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02/05/2006
-
19h17
DENYSE GODOY
da Folha Online
Apesar de o governo Evo Morales ter tomado os dois campos de exploração de petróleo e gás e as refinarias que a Petrobras tem na Bolívia, as ações da companhia tiveram valorização hoje e ajudaram a Bovespa a atingir um novo recorde aos 41.016 pontos. Os papéis ordinários da petrolífera avançaram 3,41%, a R$ 52,75, e os preferenciais tiveram elevação de 1,77%, a R$ 47,05, com o maior giro do pregão.
O avanço dos preços do petróleo no mercado internacional --o barril subiu 1,23%, para US$ 74,61 em Nova York-- foi um dos motivos para a alta das ações. "Cerca de metade das vendas internas da Petrobras é de produtos cujo preço é corrigido de acordo com a flutuação do valor da commodity lá fora, como o querosene de aviação", afirma Luiz Caetano, analista de investimentos do banco Banif Primus. "Além disso, com o aumento de produção, cada vez mais a empresa vai se voltar para o mercado externo." No quarto trimestre, a companhia exportou 301 mil barris de petróleo e mais 250 mil de derivados por dia.
Outra explicação é a opinião de analistas do mercado financeiro de que o prejuízo que a Petrobras pode ter na Bolívia com a nacionalização dos hidrocarbonetos é relativamente pequeno considerando tanto o valor dos ativos que a petrolífera possui naquele país quanto a importância daquelas operações no conjunto da empresa. Estima-se que a Petrobras já injetou US$ 1,5 bilhão na Bolívia, o que representa apenas entre 1,5% e 2% do valor da companhia, segundo especialistas.
Caetano discorda. "Creio que as ações deveriam ter caído, porque, afinal, a Petrobras vai ter prejuízo na Bolívia", diz ele. "Se não aconteceu isso, é porque os investidores têm uma enorme confiança no potencial da companhia, o que é uma verdade absoluta. A sua produção neste ano deve ter um crescimento de 10% neste ano e mais 40% nos próximos cinco anos. São pouquíssimas as empresas de petróleo do mundo que podem ostentar números como esses."
Comgás
Se os papéis da Petrobras subiram apesar da crise, os preferenciais tipo A da Comgás recuaram 2,78%, para R$ 281,16, pelo medo de que as receitas da companhia, que compra da Bolívia por volta de 70% do gás que distribui, sejam afetadas por algum problema de fornecimento e pelo aumento dos preços do produto boliviano.
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Apesar de o governo Evo Morales ter tomado os dois campos de exploração de petróleo e gás e as refinarias que a Petrobras tem na Bolívia, as ações da companhia tiveram valorização hoje e ajudaram a Bovespa a atingir um novo recorde aos 41.016 pontos. Os papéis ordinários da petrolífera avançaram 3,41%, a R$ 52,75, e os preferenciais tiveram elevação de 1,77%, a R$ 47,05, com o maior giro do pregão.
O avanço dos preços do petróleo no mercado internacional --o barril subiu 1,23%, para US$ 74,61 em Nova York-- foi um dos motivos para a alta das ações. "Cerca de metade das vendas internas da Petrobras é de produtos cujo preço é corrigido de acordo com a flutuação do valor da commodity lá fora, como o querosene de aviação", afirma Luiz Caetano, analista de investimentos do banco Banif Primus. "Além disso, com o aumento de produção, cada vez mais a empresa vai se voltar para o mercado externo." No quarto trimestre, a companhia exportou 301 mil barris de petróleo e mais 250 mil de derivados por dia.
Outra explicação é a opinião de analistas do mercado financeiro de que o prejuízo que a Petrobras pode ter na Bolívia com a nacionalização dos hidrocarbonetos é relativamente pequeno considerando tanto o valor dos ativos que a petrolífera possui naquele país quanto a importância daquelas operações no conjunto da empresa. Estima-se que a Petrobras já injetou US$ 1,5 bilhão na Bolívia, o que representa apenas entre 1,5% e 2% do valor da companhia, segundo especialistas.
Caetano discorda. "Creio que as ações deveriam ter caído, porque, afinal, a Petrobras vai ter prejuízo na Bolívia", diz ele. "Se não aconteceu isso, é porque os investidores têm uma enorme confiança no potencial da companhia, o que é uma verdade absoluta. A sua produção neste ano deve ter um crescimento de 10% neste ano e mais 40% nos próximos cinco anos. São pouquíssimas as empresas de petróleo do mundo que podem ostentar números como esses."
Comgás
Se os papéis da Petrobras subiram apesar da crise, os preferenciais tipo A da Comgás recuaram 2,78%, para R$ 281,16, pelo medo de que as receitas da companhia, que compra da Bolívia por volta de 70% do gás que distribui, sejam afetadas por algum problema de fornecimento e pelo aumento dos preços do produto boliviano.
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