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02/05/2006 - 10h42

Dólar sobe e Bovespa opera volátil com Bolívia e Fed

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DENYSE GODOY
da Folha Online

O dólar comercial iniciou a terça-feira em alta, e às 10h28 subia 0,09%, para R$ 2,09, enquanto o risco-país avança 0,46%, para 216 pontos. A Bovespa, depois de abrir em baixa, aos 40.364 pontos, subia 0,25%, para 40.465 pontos.

No início do pregão, a nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia, anunciada ontem pelo presidente do país, Evo Morales, desanimou um pouco os investidores, mas a expectativa de um dia positivo no mercado acionário norte-americano neutraliza um pouco o efeito dessa notícia, especialmente ruim para a Petrobras.

Os dois principais campos de gás do país são explorados pela empresa, cujas ações estão entre as mais negociadas na Bovespa. Os papéis ordinários da petrolífera tinham alta de 0,13%, a R$ 51,08, e os preferenciais caíam 1,01%, para R$ 45,76.

"A Petrobras possui investimentos de US$ 1,5 bilhão na Bolívia, e pode ter um prejuízo grande, mas ainda não se sabe de qual tamanho", diz um analista de um grande banco de investimentos que prefere não se identificar. "Já no caso da Comgas as perdas podem ser ainda piores, pois cerca de 70% do gás que a empresa comercializa vem da Bolívia." Os papéis preferenciais da Comgas a caíam 3,36%, para R$ 279,50.

O especialista diz, entretanto, que ainda é cedo para o investidor tomar qualquer decisão quanto às ações da Petrobras, se as tiver na sua carteira. "Vai haver uma grande volatilidade no curto prazo. Quem ganhou dinheiro com esses papéis ultimamente vai querer embolsar os lucros, o que é natural, mas as conseqüências dessa medida boliviana para a petrolífera brasileira ainda não foram completamente entendidas", diz ele.

Outro motivo para o mau humor do mercado hoje é um relatório no qual o presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Ben Bernanke, sugeriu que os investidores estão errados em tomar seu discurso na semana passada como um sinal de que o Fed estava próximo de interromper o ciclo de altas da taxa básica de juros. Esse foi um dos motivos que ajudou o dólar a se desvalorizar ante o real nos últimos dias e a Bolsa brasileira a subir.

No mercado internacional, o barril de petróleo subiu para mais de US$ 74, na expectativa de que caia a oferta do produto, especialmente por parte do Irã. EUA, Grã Bretanha e França devem apresentar nesta semana uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para pedir que o Irã abandone o seu programa nuclear, o que o país tem se recusado a fazer. Os rendimentos dos treasuries --títulos do Tesouro norte-americano-- avançam para 5,11%, mas mesmo assim os índices futuros da Bolsa de Nova York apontam para uma abertura em alta, depois da realização de lucros de ontem.

O dólar paralelo é negociado a R$ 2,32 e o turismo, estável a R$ 2,18.

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