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14/02/2006
-
19h28
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse hoje que qualquer padrão tecnológico será capaz de atender às demandas brasileiras, e que a cultura não deverá pesar tanto na escolha entre as tecnologias japonesa (ISDB), européia (DVB) e americana (ATSC)
"A avaliação que temos feito é de que o impacto geral [na produção cultural] do ponto de vista do modelo a ser escolhido é mínimo. Qualquer dos modelos que vier a ser escolhido poderá atender às demandas brasileiras. É preciso deixar claro quais são as demandas brasileiras. Isso sim é papel do governo, é papel da sociedade, dos agentes interessados, das concessionárias [redes de TV], da telefonia, todos que venham a estar envolvidos', disse Gil, após reunião com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
O desafio do governo, segundo o ministro, será harmonizar os interesses que envolvem a escolha da tecnologia que será adotada no Brasil. Segundo o ministro, mais importante que a escolha do padrão tecnológico são as oportunidades que o país terá do ponto de vista industrial, do ponto de vista do modelo de negócios e regulatório.
Multiprogramação
Apesar de não defender diretamente nenhum padrão tecnológico, o ministro da Cultura deixou claro que a multiprogramação deverá ser um elemento essencial na TV digital brasileira do ponto de vista da cultura. Segundo ele, a evolução tecnológica deverá contemplar 'programações amplas', ou seja, a democratização do 'acesso aos interessados em transmitir conteúdo'.
'Como nós vamos ter programações amplas, como vamos ter acessos democráticos e abrangentes a todos que estão interessados em transmitir conteúdo, em transitar dados em utilizar informações via eletrônica, isto é mais importante do que puramente transportar o modelo de canalização que vem da televisão analógica para digital', avaliou.
Prazo
Segundo o ministro, nos últimos dois meses, e principalmente depois que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, assumiu o comando das negociações disposta a acelerar o processo de escolha do Brasil, o seu ministério tem participado mais intensamente das discussões sobre a TV digital.
Diante dos trabalhos de aprofundamento de informações, comparações e avaliações feitos pelo governo recentemente, o ministro considerou que será possível cumprir o prazo de um mês, previsto pelo governo para que sejam apresentados pareceres indicando a escolha do padrão tecnológico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deverá ser cumprido.
'Falta muito pouco para que o governo possa ter elementos suficientes para tomar uma posição acho que um mês será suficiente sim', afirmou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a TV digital
Gil diz que qualquer padrão da TV digital atende demandas brasileiras
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da Folha Online, em Brasília
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse hoje que qualquer padrão tecnológico será capaz de atender às demandas brasileiras, e que a cultura não deverá pesar tanto na escolha entre as tecnologias japonesa (ISDB), européia (DVB) e americana (ATSC)
"A avaliação que temos feito é de que o impacto geral [na produção cultural] do ponto de vista do modelo a ser escolhido é mínimo. Qualquer dos modelos que vier a ser escolhido poderá atender às demandas brasileiras. É preciso deixar claro quais são as demandas brasileiras. Isso sim é papel do governo, é papel da sociedade, dos agentes interessados, das concessionárias [redes de TV], da telefonia, todos que venham a estar envolvidos', disse Gil, após reunião com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
O desafio do governo, segundo o ministro, será harmonizar os interesses que envolvem a escolha da tecnologia que será adotada no Brasil. Segundo o ministro, mais importante que a escolha do padrão tecnológico são as oportunidades que o país terá do ponto de vista industrial, do ponto de vista do modelo de negócios e regulatório.
Multiprogramação
Apesar de não defender diretamente nenhum padrão tecnológico, o ministro da Cultura deixou claro que a multiprogramação deverá ser um elemento essencial na TV digital brasileira do ponto de vista da cultura. Segundo ele, a evolução tecnológica deverá contemplar 'programações amplas', ou seja, a democratização do 'acesso aos interessados em transmitir conteúdo'.
'Como nós vamos ter programações amplas, como vamos ter acessos democráticos e abrangentes a todos que estão interessados em transmitir conteúdo, em transitar dados em utilizar informações via eletrônica, isto é mais importante do que puramente transportar o modelo de canalização que vem da televisão analógica para digital', avaliou.
Prazo
Segundo o ministro, nos últimos dois meses, e principalmente depois que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, assumiu o comando das negociações disposta a acelerar o processo de escolha do Brasil, o seu ministério tem participado mais intensamente das discussões sobre a TV digital.
Diante dos trabalhos de aprofundamento de informações, comparações e avaliações feitos pelo governo recentemente, o ministro considerou que será possível cumprir o prazo de um mês, previsto pelo governo para que sejam apresentados pareceres indicando a escolha do padrão tecnológico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deverá ser cumprido.
'Falta muito pouco para que o governo possa ter elementos suficientes para tomar uma posição acho que um mês será suficiente sim', afirmou.
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