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05/05/2006
-
19h54
IVONE PORTES
da Folha Online, no Rio
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, saiu otimista hoje da reunião dos credores da Varig, em que foi apresentada a chamada "proposta de consenso", criada pelo governo federal, em conjunto com os credores e a Justiça do Rio. A proposta prevê a divisão da empresa, uma sem dívidas, que atuaria no mercado nacional, e a outra internacional, com as dívidas.
De acordo com ela, essa é a proposta mais viável e, se for aprovada na próxima segunda-feira, durante a assembléia dos credores, em um prazo de sete dias entra o empréstimo-ponte, estimado em cerca de US$ 100 milhões.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deve conceder um empréstimo para o investidor que tiver condições de comprar a operação doméstica da Varig, dentro da proposta de divisão da empresa.
"É tudo o que a empresa precisa para continuar suas operações, desencravar e parar de perder mercado", disse Selma, ao sair da reunião.
Caso a proposta seja aprovada, a empresa doméstica poderá ser leiloada em um prazo estimado de 60 dias. De acordo com Selma, já demonstraram interesse em participar do leilão a TAM, Gol, BRA, Webjet, e OceanAir, entre outras menores.
De acordo com a proposta apresentada hoje aos credores, segundo a presidente do sindicato, a Varig internacional ficaria com 25 aviões e a doméstica com 30.
Entretanto, a Varig internacional poderá também operar rotas domésticas de grande densidade por freqüência e fundamentais para alimentação da malha internacional.
Selma destacou, como exemplo, as rotas para Manaus. "Esta é uma rota com concentração grande de turistas."
Durante a apresentação, porém, não ficou claro se ocorrerão demissões. "Mas se houver terão que respeitar os acordos coletivos", afirmou a sindicalista.
Quantos à milhas, ela afirmou que deverão ficar concentradas na Varig internacional, para não criar obstáculo para o novo investidor na companhia doméstica.
"Pelo que foi colocado, o usuário não vai perder as milhas. Esse ponto foi apresentado com muito cuidado, até porque é um dos atrativos da companhia."
Outras duas propostas serão analisadas pelo conselho na próxima segunda-feira. Mas, para Selma, nenhuma delas é concreta.
O consultor Jayme Toscano propôs US$ 1,9 bilhão pela aérea, o que incluiria a aquisição do controle das três empresas em recuperação judicial --Varig, Rio Sul e Nordeste. Ele não afirmou quem seria o investidor por trás desses recursos.
Já a TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) ofereceu R$ 2,5 bilhões, cujo pagamento seria feito com parte dos recursos do fundo de pensão Aerus, que está em liquidação.
A VarigLog, ex-subsidiária de transporte de cargas da Varig, anunciou hoje que retirou sua proposta de compra da ex-controladora por US$ 400 milhões.
Especial
Confira a cobertura completa da crise da Varig
Proposta de divisão da Varig é a mais viável, diz sindicato dos aeroviários
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da Folha Online, no Rio
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, saiu otimista hoje da reunião dos credores da Varig, em que foi apresentada a chamada "proposta de consenso", criada pelo governo federal, em conjunto com os credores e a Justiça do Rio. A proposta prevê a divisão da empresa, uma sem dívidas, que atuaria no mercado nacional, e a outra internacional, com as dívidas.
De acordo com ela, essa é a proposta mais viável e, se for aprovada na próxima segunda-feira, durante a assembléia dos credores, em um prazo de sete dias entra o empréstimo-ponte, estimado em cerca de US$ 100 milhões.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deve conceder um empréstimo para o investidor que tiver condições de comprar a operação doméstica da Varig, dentro da proposta de divisão da empresa.
"É tudo o que a empresa precisa para continuar suas operações, desencravar e parar de perder mercado", disse Selma, ao sair da reunião.
Caso a proposta seja aprovada, a empresa doméstica poderá ser leiloada em um prazo estimado de 60 dias. De acordo com Selma, já demonstraram interesse em participar do leilão a TAM, Gol, BRA, Webjet, e OceanAir, entre outras menores.
De acordo com a proposta apresentada hoje aos credores, segundo a presidente do sindicato, a Varig internacional ficaria com 25 aviões e a doméstica com 30.
Entretanto, a Varig internacional poderá também operar rotas domésticas de grande densidade por freqüência e fundamentais para alimentação da malha internacional.
Selma destacou, como exemplo, as rotas para Manaus. "Esta é uma rota com concentração grande de turistas."
Durante a apresentação, porém, não ficou claro se ocorrerão demissões. "Mas se houver terão que respeitar os acordos coletivos", afirmou a sindicalista.
Quantos à milhas, ela afirmou que deverão ficar concentradas na Varig internacional, para não criar obstáculo para o novo investidor na companhia doméstica.
"Pelo que foi colocado, o usuário não vai perder as milhas. Esse ponto foi apresentado com muito cuidado, até porque é um dos atrativos da companhia."
Outras duas propostas serão analisadas pelo conselho na próxima segunda-feira. Mas, para Selma, nenhuma delas é concreta.
O consultor Jayme Toscano propôs US$ 1,9 bilhão pela aérea, o que incluiria a aquisição do controle das três empresas em recuperação judicial --Varig, Rio Sul e Nordeste. Ele não afirmou quem seria o investidor por trás desses recursos.
Já a TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) ofereceu R$ 2,5 bilhões, cujo pagamento seria feito com parte dos recursos do fundo de pensão Aerus, que está em liquidação.
A VarigLog, ex-subsidiária de transporte de cargas da Varig, anunciou hoje que retirou sua proposta de compra da ex-controladora por US$ 400 milhões.
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