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07/02/2006
-
16h28
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A maior parte dos R$ 18,7 bilhões anunciados pelo governo para o setor da construção civil devem ser destinados para a construção de novas unidades, segundo defendeu Paulo Safady Simão, presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)
"Nós queremos que seja priorizada a construção de novas unidades", disse.
Ele teme que esse dinheiro vá para a reforma de imóveis já existentes, compra de materiais de construção e reformas.
Para a Cbic, 75% desses recursos são suficientes para a construção de 320 mil a 340 mil unidades habitacionais. No entanto, essa destinação "depende de ação política do governo".
Sobre a redução do IPI anunciada para uma cesta de materiais da construção, ele acredita que o impacto no custo da obra não chegará a 3%.
Com esse conjunto de medidas, Safady espera que o setor repita em 2006 o crescimento que teve em 2004, que foi de 5,7%. Os dados do setor do ano passado ainda não estão fechados, mas o crescimento deve ter ficado entre 0,8% e 1%.
Eleições
Para Safady, como o pacote de medidas anunciadas hoje pelo governo atingem um grande número de pessoas, pode parecer eleitoreira, "mas não dá para ser contra uma redução de custo".
No entanto, o anúncio não agradou a todos. O coordenador da área de construção civil da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), José Carlos de Oliveira Lima, criticou o fato de entidades do setor não terem sido convocadas para participar das discussões sobre os incentivos. "Só reduzir o IPI não resolve o problema", disse.
Já para o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), os setores da oposição que criticam as ações do governo devem apresentar propostas.
"Acho que a oposição precisa mostrar sua proposta e parar de torcer contra", disse. Para o ministro, a oposição mostra que quer a paralisação do país em um ano eleitoral.
Pacote deve priorizar imóveis novos, dizem construtores
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da Folha Online, em Brasília
A maior parte dos R$ 18,7 bilhões anunciados pelo governo para o setor da construção civil devem ser destinados para a construção de novas unidades, segundo defendeu Paulo Safady Simão, presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)
"Nós queremos que seja priorizada a construção de novas unidades", disse.
Ele teme que esse dinheiro vá para a reforma de imóveis já existentes, compra de materiais de construção e reformas.
Para a Cbic, 75% desses recursos são suficientes para a construção de 320 mil a 340 mil unidades habitacionais. No entanto, essa destinação "depende de ação política do governo".
Sobre a redução do IPI anunciada para uma cesta de materiais da construção, ele acredita que o impacto no custo da obra não chegará a 3%.
Com esse conjunto de medidas, Safady espera que o setor repita em 2006 o crescimento que teve em 2004, que foi de 5,7%. Os dados do setor do ano passado ainda não estão fechados, mas o crescimento deve ter ficado entre 0,8% e 1%.
Eleições
Para Safady, como o pacote de medidas anunciadas hoje pelo governo atingem um grande número de pessoas, pode parecer eleitoreira, "mas não dá para ser contra uma redução de custo".
No entanto, o anúncio não agradou a todos. O coordenador da área de construção civil da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), José Carlos de Oliveira Lima, criticou o fato de entidades do setor não terem sido convocadas para participar das discussões sobre os incentivos. "Só reduzir o IPI não resolve o problema", disse.
Já para o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), os setores da oposição que criticam as ações do governo devem apresentar propostas.
"Acho que a oposição precisa mostrar sua proposta e parar de torcer contra", disse. Para o ministro, a oposição mostra que quer a paralisação do país em um ano eleitoral.
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