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15/02/2006
-
11h03
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A fabricante dinamarquesa de brinquedos Lego anunciou nesta quarta-feira que conseguiu se recuperar, em 2005, dos prejuízos registrados no ano anterior, mas informou que espera um "ano difícil" em 2006 e que deve mudar algumas de suas unidades de produção para países de mão-de-obra mais barata.
O lucro da empresa no ano passado foi de 505 milhões de coroas (R$ 172,54 milhões), contra um prejuízo de 1,93 bilhão de coroas (R$ 695,4 milhões) em 2004, com o crescimento das vendas da linha Bionicle. A empresa não divulga dados trimestrais.
"Considero os resultados satisfatórios, em vista do mercado extremamente difícil no qual operamos", disse o executivo-chefe da Lego, Joergen Vig Knudstorp.
Os brinquedos Lego foram boicotados em muitos países islâmicos devido à crise deflagrada com a publicação de charges do profeta Maomé em jornais europeus, mas a empresa informou que o boicote teve efeito mínimo nas vendas.
"O Oriente Médio responde por apenas 0,2% de nossos resultados, o que é uma parte realmente pequena de nossas vendas", disse a porta-voz da empresa, Charlotte Simonsen. "Sabemos que algumas lojas retiraram nossos produtos de suas prateleiras, mas isso não é uma atitude generalizada."
Além do Bionicle, os produtos que ajudaram a empresa a sair do vermelho foram os da linha Duplo, Lego City e linhas baseadas em marcas licenciadas, como a série Lego Star Wars.
As receitas da empresa subiram 12%, para 7,05 bilhões de coroas (R$ 2,4 bilhões) no ano passado, contra 6,32 bilhões de coroas (R$ 2,15 bilhões) em 2004. "Apesar da recessão geral no mercado de brinquedos tradicionais, a Lego conseguiu capturar participação em diversos mercados."
A empresa anunciou em agosto do ano passado que pretende fechar uma fábrica na Suíça e cinco centros de distribuição na Dinamarca, Alemanha e França. As operações devem ser levadas para a República Tcheca. Também no ano passado a empresa vendeu seus quatro parques temáticos Legoland (na Alemanha, Califórnia, Dinamarca e no Reino Unido) para o fundo de investimentos Blackstone, por 375 milhões de euros.
O foco neste ano continuará a ser a recuperação dos lucros, o que deve transferir mais de sua produção para países onde a mão-de-obra é mais barata.
"2006 será outro ano difícil para a Lego", segundo comunicado da empresa. "O tamanho do mercado global de brinquedos deve diminuir, e os fabricantes devem encarar desafios estratégicos."
A Lego é uma empresa familiar, fundada em 1932, com sede em Billund (norte da Dinamarca), e emprega cerca de 5.600 pessoas no mundo todo. O nome Lego vem da expressão em dinamarquês "leg godt", que significa "brincar bem" (em tradução livre).
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Lego
Lego recupera lucro em 2005 mas irá mudar produção para outros países
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da Folha Online
A fabricante dinamarquesa de brinquedos Lego anunciou nesta quarta-feira que conseguiu se recuperar, em 2005, dos prejuízos registrados no ano anterior, mas informou que espera um "ano difícil" em 2006 e que deve mudar algumas de suas unidades de produção para países de mão-de-obra mais barata.
O lucro da empresa no ano passado foi de 505 milhões de coroas (R$ 172,54 milhões), contra um prejuízo de 1,93 bilhão de coroas (R$ 695,4 milhões) em 2004, com o crescimento das vendas da linha Bionicle. A empresa não divulga dados trimestrais.
"Considero os resultados satisfatórios, em vista do mercado extremamente difícil no qual operamos", disse o executivo-chefe da Lego, Joergen Vig Knudstorp.
Os brinquedos Lego foram boicotados em muitos países islâmicos devido à crise deflagrada com a publicação de charges do profeta Maomé em jornais europeus, mas a empresa informou que o boicote teve efeito mínimo nas vendas.
"O Oriente Médio responde por apenas 0,2% de nossos resultados, o que é uma parte realmente pequena de nossas vendas", disse a porta-voz da empresa, Charlotte Simonsen. "Sabemos que algumas lojas retiraram nossos produtos de suas prateleiras, mas isso não é uma atitude generalizada."
Divulgação |
A linha Bionicle, da Lego |
As receitas da empresa subiram 12%, para 7,05 bilhões de coroas (R$ 2,4 bilhões) no ano passado, contra 6,32 bilhões de coroas (R$ 2,15 bilhões) em 2004. "Apesar da recessão geral no mercado de brinquedos tradicionais, a Lego conseguiu capturar participação em diversos mercados."
A empresa anunciou em agosto do ano passado que pretende fechar uma fábrica na Suíça e cinco centros de distribuição na Dinamarca, Alemanha e França. As operações devem ser levadas para a República Tcheca. Também no ano passado a empresa vendeu seus quatro parques temáticos Legoland (na Alemanha, Califórnia, Dinamarca e no Reino Unido) para o fundo de investimentos Blackstone, por 375 milhões de euros.
O foco neste ano continuará a ser a recuperação dos lucros, o que deve transferir mais de sua produção para países onde a mão-de-obra é mais barata.
"2006 será outro ano difícil para a Lego", segundo comunicado da empresa. "O tamanho do mercado global de brinquedos deve diminuir, e os fabricantes devem encarar desafios estratégicos."
A Lego é uma empresa familiar, fundada em 1932, com sede em Billund (norte da Dinamarca), e emprega cerca de 5.600 pessoas no mundo todo. O nome Lego vem da expressão em dinamarquês "leg godt", que significa "brincar bem" (em tradução livre).
Com agências internacionais
Especial
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