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10/02/2006
-
11h59
da Folha Online
O chamado risco-país reflete a percepção de segurança que os investidores externos têm em relação a um país. Esse risco é medido pelo número de pontos percentuais de juros que determinado governo tem de pagar a mais que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. A maior economia do planeta é considerada de risco zero para o investidor.
Na prática, um risco em torno de 200 pontos significa que o governo tem de pagar juros de 2% a mais do que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. Quanto menor o risco, mais fácil e barato fica captar dinheiro no mercado internacional. O banco americano JP Morgan é responsável pelo cálculo do risco-país.
Em 2002, com a especulação sobre as eleições, o risco Brasil chegou a atingir o recorde de 2.443 pontos em 27 de setembro. Ou seja, na prática, o mercado parou de emprestar ao Brasil, pois o risco-país nesse nível significa juros elevados de 24,43% acima dos pagos pelos títulos americanos. Com as captações externas inviabilizadas, o dólar chegou a encostar nos R$ 4 naquele ano.
A taxa de risco de um país afeta não apenas as finanças do governo, mas toda a economia. Quando o risco soberano de um país aumenta, os títulos emitidos pelo governo ficam mais atrativos para os bancos.
Em conseqüência disso, as instituições financeiras destinam uma fatia maior de seus investimentos para comprar esses títulos públicos, reduzindo os recursos disponíveis para financiar operações de crédito e investimento.
A menor oferta de crédito no mercado acaba levando a um aumento das taxas de juros, o que, por outro lado, acaba freando a economia.
Investidores externos costumam dizer que cobram muito para emprestar para o Brasil porque têm dúvidas quanto ao futuro político e econômico do país.
Outro argumento que era usado para explicar o alto risco Brasil é que, na década de 80, o país promoveu duas vezes o calote de sua dívida externa, o que ainda gera insegurança no mercado.
Entretanto, os bons fundamentos da economia brasileira e as medidas do governo para melhorar o perfil da dívida interna e externa do Brasil têm contribuído com a queda do risco-país nos últimos anos.
Leia mais
Tesouro anuncia recompra de títulos da dívida externa
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o risco-país brasileiro
Entenda o conceito de risco-país usado no mercado financeiro
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O chamado risco-país reflete a percepção de segurança que os investidores externos têm em relação a um país. Esse risco é medido pelo número de pontos percentuais de juros que determinado governo tem de pagar a mais que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. A maior economia do planeta é considerada de risco zero para o investidor.
Na prática, um risco em torno de 200 pontos significa que o governo tem de pagar juros de 2% a mais do que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. Quanto menor o risco, mais fácil e barato fica captar dinheiro no mercado internacional. O banco americano JP Morgan é responsável pelo cálculo do risco-país.
Em 2002, com a especulação sobre as eleições, o risco Brasil chegou a atingir o recorde de 2.443 pontos em 27 de setembro. Ou seja, na prática, o mercado parou de emprestar ao Brasil, pois o risco-país nesse nível significa juros elevados de 24,43% acima dos pagos pelos títulos americanos. Com as captações externas inviabilizadas, o dólar chegou a encostar nos R$ 4 naquele ano.
A taxa de risco de um país afeta não apenas as finanças do governo, mas toda a economia. Quando o risco soberano de um país aumenta, os títulos emitidos pelo governo ficam mais atrativos para os bancos.
Em conseqüência disso, as instituições financeiras destinam uma fatia maior de seus investimentos para comprar esses títulos públicos, reduzindo os recursos disponíveis para financiar operações de crédito e investimento.
A menor oferta de crédito no mercado acaba levando a um aumento das taxas de juros, o que, por outro lado, acaba freando a economia.
Investidores externos costumam dizer que cobram muito para emprestar para o Brasil porque têm dúvidas quanto ao futuro político e econômico do país.
Outro argumento que era usado para explicar o alto risco Brasil é que, na década de 80, o país promoveu duas vezes o calote de sua dívida externa, o que ainda gera insegurança no mercado.
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