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21/02/2006 - 15h42

Ministro confirma medida para baratear álcool, mas admite alta da gasolina

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, confirmou hoje que o governo vai reduzir a quantidade álcool anidro misturado na gasolina de 25% para 20% e admitiu que o preço da gasolina para o consumidor final poderá subir entre 1% e 2% com a medida. Esse impacto deverá variar de acordo com o Estado devido às diferentes alíquotas de ICMS.

A explicação para o aumento está no fato de que a gasolina pura, que passará a ter uma participação maior no produto que é vendido ao consumidor final, é mais cara que o álcool.

"A gasolina não aumentará, o que aumentará é a mistura final, que pode ter um reflexo na proporção direta de 25% para 20%, que pode ser alguma coisa da ordem de 1% ou 2%", disse Rondeau.

Ao confirmar a decisão do governo de reduzir a proporção de álcool misturado à gasolina de 25% para 20%, o ministro destacou que a reunião de ontem no Palácio do Planalto, na qual os usineiros foram informados sobre o assunto, foi tranqüila.

'Eles entenderam, mostraram preocupação também', disse Rondeau, ao comentar que os usineiros perderiam mais se houvesse desabastecimento de álcool.

A medida vai reduzir a demanda de álcool em cerca de 100 milhões de litros por mês, volume que terá que ser substituído por gasolina. A preocupação do governo, segundo ele, é em garantir o abastecimento de álcool no país.

O ministro lembrou que a redução era uma medida que já havia sido cogitada em janeiro, quando foi fixado um teto de preços com os usineiros (R$ 1,05 por litro de álcool anidro), mas que o governo preferiu aguardar uma tentativa de controle do próprio mercado. Na época, o governo tentou um acordo em torno de R$ 1.

'Passado o período, com a dificuldade que os usineiros demonstraram que teriam em manter esse nível [de preços], nós estamos efetivando, propondo efetivar a redução desta percentagem, o que não compromete em nada o desempenho dos veículos', afirmou.

Sem informar por quanto tempo a proporção de álcool na gasolina será mantida em 20%, o ministro destacou que a medida valerá por um período de entressafra.

Segundo o ministro, os usineiros comprometeram-se em antecipar a moagem de cana-de-açúcar para garantir o abastecimento de álcool.

O ministro de Minas e Energia confirmou ainda que o governo deverá reduzir a zero a alíquota do imposto de importação sobre o álcool, incluindo o produto na lista de exceções da TEC (Tarifa Externa Comum).

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