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03/03/2006
-
18h55
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A instalação de uma fábrica de semicondutores (chips) no Brasil, que o governo tenta negociar como contrapartida para a escolha do padrão tecnológico da TV digital, vai depender de avaliações do mercado nacional e global. Foi o que disseram hoje ao comitê de ministros que negocia a escolha do padrão tecnológico para a TV digital os representantes de quatro indústrias japonesas (Sony, Panasonic, NEC e Toshiba).
"Hoje não chegamos a um plano concreto para tal [proposta para uma fábrica no país]. No futuro, quando houver necessidade e demanda no mercado brasileiro ou global, interessa às empresas japonesas estabelecer fábrica no país. Elas vão aproveitar essa oportunidade. Depende do mercado", disse o chefe da divisão de tecnologia e radiodifusão do Ministério de Negócios Interiores e Comunicações do Japão, Akira Okubo, ao final da reunião no Palácio do Planalto.
O representante do governo japonês negou que o Brasil tenha colocado a produção nacional de semicondutores como condição para a escolha do padrão japonês (ISDB) para a TV digital brasileira, mas reconheceu que os investimentos na área industrial do país serão elementos importantes na escolha da tecnologia que será adotada pelo Brasil.
Técnicos do governo estimam que para a produção e exportação de chips, os investimentos em uma fábrica de chips no Brasil demandariam investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão. O governo estima que a produção nacional desses componentes reduziria também em US$ 1 bilhão o déficit da balança comercial de semicondutores, que chega a US$ 2,5. O déficit do setor de componentes eletrônicos é de US$ 7 bilhões por ano.
Segundo o representante do governo japonês, além do interesse na produção de semicondutores, o Brasil também pretende incentivar a produção de televisores com telas de plasma ou LCD (cristal líquido).
Ao convidar as indústrias japonesas para discutir a implantação da TV digital no país, os governo brasileiro tenta identificar até que ponto elas estão interessadas em investir no Brasil, diante das mudanças tecnológicas que serão implantadas com a TV digital e do potencial do mercado brasileiro.
Segundo os japoneses, o investimento na produção de componentes eletrônicos envolve, além do mercado, forte investimento na capacitação de recursos humanos. Okubo destacou que esses estudos precisam ser aprofundados.
De acordo com um dos presentes na reunião, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria reafirmado a intenção do governo de concluir os trabalhos para a escolha do padrão brasileiro até o próximo dia 10.
Além da ministra, também participaram da reunião os ministros das Comunicações, Hélio Costa, e da Fazenda, Antonio Palocci, e representantes dos ministérios do Desenvolvimento e de Ciência e Tecnologia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre TV Digital
Japoneses não garantem produção imediata de chips no Brasil
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da Folha Online, em Brasília
A instalação de uma fábrica de semicondutores (chips) no Brasil, que o governo tenta negociar como contrapartida para a escolha do padrão tecnológico da TV digital, vai depender de avaliações do mercado nacional e global. Foi o que disseram hoje ao comitê de ministros que negocia a escolha do padrão tecnológico para a TV digital os representantes de quatro indústrias japonesas (Sony, Panasonic, NEC e Toshiba).
"Hoje não chegamos a um plano concreto para tal [proposta para uma fábrica no país]. No futuro, quando houver necessidade e demanda no mercado brasileiro ou global, interessa às empresas japonesas estabelecer fábrica no país. Elas vão aproveitar essa oportunidade. Depende do mercado", disse o chefe da divisão de tecnologia e radiodifusão do Ministério de Negócios Interiores e Comunicações do Japão, Akira Okubo, ao final da reunião no Palácio do Planalto.
O representante do governo japonês negou que o Brasil tenha colocado a produção nacional de semicondutores como condição para a escolha do padrão japonês (ISDB) para a TV digital brasileira, mas reconheceu que os investimentos na área industrial do país serão elementos importantes na escolha da tecnologia que será adotada pelo Brasil.
Técnicos do governo estimam que para a produção e exportação de chips, os investimentos em uma fábrica de chips no Brasil demandariam investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão. O governo estima que a produção nacional desses componentes reduziria também em US$ 1 bilhão o déficit da balança comercial de semicondutores, que chega a US$ 2,5. O déficit do setor de componentes eletrônicos é de US$ 7 bilhões por ano.
Segundo o representante do governo japonês, além do interesse na produção de semicondutores, o Brasil também pretende incentivar a produção de televisores com telas de plasma ou LCD (cristal líquido).
Ao convidar as indústrias japonesas para discutir a implantação da TV digital no país, os governo brasileiro tenta identificar até que ponto elas estão interessadas em investir no Brasil, diante das mudanças tecnológicas que serão implantadas com a TV digital e do potencial do mercado brasileiro.
Segundo os japoneses, o investimento na produção de componentes eletrônicos envolve, além do mercado, forte investimento na capacitação de recursos humanos. Okubo destacou que esses estudos precisam ser aprofundados.
De acordo com um dos presentes na reunião, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria reafirmado a intenção do governo de concluir os trabalhos para a escolha do padrão brasileiro até o próximo dia 10.
Além da ministra, também participaram da reunião os ministros das Comunicações, Hélio Costa, e da Fazenda, Antonio Palocci, e representantes dos ministérios do Desenvolvimento e de Ciência e Tecnologia.
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