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09/03/2006 - 19h05

Previ diz que responde críticas de má gestão com superávit de R$ 9,1 bi

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, fechou 2005 com um superávit de R$ 9,1 bilhões. Nos últimos três anos, o fundo acumulou superávit de R$ 18,9 bilhões e o patrimônio cresceu 93% no período.

Segundo o presidente da Previ, Sérgio Rosa, o fundo de pensão sofreu muito com as investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e teve que fazer um esforço adicional para se recuperar do prejuízo de imagem. Rosa classificou as denúncias de má gestão como vazias, precipitadas e infundadas. "Os resultados como um todo da Previ são mais uma vez uma forma bastante gritante de dialogar um pouco com essas denúncias", disse.

Rosa afirmou que a seriedade da gestão do fundo foi comprovada durante as investigações e que a política da Previ foi transparente. "Respondemos mais de 70 requerimentos de informações de CPIs, Comissões do Congresso, TCU, Ministério Público, de tudo quanto é lugar", afirmou.

A Previ negou novamente o favorecimento de aplicações nos bancos BMG e Rural. Segundo o relatório do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), sub-relator de fundos de pensão da CPI dos Correios, a concentração de aplicações nas duas instituições financeiras seria uma espécie de prêmio pela participação no esquema do suposto "mensalão".

Legislação.

Os ativos da Previ somam R$ 83,1 bilhões e os compromissos com o pagamento de aposentadorias e pensões totalizaram R$ 63,6 bilhões. A rentabilidade dos investimentos do fundo chegou a 22,6% no ano passado, puxada pelo bom desempenho da renda variável, que teve valorização de 27,2%, próxima ao comportamento do Ibovespa.

Rosa afirmou durante a divulgação dos resultados que a Previ quer discutir com a SPC (Secretaria de Previdência Complementar) o limite de aplicação de 50% de seus recursos em renda variável. Atualmente, a renda variável representa 60,1% dos ativos. A Previ tem até 2012 para se adaptar ao percentual de 50%.

"Se você tem uma carteira que está demonstrando solidez e valorização, acelerar a venda apenas para cumprir uma meta de limite de investimento às vezes limita o interesse maior que é otimizar o retorno financeiro dos ativos do fundo", afirmou.

O argumento da Previ é que o fundo está fazendo um esforço de venda de ações, mas a valorização da carteira não permite a redução mais acentuada do percentual. Em 2005, o desinvestimento em renda variável somou R$ 1,58 bilhão e a valorização da carteira chegou a R$ 9,45 bilhões. O fundo tem participações nas maiores empresas do país como Vale do Rio Doce, Petrobras, Banco do Brasil, Ambev, Embraer, entre outras.

A Previ tem 8% do total de participantes de todos os fundos de pensão, mas tem 13% dos assistidos e paga o equivalente a 23% de todos os benefícios pagos pelo sistema de fundos de pensão.

2006

Para 2006, o fundo planeja reavaliar os ativos da Litel. É por meio da Litel que a Previ participa da Vale do Rio Doce. O objetivo é verificar o valor atualizado dos ativos. Além disso, o fundo deve dar continuidade ao processo de venda da Brasil Ferrovias e à reestruturação da Paranapanema. Parte do capital que será ofertado no mercado de ações do Banco do Brasil está nas mãos da Previ.

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