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17/03/2006 - 12h55

Varig contrata consultoria americana, mas nega troca de comando

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A Varig informou em nota que contratou a empresa Alvarez & Marsal para conduzir o processo de implementação do seu plano de recuperação judicial. O nome da consultoria já havia sido sugerido pelos principais credores da companhia aérea e deve ser submetido à aprovação na próxima assembléia, marcada para o dia 29.

A Varig informa que a Alvarez & Marsal vai assessorar os executivos da Varig e vai dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela atual diretoria da companhia. Segundo Marcelo Gomes, diretor geral da Alvarez & Marsal, alguns dos principais profissionais internacionais da consultoria virão ao Brasil para conduzir o processo de implementação.

'Não estarão aqui para assumir o comando da Varig, conforme chegou a se especular. Não só apenas o presidente Marcelo Bottini, mas todos os atuais diretores da Varig serão mantidos em seus cargos', disse.

Segundo a assessoria da Varig, o plano de recuperação prevê a existência de um responsável pelo processo de recuperação e essa atribuição cabe ao gestor da companhia.

A Alvarez & Marsal é uma empresa americana fundada em 1983 e especializada em serviços de reestruturação e aconselhamento. Tem profissionais nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina e já trabalhou na reestruturação da US Airways, da petrolífera russa Yukos, da Parmalat e da Light. Os executivos mais cotados para vir ao Brasil são Douglas Lambert, Peter Cheston e Luis de Lucio.

A maneira como a companhia foi contratada deixou alguns dos principais credores da Varig descontentes porque a Alvarez & Marsal permanecerá subordinada à administração da empresa. Os credores questionam a independência que a consultoria terá no processo de reestruturação e dizem que a medida impede o deslocamento de poder dentro da companhia. A contratação foi chamada de "manobra trapaceira" por um dos principais credores, que não quis e identificar mas afirma que a consultoria deveria ter autonomia para trocar o presidente e a direção da companhia aérea.

Fontes do setor envolvidas nas negociações afirmam que 2.500 funcionários serão demitidos. A Varig não confirma o número e diz que a consultoria não foi contratada com este propósito. A companhia afirma que há um processo de adequação da estrutura em andamento desde o fim do ano passado. Em janeiro, a Varig criou um plano de incentivo à aposentadoria, em fevereiro, uma licença sem vencimento para funcionários técnicos, como comandantes e comissários e anunciou na semana passada um plano de desligamento voluntário.

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