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05/05/2006 - 09h10

Para Amorim, crítica é oportunista

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PEDRO DIAS LEITE
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, rebateu ontem as críticas de que a política externa do Brasil é equivocada e as classificou de "oportunistas".

"São críticas oportunistas. No caso específico da Bolívia, o que está sendo discutido hoje decorre de decisões tomadas há 10, 12, 13, 18 anos, algumas vão até mais longe", disse o chanceler, que é responsável pela elaboração da política externa do Brasil.

"Então não é dizer que porque este governo dá prioridade à América do Sul que surgiu esse problema. Pelo contrário. Porque este governo dá prioridade à América do Sul, temos uma boa chance de resolver esse problema", completou o ministro.

Amorim defendeu o uso do gás boliviano, mas criticou os antecessores por não terem previsto alternativas em caso de crise. "Esses que estão criticando participaram [da implantação do gasoduto]. E não estou achando que foi ruim não, porque acho que o gás com a Bolívia é uma coisa boa. Agora, as alternativas de abastecimento tinham de ter sido pensadas antes", disse.

O Ministério das Relações Exteriores tem sido alvo de críticas porque políticos que ganharam apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomaram medidas espinhosas para os interesses brasileiros. Evo Morales é um dos principais casos, uma vez que nacionalizou as reservas de gás mesmo depois de ter recebido apoio explícito de Lula ainda quando era candidato à Presidência.

Questionado sobre isso, Amorim disse que "o apoio é ao presidente que foi eleito e a expectativa de manter bom diálogo com ele".

Segundo o ministro, que deu rápida entrevista antes de embarcar com Lula para Puerto Iguazú (Argentina), o Brasil tem duas preocupações nas conversas com Morales: receber uma garantia formal de que o fornecimento será mantido e manter um canal de negociação sobre o preço do gás natural, para que seja "viável".

Morales já disse em entrevistas e ao governo brasileiro que o fornecimento de gás da Bolívia ao país não será alterado. Mas o Palácio do Planalto e o Itamaraty esperam uma garantia formal.
 

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