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18/05/2006
-
12h09
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
As autoridades reguladoras federais do sistema bancário dos EUA irão intensificar sua ação para melhorar o gerenciamento de risco nos maiores bancos norte-americanos, disse nesta quinta-feira o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke.
A proposta de maior fiscalização dos bancos, chamada de "Basiléia 2", vai instruir os bancos dos EUA a utilizarem fórmulas de cálculo de risco novas e mais complexas. Segundo Bernanke, a proposta visa promover a estabilidade do sistema financeiro dos EUA e lidar melhor com problemas que possam surgir no mercado global.
"Nenhuma crise imediata requer que adotemos o Basiléia 2, mas a evolução gradual das práticas de mercado e a emergência de organizações bancárias muito grandes e cada vez mais complexas, operando em escala global, requerem que façamos mudanças significativas no modo como avaliamos essas organizações", disse Bernanke, que participou de uma conferência realizada pelo Federal Reserve Bank de Chicago.
"De fato, esperar por uma crise que nos force a mudar seria tolice; tomando uma atitude agora, podemos ter o luxo de deliberar sobre os desenvolvimentos e a introdução de um sistema que promete benefícios significativos", acrescentou.
O presidente do banco, no entanto, frustrou as expectativas dos economistas presentes e manteve a mesma atitude de seu antecessor no cargo, Alan Greenspan, em eventos públicos: nada disse sobre o movimento futuro das taxas de juros ou a situação da economia dos EUA.
Neste mês, o banco elevou sua taxa pela 16ª vez consecutiva, para 5% ao ano. O banco vem elevando seus juros para conter altas da inflação nos EUA.
mesmo assim, a alta nos preços da energia vem comprometendo a eficácia do aperto monetário empreendido pelo Fed: ontem foi divulgado o CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) referente a abril, que mostrou uma alta de 0,3% no núcleo da inflação.
Como o núcleo exclui os preços de energia (além dos de alimentos), os analistas viram no dado um sinal de que esses preços podem estar começando a afetar outras categorias de produtos.
Basiléia 1 é o nome pelo qual também é conhecido o acordo assinado em 1988 na cidade de Basiléia (Suíça) e adotado por cerca de 100 países atualmente. O acordo definiu regras para as operações de bancos comerciais.
Pelo acordo, os ativos dos bancos foram classificados de acordo com o risco de crédito (perda potencial que uma empresa pode sofrer se os devedores não liquidarem seus débitos no prazo contratado). Bancos com atuação internacional têm de manter capital equivalente a 8% dos ativos classificados como de risco.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Ben Bernanke
Grandes bancos nos EUA terão supervisão mais estrita, diz Bernanke
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da Folha Online
As autoridades reguladoras federais do sistema bancário dos EUA irão intensificar sua ação para melhorar o gerenciamento de risco nos maiores bancos norte-americanos, disse nesta quinta-feira o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke.
A proposta de maior fiscalização dos bancos, chamada de "Basiléia 2", vai instruir os bancos dos EUA a utilizarem fórmulas de cálculo de risco novas e mais complexas. Segundo Bernanke, a proposta visa promover a estabilidade do sistema financeiro dos EUA e lidar melhor com problemas que possam surgir no mercado global.
"Nenhuma crise imediata requer que adotemos o Basiléia 2, mas a evolução gradual das práticas de mercado e a emergência de organizações bancárias muito grandes e cada vez mais complexas, operando em escala global, requerem que façamos mudanças significativas no modo como avaliamos essas organizações", disse Bernanke, que participou de uma conferência realizada pelo Federal Reserve Bank de Chicago.
"De fato, esperar por uma crise que nos force a mudar seria tolice; tomando uma atitude agora, podemos ter o luxo de deliberar sobre os desenvolvimentos e a introdução de um sistema que promete benefícios significativos", acrescentou.
O presidente do banco, no entanto, frustrou as expectativas dos economistas presentes e manteve a mesma atitude de seu antecessor no cargo, Alan Greenspan, em eventos públicos: nada disse sobre o movimento futuro das taxas de juros ou a situação da economia dos EUA.
Neste mês, o banco elevou sua taxa pela 16ª vez consecutiva, para 5% ao ano. O banco vem elevando seus juros para conter altas da inflação nos EUA.
mesmo assim, a alta nos preços da energia vem comprometendo a eficácia do aperto monetário empreendido pelo Fed: ontem foi divulgado o CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) referente a abril, que mostrou uma alta de 0,3% no núcleo da inflação.
Como o núcleo exclui os preços de energia (além dos de alimentos), os analistas viram no dado um sinal de que esses preços podem estar começando a afetar outras categorias de produtos.
Basiléia 1 é o nome pelo qual também é conhecido o acordo assinado em 1988 na cidade de Basiléia (Suíça) e adotado por cerca de 100 países atualmente. O acordo definiu regras para as operações de bancos comerciais.
Pelo acordo, os ativos dos bancos foram classificados de acordo com o risco de crédito (perda potencial que uma empresa pode sofrer se os devedores não liquidarem seus débitos no prazo contratado). Bancos com atuação internacional têm de manter capital equivalente a 8% dos ativos classificados como de risco.
Com agências internacionais
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