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08/02/2006
-
18h00
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A Petrobras deve apresentar o maior lucro da história em 2005. Segundo analistas, o aumento da produção de petróleo no país e os altos preços da commodity no mercado internacional vão garantir um resultado recorde, com expansão de até 27% dos lucros em relação a 2004. A companhia vai divulgar os resultados de 2005 no dia 17 deste mês.
Entre as sete instituições ouvidas pela Folha Online, as expectativas de lucro variam de R$ 21 bilhões a R$ 22,6 bilhões.
O desempenho da estatal deverá ser puxado pelos resultados do quarto trimestre, quando será captado integralmente o reajuste anunciado pela companhia no final de setembro para os preços do diesel e da gasolina, segundo relatório do CSFB. O analista Emerson Leite, do CSFB, prevê lucro de R$ 7,4 bilhões no trimestre.
Ao longo do ano, a empresa foi alvo de críticas por manter a política de preços e só reajustar os derivados de petróleo a partir da consolidação de um novo patamar de preços do petróleo no mercado internacional. Em setembro, ela anunciou um reajuste de 10% para a gasolina e de 12% para o diesel nas refinarias.
Analistas são unânimes em afirmar que a área de exploração e produção foi o principal destaque do ano. O aumento da produção foi decisivo para inflar os resultados da companhia. Em 2005, a média diária de produção de petróleo no país chegou a 1,68 milhão de barris/dia, um recorde que representa um aumento de 12,8% em relação a 2004. Ao longo de 2005, a companhia bateu 11 recordes diários de produção com a entrada em operação das plataformas P-43 e P-47.
Para Luiz Otávio Broad, analista do setor de petróleo da corretora Ágora Senior, o principal ganho da Petrobras em 2005 foi o crescimento do resultado operacional em razão do aumento da produção e do preço do petróleo no mercado internacional. Broad prevê um lucro de R$ 22,6 bilhões no ano, o que representa um aumento de 27% em relação aos R$ 17,861 bilhões registrados em 2004.
Segundo Luiz Félix, analista de petróleo da Fator Doria Atherino, o aumento expressivo do preço do petróleo beneficiou a companhia. "Em média, o preço cresceu 50% em relação a 2004", disse. Ele destaca o aproveitamento de campos maduros como um diferencial em relação às concorrentes. Félix estima que o lucro da companhia chegue a R$ 21,8 bilhões.
A área de refino também deverá contribuir positivamente para o resultado. A estatal registrou ainda recorde de processamento nacional de petróleo pelo segundo ano consecutivo. Em 2005, as refinarias da companhia processaram em média 1,758 milhão de barris/dia, o que representa cerca de 94,2% da capacidade de referência. O recorde anterior era de 1,728 milhão de barris de petróleo em 2004.
"Espero um resultado bem elevado. Além do aumento de produção, a companhia colocou mais derivados no mercado doméstico e aumentou aos poucos a exportação, tanto de petróleo como de derivados", afirmou Gina Montone, analista de petróleo da corretora ABN Amro Real.
Analistas esperam, no entanto, que a área de gás mostre um resultado fraco. Apesar das expectativas favoráveis para o futuro e dos aumentos anunciados no ano passado, analistas estimam que a aprovação da nova Lei dos Hidrocarbonetos na Bolívia possa ter afetado o resultado da área.
Para 2006, os prognósticos para a companhia em geral são mais otimistas, com a entrada em operação da plataforma P-50 no final do primeiro trimestre, que consolida a auto-suficiência na produção de petróleo. Além disso, as perspectivas ainda são de preços elevados para a cotação da commodity no mercado internacional. Analistas estimam uma cotação média de US$ 60 por barril no ano.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre captalucro da Petrobras
Analistas projetam lucro recorde para a Petrobras
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da Folha Online, no Rio
A Petrobras deve apresentar o maior lucro da história em 2005. Segundo analistas, o aumento da produção de petróleo no país e os altos preços da commodity no mercado internacional vão garantir um resultado recorde, com expansão de até 27% dos lucros em relação a 2004. A companhia vai divulgar os resultados de 2005 no dia 17 deste mês.
Entre as sete instituições ouvidas pela Folha Online, as expectativas de lucro variam de R$ 21 bilhões a R$ 22,6 bilhões.
O desempenho da estatal deverá ser puxado pelos resultados do quarto trimestre, quando será captado integralmente o reajuste anunciado pela companhia no final de setembro para os preços do diesel e da gasolina, segundo relatório do CSFB. O analista Emerson Leite, do CSFB, prevê lucro de R$ 7,4 bilhões no trimestre.
Ao longo do ano, a empresa foi alvo de críticas por manter a política de preços e só reajustar os derivados de petróleo a partir da consolidação de um novo patamar de preços do petróleo no mercado internacional. Em setembro, ela anunciou um reajuste de 10% para a gasolina e de 12% para o diesel nas refinarias.
Analistas são unânimes em afirmar que a área de exploração e produção foi o principal destaque do ano. O aumento da produção foi decisivo para inflar os resultados da companhia. Em 2005, a média diária de produção de petróleo no país chegou a 1,68 milhão de barris/dia, um recorde que representa um aumento de 12,8% em relação a 2004. Ao longo de 2005, a companhia bateu 11 recordes diários de produção com a entrada em operação das plataformas P-43 e P-47.
Para Luiz Otávio Broad, analista do setor de petróleo da corretora Ágora Senior, o principal ganho da Petrobras em 2005 foi o crescimento do resultado operacional em razão do aumento da produção e do preço do petróleo no mercado internacional. Broad prevê um lucro de R$ 22,6 bilhões no ano, o que representa um aumento de 27% em relação aos R$ 17,861 bilhões registrados em 2004.
Segundo Luiz Félix, analista de petróleo da Fator Doria Atherino, o aumento expressivo do preço do petróleo beneficiou a companhia. "Em média, o preço cresceu 50% em relação a 2004", disse. Ele destaca o aproveitamento de campos maduros como um diferencial em relação às concorrentes. Félix estima que o lucro da companhia chegue a R$ 21,8 bilhões.
A área de refino também deverá contribuir positivamente para o resultado. A estatal registrou ainda recorde de processamento nacional de petróleo pelo segundo ano consecutivo. Em 2005, as refinarias da companhia processaram em média 1,758 milhão de barris/dia, o que representa cerca de 94,2% da capacidade de referência. O recorde anterior era de 1,728 milhão de barris de petróleo em 2004.
"Espero um resultado bem elevado. Além do aumento de produção, a companhia colocou mais derivados no mercado doméstico e aumentou aos poucos a exportação, tanto de petróleo como de derivados", afirmou Gina Montone, analista de petróleo da corretora ABN Amro Real.
Analistas esperam, no entanto, que a área de gás mostre um resultado fraco. Apesar das expectativas favoráveis para o futuro e dos aumentos anunciados no ano passado, analistas estimam que a aprovação da nova Lei dos Hidrocarbonetos na Bolívia possa ter afetado o resultado da área.
Para 2006, os prognósticos para a companhia em geral são mais otimistas, com a entrada em operação da plataforma P-50 no final do primeiro trimestre, que consolida a auto-suficiência na produção de petróleo. Além disso, as perspectivas ainda são de preços elevados para a cotação da commodity no mercado internacional. Analistas estimam uma cotação média de US$ 60 por barril no ano.
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