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10/02/2006
-
11h37
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A fabricante alemã de automóveis Volkswagen anunciou nesta sexta-feira que irá adotar um plano de reestruturação para redução de custos e que, como parte do programa, até 20 mil empregos podem ser cortados até 2009.
'Nos próximos três anos, até 20 mil empregados diretos e indiretos dentro da marca de carros de passageiros Volkswagen podem ser afetados pelo programa de reestruturação', informou a empresa após uma reunião de sua diretoria hoje.
O anúncio foi feito juntamente com o da estimativa de lucro líquido de 1,1 bilhão de euros obtido em 2005, superando assim os 834 milhões de euros registrados em 2004.
As vendas no ano passado chegaram a 95,3 bilhões, informou a Volks. O plano incluirá ainda uma revisão das operações realizadas em suas fábricas para sanar deficiências.
Procurada, a Volkswagen do Brasil disse ainda não ter posição sobre o plano de reestruturação anunciado hoje. A Volkswagen emprega mais de 340 mil funcionários no mundo todo.
O executivo-chefe da empresa, Bernd Pischetsrieder, disse que o foco do programa é ganhar eficiência, não cortar empregos. "Esse número [20 mil] não é uma meta de redução de pessoal", disse. "Temos um acordo coletivo e não é nossa intenção acabar com esse acordo."
A Volks tem ainda um plano de recompra de seus papéis estimado em 2 milhões de euros.
Ano difícil
O ano passado definitivamente não foi confortável para o setor automobilístico. A Ford Motor --segunda maior fabricante de automóveis dos EUA-- informou que deve cortar entre 25 mil e 30 mil funcionários, além de desativar 14 fábricas até 2012, como parte de um plano de reestruturação. Foi o modo encontrado pela empresa para lidar com um prejuízo de cerca de US$ 1,6 bilhão registrado na América do Norte.
Já a General Motors, maior fabricante mundial de veículos, teve um prejuízo de US$ 8,6 bilhões no ano passado --primeiro em que a empresa fica no vermelho desde 1992. Em novembro, a empresa anunciou 30 mil demissões e o encerramento das atividades produtivas em 12 unidades na América do Norte.
No Brasil, onde possui cerca de 21 mil funcionários, a GM já abriu um PDV (Programa de Demissão Voluntária) na quarta-feira (8) em suas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos. Também buscando redução de custos estruturais, buscar 'eficiência' e aumentar sua 'competitividade'.
As dificuldades se devem em parte aos preços dos combustíveis verificado no ano passado: em setembro, depois dos estragos causados pelo furacão Katrina nas instalações petrolíferas e nas refinarias americanas, o petróleo passou dos US$ 70 por barril e o galão de gasolina chegou a US$ 3, afetando as vendas de veículos utilitários esportivos, na sigla em inglês na América do Norte.
Os SUVs, como são conhecidos nos EUA, têm alto consumo de combustível e estão (ou estiveram) entre os modelos mais procurados no país.
Também há o risco apresentado pelas fabricantes asiáticas, que produzem carros mais econômicos em termos de combustível. As japonesas Toyota e a Nissan têm aumentado sua participação de mercado mês-a-mês, respondendo por 36,5% das vendas de veículos no país no ano passado, um recorde histórico.
A fabricante chinesa de automóveis Geely Automobile anunciou planos de começar a exportar sua produção para os EUA a partir de 2008. Segundo o presidente e fundador da Geely, Li Shufu, os veículos da Geely devem chegar ao mercado americano por menos de US$ 10 mil.
Com agências internacionais
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Volkswagen pode cortar 20 mil empregos até 2009
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A fabricante alemã de automóveis Volkswagen anunciou nesta sexta-feira que irá adotar um plano de reestruturação para redução de custos e que, como parte do programa, até 20 mil empregos podem ser cortados até 2009.
'Nos próximos três anos, até 20 mil empregados diretos e indiretos dentro da marca de carros de passageiros Volkswagen podem ser afetados pelo programa de reestruturação', informou a empresa após uma reunião de sua diretoria hoje.
O anúncio foi feito juntamente com o da estimativa de lucro líquido de 1,1 bilhão de euros obtido em 2005, superando assim os 834 milhões de euros registrados em 2004.
As vendas no ano passado chegaram a 95,3 bilhões, informou a Volks. O plano incluirá ainda uma revisão das operações realizadas em suas fábricas para sanar deficiências.
Procurada, a Volkswagen do Brasil disse ainda não ter posição sobre o plano de reestruturação anunciado hoje. A Volkswagen emprega mais de 340 mil funcionários no mundo todo.
O executivo-chefe da empresa, Bernd Pischetsrieder, disse que o foco do programa é ganhar eficiência, não cortar empregos. "Esse número [20 mil] não é uma meta de redução de pessoal", disse. "Temos um acordo coletivo e não é nossa intenção acabar com esse acordo."
A Volks tem ainda um plano de recompra de seus papéis estimado em 2 milhões de euros.
Ano difícil
O ano passado definitivamente não foi confortável para o setor automobilístico. A Ford Motor --segunda maior fabricante de automóveis dos EUA-- informou que deve cortar entre 25 mil e 30 mil funcionários, além de desativar 14 fábricas até 2012, como parte de um plano de reestruturação. Foi o modo encontrado pela empresa para lidar com um prejuízo de cerca de US$ 1,6 bilhão registrado na América do Norte.
Já a General Motors, maior fabricante mundial de veículos, teve um prejuízo de US$ 8,6 bilhões no ano passado --primeiro em que a empresa fica no vermelho desde 1992. Em novembro, a empresa anunciou 30 mil demissões e o encerramento das atividades produtivas em 12 unidades na América do Norte.
No Brasil, onde possui cerca de 21 mil funcionários, a GM já abriu um PDV (Programa de Demissão Voluntária) na quarta-feira (8) em suas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos. Também buscando redução de custos estruturais, buscar 'eficiência' e aumentar sua 'competitividade'.
As dificuldades se devem em parte aos preços dos combustíveis verificado no ano passado: em setembro, depois dos estragos causados pelo furacão Katrina nas instalações petrolíferas e nas refinarias americanas, o petróleo passou dos US$ 70 por barril e o galão de gasolina chegou a US$ 3, afetando as vendas de veículos utilitários esportivos, na sigla em inglês na América do Norte.
Os SUVs, como são conhecidos nos EUA, têm alto consumo de combustível e estão (ou estiveram) entre os modelos mais procurados no país.
Também há o risco apresentado pelas fabricantes asiáticas, que produzem carros mais econômicos em termos de combustível. As japonesas Toyota e a Nissan têm aumentado sua participação de mercado mês-a-mês, respondendo por 36,5% das vendas de veículos no país no ano passado, um recorde histórico.
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