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07/02/2006
-
13h42
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
Os bancos estatais e privados deverão destinar até junho deste ano cerca de R$ 5 bilhões para financiar a comercialização da safra 2005/2006, segundo informou hoje o secretário de Política Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin.
Ele destacou que o governo solicitou aos bancos que concentrem a liberação de recursos neste primeiro semestre do ano para o financiamento da comercialização da produção a fim de evitar uma queda forte de preços no início da colheita. No mesmo período do ano passado, os financiamentos à comercialização somaram R$ 3,5 bilhões.
Na avaliação de Wedekin, como o volume de recursos no sistema financeiro está maior neste ano que em 2005, a disponibilidade de recursos para o financiamento da agricultura também é ampliada, já que as instituições devem destinar 25% dos depósitos à vista ao setor, com taxa de juros de ,875% ao ano.
Banco do Brasil
O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, confirmou hoje a liberação de R$ 2,56 bilhões, que estarão nas agências a partir de hoje, para o financiamento do custeio (R$ 1,1 bilhão), investimento (R$ 300 milhões) e comercialização (R$ 1,160 bilhão) de produtos agropecuários.
No mês passado foram liberados R$ 2 bilhões pelo banco, mas apenas R$ 1,36 bilhão foram contratados.
Do total disponibilizado pelo BB hoje, R$ 1 bilhão correspondem a linhas de custeio agrícola, compra de insumos destinados à safra de inverno e custeio pecuário, R$ 300 milhões serão reservados para investimentos e R$ 700 milhões para a comercialização.
Também há recursos específicos para EFG (Empréstimos do Governo Federal) destinados a cooperativas de leite, que demandam recursos para estocagem de produto, R$ 300 milhões para a comercialização de arroz, e R$ 100 milhões para o custeio de café. 'Isso evita que o agricultor venda a safra a qualquer preço por falta de recursos para a comercialização', disse o secretário, referindo-se ao recursos destinados à safra de arroz.
Segundo Ricardo Conceição, cerca de 20% dos recursos liberados (R$ 450 milhões) se destinam à agricultura familiar.
Desde o início da safra 2005/2006, em julho do ano passado a janeiro deste ano, o BB já liberou R$ 19,3 bilhões. Com os recursos anunciados hoje, esse total sobe para R$ 21,8 bilhões. A meta do banco é chegar ao final da safra (junho) com um total de R$ 27 bilhões liberados, volume equivalente a 55% dos créditos disponíveis para o setor agropecuário. A agricultura empresarial deverá ficar com R$ 21,4 bilhões e a familiar com R$ 5,7 bilhões.
Arroz
Outras medidas anunciadas hoje são o lançamento do PEP (Prêmio de Escoamento de Produto) para o arroz, medida que vai possibilitar a movimentação de 300 mil toneladas de arroz do Rio Grande do Sul e Santa Catarina para comercialização nos Estados do Norte e Nordeste.
Para sinalizar que o governo está atento ao preço do arroz, e que quer acelerar a elevação dos preços para que ele atinja o preço mínimo de R$ 22 a saca, (hoje está em torno de R$ 19), o secretário destacou que o governo está disposto a comprar té 250 mil toneladas de arroz por meio de AGF (Aquisições do Governo Federal). Entretanto, a medida ainda depende da aprovação e sanção do Orçamento para 2006. 'Queremos passar o recado ao mercado de que os preços devem caminhar para o preço mínimo', disse Wedekin, sobre os preços do arroz.
Ele anunciou ainda que o governo também irá realizar dois leilões de PROP (Prêmio de Risco de Opção Privada), que sinalizarão o preço futuro desejável. Segundo ele, o primeiro leilão, de 50 mil toneladas, será realizado no dia sete de março, com data de exercício para 30 de abril. O segundo leilão, previsto para exercício em maio, será marcado logo após a realização do primeiro. Os preços previstos para essas operações não foram informados.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre financiamento de safra
Bancos devem liberar R$ 5 bilhões para safra 2005/06
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da Folha Online, em Brasília
Os bancos estatais e privados deverão destinar até junho deste ano cerca de R$ 5 bilhões para financiar a comercialização da safra 2005/2006, segundo informou hoje o secretário de Política Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin.
Ele destacou que o governo solicitou aos bancos que concentrem a liberação de recursos neste primeiro semestre do ano para o financiamento da comercialização da produção a fim de evitar uma queda forte de preços no início da colheita. No mesmo período do ano passado, os financiamentos à comercialização somaram R$ 3,5 bilhões.
Na avaliação de Wedekin, como o volume de recursos no sistema financeiro está maior neste ano que em 2005, a disponibilidade de recursos para o financiamento da agricultura também é ampliada, já que as instituições devem destinar 25% dos depósitos à vista ao setor, com taxa de juros de ,875% ao ano.
Banco do Brasil
O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, confirmou hoje a liberação de R$ 2,56 bilhões, que estarão nas agências a partir de hoje, para o financiamento do custeio (R$ 1,1 bilhão), investimento (R$ 300 milhões) e comercialização (R$ 1,160 bilhão) de produtos agropecuários.
No mês passado foram liberados R$ 2 bilhões pelo banco, mas apenas R$ 1,36 bilhão foram contratados.
Do total disponibilizado pelo BB hoje, R$ 1 bilhão correspondem a linhas de custeio agrícola, compra de insumos destinados à safra de inverno e custeio pecuário, R$ 300 milhões serão reservados para investimentos e R$ 700 milhões para a comercialização.
Também há recursos específicos para EFG (Empréstimos do Governo Federal) destinados a cooperativas de leite, que demandam recursos para estocagem de produto, R$ 300 milhões para a comercialização de arroz, e R$ 100 milhões para o custeio de café. 'Isso evita que o agricultor venda a safra a qualquer preço por falta de recursos para a comercialização', disse o secretário, referindo-se ao recursos destinados à safra de arroz.
Segundo Ricardo Conceição, cerca de 20% dos recursos liberados (R$ 450 milhões) se destinam à agricultura familiar.
Desde o início da safra 2005/2006, em julho do ano passado a janeiro deste ano, o BB já liberou R$ 19,3 bilhões. Com os recursos anunciados hoje, esse total sobe para R$ 21,8 bilhões. A meta do banco é chegar ao final da safra (junho) com um total de R$ 27 bilhões liberados, volume equivalente a 55% dos créditos disponíveis para o setor agropecuário. A agricultura empresarial deverá ficar com R$ 21,4 bilhões e a familiar com R$ 5,7 bilhões.
Arroz
Outras medidas anunciadas hoje são o lançamento do PEP (Prêmio de Escoamento de Produto) para o arroz, medida que vai possibilitar a movimentação de 300 mil toneladas de arroz do Rio Grande do Sul e Santa Catarina para comercialização nos Estados do Norte e Nordeste.
Para sinalizar que o governo está atento ao preço do arroz, e que quer acelerar a elevação dos preços para que ele atinja o preço mínimo de R$ 22 a saca, (hoje está em torno de R$ 19), o secretário destacou que o governo está disposto a comprar té 250 mil toneladas de arroz por meio de AGF (Aquisições do Governo Federal). Entretanto, a medida ainda depende da aprovação e sanção do Orçamento para 2006. 'Queremos passar o recado ao mercado de que os preços devem caminhar para o preço mínimo', disse Wedekin, sobre os preços do arroz.
Ele anunciou ainda que o governo também irá realizar dois leilões de PROP (Prêmio de Risco de Opção Privada), que sinalizarão o preço futuro desejável. Segundo ele, o primeiro leilão, de 50 mil toneladas, será realizado no dia sete de março, com data de exercício para 30 de abril. O segundo leilão, previsto para exercício em maio, será marcado logo após a realização do primeiro. Os preços previstos para essas operações não foram informados.
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