-
15h50
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A chanceler alemã, Angela Merkel, pode ajudar a fazer avançar as negociações da Rodada Doha, para liberalização do comércio mundial, disse nesta quinta-feira o representante comercial dos EUA, Robert Portman.
Portman disse, durante o Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos (Suíça), que a Alemanha poderia ser um contrapeso em relação à França --um dos países que mais se opõe à redução de tarifas e ao fim dos subsídios no setor agrícola.
"Fiquei muito impressionado com a vontade dela de se envolver", disse Portman. "Tenho esperança de que ela possa nos ajudar a chegar a um acordo neste ano."
Ele afirmou ainda que Merkel seria uma "força positiva" no andamento das negociações e que a chanceler alemã deve se envolver diretamente, embora as negociações se dêem em nível ministerial.
"A posição alemã será obviamente parte de uma posição ampla da União Européia [UE], na medida que negociam por meio da Comissão [Européia], mas o país levará em conta seus próprios interesses econômicos", disse, e explicou que a Alemanha tem grande parte de sua economia ligada à exportação de produtos manufaturados. "[A Alemanha]. tem um forte interesse no resultado bem-sucedido da Rodada Doha. O crescimento econômico global, para todas as grandes economias, é extremamente importante."
Resistência
Um dos principais obstáculos à conclusão da Rodada Doha tem sido o acesso aos mercados agrícolas. A União Européia (UE) tem resistido a fazer concessões sobre produtos agrícolas alegando que não vê contrapartida da parte principalmente dos países em desenvolvimento na redução das tarifas em seus setores de bens e serviços.
O comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson, reforçou essa posição da UE ao dizer que a Europa está "unida" e não fará mais concessões na área agrícola até que seus parceiros comerciais ofereçam cortes em suas tarifas sobre bens e serviços.
"Não se pode esperar que façamos uma nova oferta [no setor] agrícola, a fim de pagar para manter os outros na mesa de negociação", disse o comissário. "A Europa quer dar mais do que já ofereceu, mas não está preparada para não pedir nada em troca."
Ele disse que a UE está preparada para um eventual colapso nas negociações. "Se as negociações cessarem, não perderíamos quase nada."
A reunião ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio) ocorrida em dezembro do ano passado chegou, de fato, perto do colapso --como o que aconteceu na reunião de Cancún (México), em 2003. O documento final da reunião esboça um acordo para eliminar os subsídios à exportação de produtos agrícolas até 2013. Pouco mudou desde então.
Com agências internacionais
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Chanceler alemã pode ajudar em negociações comerciais, dizem EUA
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da Folha Online
A chanceler alemã, Angela Merkel, pode ajudar a fazer avançar as negociações da Rodada Doha, para liberalização do comércio mundial, disse nesta quinta-feira o representante comercial dos EUA, Robert Portman.
Portman disse, durante o Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos (Suíça), que a Alemanha poderia ser um contrapeso em relação à França --um dos países que mais se opõe à redução de tarifas e ao fim dos subsídios no setor agrícola.
"Fiquei muito impressionado com a vontade dela de se envolver", disse Portman. "Tenho esperança de que ela possa nos ajudar a chegar a um acordo neste ano."
Ele afirmou ainda que Merkel seria uma "força positiva" no andamento das negociações e que a chanceler alemã deve se envolver diretamente, embora as negociações se dêem em nível ministerial.
"A posição alemã será obviamente parte de uma posição ampla da União Européia [UE], na medida que negociam por meio da Comissão [Européia], mas o país levará em conta seus próprios interesses econômicos", disse, e explicou que a Alemanha tem grande parte de sua economia ligada à exportação de produtos manufaturados. "[A Alemanha]. tem um forte interesse no resultado bem-sucedido da Rodada Doha. O crescimento econômico global, para todas as grandes economias, é extremamente importante."
Resistência
Um dos principais obstáculos à conclusão da Rodada Doha tem sido o acesso aos mercados agrícolas. A União Européia (UE) tem resistido a fazer concessões sobre produtos agrícolas alegando que não vê contrapartida da parte principalmente dos países em desenvolvimento na redução das tarifas em seus setores de bens e serviços.
O comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson, reforçou essa posição da UE ao dizer que a Europa está "unida" e não fará mais concessões na área agrícola até que seus parceiros comerciais ofereçam cortes em suas tarifas sobre bens e serviços.
"Não se pode esperar que façamos uma nova oferta [no setor] agrícola, a fim de pagar para manter os outros na mesa de negociação", disse o comissário. "A Europa quer dar mais do que já ofereceu, mas não está preparada para não pedir nada em troca."
Ele disse que a UE está preparada para um eventual colapso nas negociações. "Se as negociações cessarem, não perderíamos quase nada."
A reunião ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio) ocorrida em dezembro do ano passado chegou, de fato, perto do colapso --como o que aconteceu na reunião de Cancún (México), em 2003. O documento final da reunião esboça um acordo para eliminar os subsídios à exportação de produtos agrícolas até 2013. Pouco mudou desde então.
Com agências internacionais
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