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29/03/2006
-
19h11
DEISE DE OLIVEIRA
da Folha Online
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte alta, de 2,21%, depois de ter despencado ontem. O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, fechou aos 37.491 pontos. O volume negociado foi de R$ 2,171 bilhões.
"O mercado ficou muito tenso ontem com a nomeação do Guido Mantega para a Fazenda. E, depois, o anúncio dos juros norte-americanos jogou a Bolsa para baixo", explica Alessandra Ribeiro, economista da corretora Tendências.
Hoje, o mercado passou o dia digerindo as informações do dia anterior e indicou acomodação dos preços doa ativos (ações, moeda, títulos), com exceção do dólar, que fechou em alta de 0,22% (mas recuou em relação à própria elevação ao longo do dia). O risco-país também decresceu 0,42%, cotado a 236 pontos.
"A perspectiva é que o mercado continue em processo de acomodação, mas que os ativos não voltem a operar em seus melhores valores", diz Ribeiro.
O desempenho positivo dos principais mercados internacionais também contribui para os ganhos. As Bolsas norte-americanas fecharam em alta, em sinal de reação ao comunicado do Fomc (sigla em inglês para Comitê Federal de Mercado Aberto) do Federal Reserve (o banco central norte-americano).
Segundo analistas, apesar do indício de que o aperto monetário poderá não ter fim na próxima reunião, o mercado já começa a trabalhar com a idéia de que os juros não ultrapassarão os 5%.
Por sua vez, os títulos do tesouro americano fecharam em alta hoje --movimento que na semana passada derrubou os pregões das economias emergentes. Mas nem eles foram suficientes para a recuperação da Bolsa por aqui.
"Os treasuries de 10 anos fecharam em 4,80%. Mas é de se esperar que a elevação dos fed funds para 4,75% provocasse algum tipo de ajuste. Mas o movimento foi dentro da normalidade e não afetou o pregão na Bovespa", diz Alessandra Ribeiro, da Tendências.
Quanto aos destaques dos próximos dias, há a expectativa em torno da definição da TJLP, a taxa de juros de longo prazo. A reunião está sendo considerada pelo mercado como o primeiro teste das intenções de Mantega à frente do Banco Central. No entanto, os analistas não acreditam que o ministro faça vingar sua vontade de ter a TJLP em 7%, ante os 9% em vigor. O próprio Mantega já sinalizou que os cortes serão graduais.
O relatório de inflação dos preços no mercado doméstico a ser divulgado amanhã também será alvo das atenções dos investidores. No cenário internacional, esta quinta-feira será dia de divulgação da revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, mas, segundo analistas, não deverá ser fator de volatilidade.
O destaque de giro financeiro fica com as ações preferenciais da Petrobras, que negociaram R$ 261,448 milhões. As maiores altas do Ibovespa foram de Eletrobras PNB e ON (6,81% e 6,43%, respectivamente), Net PN (6,06%), Cesp PN (5,08%) e Sadia PN (4,60%).
As maiores baixas ficaram com Light ON (-19,37%), Contax ON (-3,52%), Telemig PN (-2,75%), Telesp PN (-2,20%) e Eletropaulo PN (-1,93%).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Bovespa
Acompanhe a cotação do dólar durante o dia
Leia o que já foi publicado sobre a cotação do dólar
Bovespa fecha em alta e recupera prejuízos com Fed e Fazenda
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A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte alta, de 2,21%, depois de ter despencado ontem. O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, fechou aos 37.491 pontos. O volume negociado foi de R$ 2,171 bilhões.
"O mercado ficou muito tenso ontem com a nomeação do Guido Mantega para a Fazenda. E, depois, o anúncio dos juros norte-americanos jogou a Bolsa para baixo", explica Alessandra Ribeiro, economista da corretora Tendências.
Hoje, o mercado passou o dia digerindo as informações do dia anterior e indicou acomodação dos preços doa ativos (ações, moeda, títulos), com exceção do dólar, que fechou em alta de 0,22% (mas recuou em relação à própria elevação ao longo do dia). O risco-país também decresceu 0,42%, cotado a 236 pontos.
"A perspectiva é que o mercado continue em processo de acomodação, mas que os ativos não voltem a operar em seus melhores valores", diz Ribeiro.
O desempenho positivo dos principais mercados internacionais também contribui para os ganhos. As Bolsas norte-americanas fecharam em alta, em sinal de reação ao comunicado do Fomc (sigla em inglês para Comitê Federal de Mercado Aberto) do Federal Reserve (o banco central norte-americano).
Segundo analistas, apesar do indício de que o aperto monetário poderá não ter fim na próxima reunião, o mercado já começa a trabalhar com a idéia de que os juros não ultrapassarão os 5%.
Por sua vez, os títulos do tesouro americano fecharam em alta hoje --movimento que na semana passada derrubou os pregões das economias emergentes. Mas nem eles foram suficientes para a recuperação da Bolsa por aqui.
"Os treasuries de 10 anos fecharam em 4,80%. Mas é de se esperar que a elevação dos fed funds para 4,75% provocasse algum tipo de ajuste. Mas o movimento foi dentro da normalidade e não afetou o pregão na Bovespa", diz Alessandra Ribeiro, da Tendências.
Quanto aos destaques dos próximos dias, há a expectativa em torno da definição da TJLP, a taxa de juros de longo prazo. A reunião está sendo considerada pelo mercado como o primeiro teste das intenções de Mantega à frente do Banco Central. No entanto, os analistas não acreditam que o ministro faça vingar sua vontade de ter a TJLP em 7%, ante os 9% em vigor. O próprio Mantega já sinalizou que os cortes serão graduais.
O relatório de inflação dos preços no mercado doméstico a ser divulgado amanhã também será alvo das atenções dos investidores. No cenário internacional, esta quinta-feira será dia de divulgação da revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, mas, segundo analistas, não deverá ser fator de volatilidade.
O destaque de giro financeiro fica com as ações preferenciais da Petrobras, que negociaram R$ 261,448 milhões. As maiores altas do Ibovespa foram de Eletrobras PNB e ON (6,81% e 6,43%, respectivamente), Net PN (6,06%), Cesp PN (5,08%) e Sadia PN (4,60%).
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