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15/05/2006
-
10h46
da Folha Online
A empresa petrolífera francesa Total anunciou hoje que está disposta a deixar de investir na Bolívia após a decisão do país vizinho de nacionalizar as reservas de petróleo e gás.
A Total tem uma participação de 15% nos campos de San Antonio e San Alberto, na Bolívia, que são operados pela Petrobras.
Em entrevista publicada no diário francês "Les Echos", o presidente da Total, Thierry Desmarest, afirmou que a empresa não vai continuar a investir em "qualquer condição".
"Total foi a esse país [Bolívia] e criou riqueza, realizando achados de gás relativamente importantes, e considera que pode ainda contribuir muito colocando essas jazidas em produção. Mas não o fará em qualquer condição", afirmou.
O executivo também criticou a Venezuela, que também tem assumido uma posição mais nacionalista e elevado impostos sobre a exploração de petróleo.
"Esperamos igualmente que as coisas se esclareçam na Venezuela, onde mudaram as regras do jogo em mais de uma ocasião de forma bastante brutal", afirmou.
As decisões de Bolívia e Venezuela podem prejudicar dezenas de empresas de petróleo e gás instaladas nos dois países.
Na Bolívia, a empresa que pode ter maiores perdas é a Petrobras, principal petrolífera a atuar no país vizinho.
A Petrobras deverá renegociar os contratos de fornecimento de gás para o Brasil, o que pode gerar eventuais reajustes. Também teve o controle de suas empresas repassado ao governo boliviano, que já indicou novos diretores para essas companhias.
Além disso, o próprio presidente da Bolívia, Evo Morales, já se manifestou contrário ao pagamento de indenização à Petrobras pela desapropriação.
Todos esses pontos, entretanto, ainda serão negociados pelos dois países.
Com agências internacionais
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A empresa petrolífera francesa Total anunciou hoje que está disposta a deixar de investir na Bolívia após a decisão do país vizinho de nacionalizar as reservas de petróleo e gás.
A Total tem uma participação de 15% nos campos de San Antonio e San Alberto, na Bolívia, que são operados pela Petrobras.
Em entrevista publicada no diário francês "Les Echos", o presidente da Total, Thierry Desmarest, afirmou que a empresa não vai continuar a investir em "qualquer condição".
"Total foi a esse país [Bolívia] e criou riqueza, realizando achados de gás relativamente importantes, e considera que pode ainda contribuir muito colocando essas jazidas em produção. Mas não o fará em qualquer condição", afirmou.
O executivo também criticou a Venezuela, que também tem assumido uma posição mais nacionalista e elevado impostos sobre a exploração de petróleo.
"Esperamos igualmente que as coisas se esclareçam na Venezuela, onde mudaram as regras do jogo em mais de uma ocasião de forma bastante brutal", afirmou.
As decisões de Bolívia e Venezuela podem prejudicar dezenas de empresas de petróleo e gás instaladas nos dois países.
Na Bolívia, a empresa que pode ter maiores perdas é a Petrobras, principal petrolífera a atuar no país vizinho.
A Petrobras deverá renegociar os contratos de fornecimento de gás para o Brasil, o que pode gerar eventuais reajustes. Também teve o controle de suas empresas repassado ao governo boliviano, que já indicou novos diretores para essas companhias.
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Todos esses pontos, entretanto, ainda serão negociados pelos dois países.
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