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24/03/2006
-
17h53
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A União Européia reafirmou hoje suas contrapartidas de financiamento, cooperação em pesquisa e desenvolvimento para a escolha do padrão DVB para a TV digital mas destacou, em proposta encaminhada ao governo brasileiro, que a definição sobre a produção de chips (semicondutores) no país dependerá de estudos que levarão cerca de 12 meses.
O embaixador chefe da delegação da Comissão Européia no Brasil, João Pacheco, disse hoje que as empresas ST Microeletronics e Philips estariam dispostas a investir no Brasil, mas precisariam aguardar os resultados dos estudos de viabilidade econômica.
A carta-proposta assinada pelo embaixador foi encaminhada aos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Hélio Costa (Comunicações), Antônio Palocci (Fazenda) Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) com dois anexos: um relativo ao projeto de implementação e desenvolvimento de semicondutores e outro com considerações e valores específicos de cada empresa, segundo Pacheco. O conteúdo desse documento das empresas é confidencial.
'Duas das principais firmas que fazem semicondutores no mundo, a STM e a Philips, têm disposição de fazer a fábrica. Mas para fazer uma fábrica precisam cumprir um certo número de etapas. E o que foi feito na carta foi dizer quais eram as etapas', disse o embaixador, ao reconhecer que apenas o estudo de viabilidade levará cerca de um ano.
Ao explicar a proposta européia, que vinha sendo tratada pelos representantes do sistema DVB como 'uma ampla oferta', o embaixador chegou a dizer que a Europa poderia 'comprar a produção do Brasil', mas o documento que foi divulgado para a imprensa não faz referência a esse compromisso.
Depois do anúncio feito ontem pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, de que um grupo de ministros irá ao Japão e Coréia conversar com o governo e a indústria, o embaixador também aproveitou a carta encaminhada hoje para convidar os representantes do governo brasileiro a visitar alguns países da Europa, e pediu audiência para apresentar a Dilma Rousseff e aos demais ministros envolvidos nas negociações explicações sobre a proposta.
Além da possibilidade ou do interesse das empresas em avaliarem a viabilidade da instalação de fábrica no país, o banco de investimento europeu estaria disposto a liberar 400 milhões de euros em financiamento para 'desenvolver a indústria' brasileira, suporte à pesquisa e formação de recursos humanos na área de tecnologia no Brasil, além de assento para um membro no fórum responsável pela administração da tecnologia DVB.
De acordo com o documento da União Européia, um projeto 'alto nível' para implementação de indústria de semicondutores precisaria ser analisado em quatro etapas: a primeira de preparação do capital intelectual humano; a segunda de análise das condições e viabilidade; a terceira de preparação do ecossistema e a quarta de implementação da fábrica.
'Há uma etapa, a primeira, que pode começar imediatamente, que é a etapa de ajudar a criar um conhecimento próprio no Brasil nos centros de tecnologia e nos centros de design. E os estudos de viabilidade podem começar, a meu ver, no mesmo tempo, se houver interesse. Agora, a etapa final, aí é que é preciso ver se há viabilidade econômica', avaliou o embaixador.
Questionado se a proposta seria capaz de convencer o governo brasileiro, mesmo dependendo de estudos que serão feitos ao longo de um ano, Pacheco afirmou estar convencido de que a proposta da UE é melhor que a dos outros. 'Nós estamos convencidos e abertos para negociar com o governo brasileiro', disse.
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Europeus pedem 1 ano para estudar fábrica de chips para TV digital
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da Folha Online, em Brasília
A União Européia reafirmou hoje suas contrapartidas de financiamento, cooperação em pesquisa e desenvolvimento para a escolha do padrão DVB para a TV digital mas destacou, em proposta encaminhada ao governo brasileiro, que a definição sobre a produção de chips (semicondutores) no país dependerá de estudos que levarão cerca de 12 meses.
O embaixador chefe da delegação da Comissão Européia no Brasil, João Pacheco, disse hoje que as empresas ST Microeletronics e Philips estariam dispostas a investir no Brasil, mas precisariam aguardar os resultados dos estudos de viabilidade econômica.
A carta-proposta assinada pelo embaixador foi encaminhada aos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Hélio Costa (Comunicações), Antônio Palocci (Fazenda) Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) com dois anexos: um relativo ao projeto de implementação e desenvolvimento de semicondutores e outro com considerações e valores específicos de cada empresa, segundo Pacheco. O conteúdo desse documento das empresas é confidencial.
'Duas das principais firmas que fazem semicondutores no mundo, a STM e a Philips, têm disposição de fazer a fábrica. Mas para fazer uma fábrica precisam cumprir um certo número de etapas. E o que foi feito na carta foi dizer quais eram as etapas', disse o embaixador, ao reconhecer que apenas o estudo de viabilidade levará cerca de um ano.
Ao explicar a proposta européia, que vinha sendo tratada pelos representantes do sistema DVB como 'uma ampla oferta', o embaixador chegou a dizer que a Europa poderia 'comprar a produção do Brasil', mas o documento que foi divulgado para a imprensa não faz referência a esse compromisso.
Depois do anúncio feito ontem pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, de que um grupo de ministros irá ao Japão e Coréia conversar com o governo e a indústria, o embaixador também aproveitou a carta encaminhada hoje para convidar os representantes do governo brasileiro a visitar alguns países da Europa, e pediu audiência para apresentar a Dilma Rousseff e aos demais ministros envolvidos nas negociações explicações sobre a proposta.
Além da possibilidade ou do interesse das empresas em avaliarem a viabilidade da instalação de fábrica no país, o banco de investimento europeu estaria disposto a liberar 400 milhões de euros em financiamento para 'desenvolver a indústria' brasileira, suporte à pesquisa e formação de recursos humanos na área de tecnologia no Brasil, além de assento para um membro no fórum responsável pela administração da tecnologia DVB.
De acordo com o documento da União Européia, um projeto 'alto nível' para implementação de indústria de semicondutores precisaria ser analisado em quatro etapas: a primeira de preparação do capital intelectual humano; a segunda de análise das condições e viabilidade; a terceira de preparação do ecossistema e a quarta de implementação da fábrica.
'Há uma etapa, a primeira, que pode começar imediatamente, que é a etapa de ajudar a criar um conhecimento próprio no Brasil nos centros de tecnologia e nos centros de design. E os estudos de viabilidade podem começar, a meu ver, no mesmo tempo, se houver interesse. Agora, a etapa final, aí é que é preciso ver se há viabilidade econômica', avaliou o embaixador.
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