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08/05/2006 - 09h03

Mudanças preocupam os sojicultores

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da Folha de S.Paulo

O surpreendente decreto da nacionalização dos hidrocarbonetos e a promessa feita pelo presidente Evo Morales de que a terra está na lista provocaram vários telefonemas de sojicultores brasileiros ao colega paranaense Nilson Medina. Assustados, queriam saber como entrar com o processo para obtenção da cidadania boliviana, caminho já percorrido por ele há seis meses.

"Toda mudança na lei preocupa porque, antes da publicação, existe a expectativa de como será. Como nós temos pouco acesso a essas possíveis mudanças, então há uma incerteza, uma certa tensão", disse o sojicultor Medina.

Ex-funcionário da Monsanto, Medina está há 14 anos na Bolívia e é uma espécie de porta-voz dos sojicultores, tanto brasileiros quanto bolivianos. Diretor-presidente da Associação de Produtores de Oleaginosas e Trigo, já se reuniu três vezes com o presidente Morales para tratar do tema.

Medina tem 7.000 hectares de soja e emprega 104 funcionários. "Desses, cem são bolivianos e quatro, brasileiros", enfatiza.

Os sojicultores brasileiros chegaram à Bolívia no início dos anos 90, atraídos pelas terras férteis e baratas. A maioria veio do Paraná, de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.

Hoje, segundo Medina, existem cerca de cem famílias produzindo soja, com uma área média de 1.000 hectares, mas alguns têm até 30 mil hectares. Outras cem famílias de brasileiros também vieram para trabalhar nas fazendas.

Para Medina, caso o critério seja a desapropriação de áreas ociosas, os brasileiros não correm nenhum risco: "100% dos sojicultores estão em áreas trabalhadas há mais de dez anos".

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