Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/04/2006 - 10h28

Emprego industrial tem leve alta após 4 meses de recuo, diz IBGE

Publicidade

CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

O nível de emprego industrial avançou 0,5% em fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A leve alta interrompe uma seqüência de quatro meses de recuo.

No ano, no entanto, o nível de emprego industrial acumula queda de 1,1%.

O IBGE destaca que a variação positiva de fevereiro fez com que o indicador de média móvel trimestral mudasse a trajetória de queda e apresentasse estabilidade entre os trimestres encerrados em fevereiro e janeiro.

A média móvel trimestral analisa o comportamento do indicador ao longo de três meses, de forma a traduzir a tendência de comportamento do mercado de trabalho industrial.

Em relação a fevereiro de 2005, o nível de emprego industrial caiu 0,8%.

As demissões superaram as admissões em nove dos 14 locais pesquisados, com destaque para as indústrias do ramo de alimentos e bebidas das regiões Norte e Centro-Oeste e Minas Gerais.

No campo negativo, o Rio Grande do Sul apresentou recuo de 9,0%, sofrendo com a queda do setor de calçados e artigos de couros (-23,2%). A região Nordeste perdeu com o ramo de alimentos e bebidas e registrou queda de 2,7%. Santa Catarina apresentou recuo de 3,6%, sobretudo, no setor de madeira.

Em nível setorial, 13 das 18 atividades apresentaram resultados negativos, sendo que as principais contribuições vieram de calçados e artigos de couro (-14,2%), máquinas e equipamentos (-8,4%) e madeira (-14,3%).

Horas pagas

O número de horas pagas ao trabalhador da indústria registrou incremento de 2,2% em relação a janeiro após dois meses de recuo. Em relação a fevereiro de 2005, o número de horas pagas manteve-se estável.

Na comparação anual, os responsáveis pelas maiores contribuições positivas foram região Norte e Centro-Oeste (11,5%), São Paulo (2,7%) e Minas Gerais (3,1%), com destaque para o setor de alimentos e bebida.

Por outro lado, as principais influências negativas vieram do Rio Grande do Sul (-9,0%) e do Paraná (-5,7%), onde sobressaíram os recuos em calçados e artigos de couro (-17,3%) e em madeira (-29,8%), respectivamente.

As horas pagas funcionam como um indicador antecedente sobre novas contratações. Isso porque quando o empresário se vê obrigado a pagar muitas horas extras há um aumento na probabilidade de que o crescimento da produção se transforme também em expansão da mão-de-obra.

Folha de pagamento

Já o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 2,4% em relação a janeiro. Segundo o IBGE, o movimento pode ser explicado, sobretudo, pelo pagamento de benefícios na indústria extrativa (31,1%).

A folha de pagamento real acumula crescimento de 7,7% em relação a dezembro de 2005.

Metodologia

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do emprego e dos salários nas atividades industriais, sobre pessoal ocupado assalariado, admissões, desligamentos, número de horas pagas e valor da folha de pagamento em termos nominais (valores correntes) e reais (deflacionados pelo IPCA).

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre emprego industrial
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página