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28/04/2006
-
12h27
KAREN CAMACHO
da Folha Online
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, negou nesta sexta-feira que haja uma disputa entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central sobre o ritmo da queda na Selic --taxa básica da economia brasileira.
"Não há disputa entre [o ministro da Fazenda] Guido Mantega e o Banco Central", disse o presidente.
Questionado sobre se sua posição era a do ministro Mantega, de insistir na queda de juros, ou a do BC, de adotar mais "parcimônia" com o corte da Selic, o presidente disse que a posição da sociedade é pela redução de juros.
Lula lembrou, no entanto, que o Banco Central não é o único responsável por cortes na Selic. "Obviamente a responsabilidade de reduzir a taxa de juros não é apenas do BC. O BC persegue a meta de inflação que o governo determinou na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]", afirmou.
O presidente lembrou que o corte de 0,75 ponto percentual feito na última reunião de política monetária do Banco (nos dias 18 e 19 deste mês) foi o sétimo consecutivo. "É a sétima queda de juros consecutiva, os juros vão continuar caindo, a situação econômica está solida, o país está crescendo, o salário está aumentando, e é isso que interessa ao povo brasileiro."
Parcimônia
Na ata da reunião deste mês, o Copom diz que deve efetuar cortes na Selic com mais "parcimônia" (comedimento), o que pode significar cortes de menos de 0,75 ponto percentual, como vinha fazendo.
Ainda há incertezas sobre o efeito das reduções dos juros promovidas desde o ano passado sobre a inflação, avaliou o Copom no documento.
O ministro Guido Mantega, no entanto, afirmou que "a inflação está sob controle e os preços, bem-comportados", minimizando a ata do Copom, divulgada ontem.
A afirmação do ministro causou contrariedade entre o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e diretores da instituição. Meirelles fez chegar a Lula que, com declarações assim, Mantega só contribuiria para dificultar o processo de queda dos juros.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o presidente Lula
Leia o que já foi publicado sobre o Copom
Lula nega disputa entre Fazenda e Banco Central
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, negou nesta sexta-feira que haja uma disputa entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central sobre o ritmo da queda na Selic --taxa básica da economia brasileira.
"Não há disputa entre [o ministro da Fazenda] Guido Mantega e o Banco Central", disse o presidente.
Questionado sobre se sua posição era a do ministro Mantega, de insistir na queda de juros, ou a do BC, de adotar mais "parcimônia" com o corte da Selic, o presidente disse que a posição da sociedade é pela redução de juros.
Lula lembrou, no entanto, que o Banco Central não é o único responsável por cortes na Selic. "Obviamente a responsabilidade de reduzir a taxa de juros não é apenas do BC. O BC persegue a meta de inflação que o governo determinou na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]", afirmou.
O presidente lembrou que o corte de 0,75 ponto percentual feito na última reunião de política monetária do Banco (nos dias 18 e 19 deste mês) foi o sétimo consecutivo. "É a sétima queda de juros consecutiva, os juros vão continuar caindo, a situação econômica está solida, o país está crescendo, o salário está aumentando, e é isso que interessa ao povo brasileiro."
Parcimônia
Na ata da reunião deste mês, o Copom diz que deve efetuar cortes na Selic com mais "parcimônia" (comedimento), o que pode significar cortes de menos de 0,75 ponto percentual, como vinha fazendo.
Ainda há incertezas sobre o efeito das reduções dos juros promovidas desde o ano passado sobre a inflação, avaliou o Copom no documento.
O ministro Guido Mantega, no entanto, afirmou que "a inflação está sob controle e os preços, bem-comportados", minimizando a ata do Copom, divulgada ontem.
A afirmação do ministro causou contrariedade entre o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e diretores da instituição. Meirelles fez chegar a Lula que, com declarações assim, Mantega só contribuiria para dificultar o processo de queda dos juros.
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