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24/03/2006
-
19h28
da Folha Online
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 0,28%, em um dia intensa volatilidade. O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, alcançou os 37.577 pontos. As oscilações são conseqüência de um dia sensível ao noticiário internacional e político brasileiro.
No mercado externo, o rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos comandou o desempenho da Bolsa por aqui. "As treasuries funcionam como a taxa de juros do mundo. E ela oscilou muito durante o dia", diz Mário Mesquita, economista-chefe do ABN Amro Real.
O rendimento dos treasuries fecharam em queda, a 4,65%. O movimento é favorável aos mercados emergentes. Para Mesquita, o rendimento dos títulos norte-americanos, o risco-país cotado a 232 pontos e o dólar, a R$ 2,15, são fundamentos positivos da economia brasileira. Segundo ele, não há motivos para estranhar o preço dos ativos, já que o desempenho nem sempre será de melhoria.
Mas a euforia só não foi maior na Bovespa hoje, segundo a economista-chefe do Espírito Santo Securities, Sandra Utsumi, devido à agitação no cenário político nacional, em torno do ministro Antonio Palocci (Fazenda). Depois de uma semana de reclusão, o ministro Palocci reapareceu hoje, durante cerimônia na Câmara Americana de Comércio, em São Paulo.
O discurso do ministro da Fazenda agradou os analistas. Ainda que os desdobramentos das denúncias contra Palocci não tenham acabado, o mercado reagiu positivamente ao discurso. "Palocci falou bem, como bom comunicador que é. E os investidores torcem para que esse período de turbulência acabe", diz Mesquita, do ABN Amro Real.
Para a próxima semana, a postura de cautela dos investidores deverá se repetir, dizem os analistas. Além da aproximação do período de descompatibilização dos ministros que desejem concorrer nas próximas eleições, o Federal Reserve anuncia, na terça-feira, a nova taxa de juros e as diretrizes para futuras ações.
Segundo Sandra Utsumi, até terça-feira, muito do que ocorrer nos mercados internacionais terá influência da política de taxa de juros a ser adotada nos Estados Unidos. E vai mais longe: "até a metade do ano, quando se sinaliza o fim do aperto monetário norte-americano, os mercados emergentes terão cenário de alta volatilidade e cautela", diz a economista-chefe.
O volume negociado hoje no Ibovespa foi de R$ 1,58 bilhão (abaixo da média mensal registrada até ontem, de R$ 2,20 bilhões). As maiores altas do Ibovespa foram Contax PN (4,80%), Caemi PN (2,85%) e VCP PN (2,84%). A maiores queda ficaram por conta da Cesp PN (3,27%), Light ON (2,43%) e Eletrobras PNB (2,41).
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Bovespa fecha em alta com mercado externo e fala de Palocci
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A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 0,28%, em um dia intensa volatilidade. O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, alcançou os 37.577 pontos. As oscilações são conseqüência de um dia sensível ao noticiário internacional e político brasileiro.
No mercado externo, o rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos comandou o desempenho da Bolsa por aqui. "As treasuries funcionam como a taxa de juros do mundo. E ela oscilou muito durante o dia", diz Mário Mesquita, economista-chefe do ABN Amro Real.
O rendimento dos treasuries fecharam em queda, a 4,65%. O movimento é favorável aos mercados emergentes. Para Mesquita, o rendimento dos títulos norte-americanos, o risco-país cotado a 232 pontos e o dólar, a R$ 2,15, são fundamentos positivos da economia brasileira. Segundo ele, não há motivos para estranhar o preço dos ativos, já que o desempenho nem sempre será de melhoria.
Mas a euforia só não foi maior na Bovespa hoje, segundo a economista-chefe do Espírito Santo Securities, Sandra Utsumi, devido à agitação no cenário político nacional, em torno do ministro Antonio Palocci (Fazenda). Depois de uma semana de reclusão, o ministro Palocci reapareceu hoje, durante cerimônia na Câmara Americana de Comércio, em São Paulo.
O discurso do ministro da Fazenda agradou os analistas. Ainda que os desdobramentos das denúncias contra Palocci não tenham acabado, o mercado reagiu positivamente ao discurso. "Palocci falou bem, como bom comunicador que é. E os investidores torcem para que esse período de turbulência acabe", diz Mesquita, do ABN Amro Real.
Para a próxima semana, a postura de cautela dos investidores deverá se repetir, dizem os analistas. Além da aproximação do período de descompatibilização dos ministros que desejem concorrer nas próximas eleições, o Federal Reserve anuncia, na terça-feira, a nova taxa de juros e as diretrizes para futuras ações.
Segundo Sandra Utsumi, até terça-feira, muito do que ocorrer nos mercados internacionais terá influência da política de taxa de juros a ser adotada nos Estados Unidos. E vai mais longe: "até a metade do ano, quando se sinaliza o fim do aperto monetário norte-americano, os mercados emergentes terão cenário de alta volatilidade e cautela", diz a economista-chefe.
O volume negociado hoje no Ibovespa foi de R$ 1,58 bilhão (abaixo da média mensal registrada até ontem, de R$ 2,20 bilhões). As maiores altas do Ibovespa foram Contax PN (4,80%), Caemi PN (2,85%) e VCP PN (2,84%). A maiores queda ficaram por conta da Cesp PN (3,27%), Light ON (2,43%) e Eletrobras PNB (2,41).
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