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20/05/2006
-
11h01
TALITA FIGUEIREDO
da Folha de S.Paulo, no Rio
O Estado do Rio teve o menor crescimento do Brasil, entre 1985 e 2003. Caso crescesse em linha com o resto do país nas últimas duas décadas, o Estado teria 1,5 milhão a mais de postos de trabalho. A violência e o alto índice de impostos são os principais motivos. A constatação está na pesquisa 'Dinamizando o Crescimento da Economia do Estado do Rio de Janeiro'.
Assinada pelo consultor Joe Capp, mestre em Desenvolvimento Econômico pela prestigiosa universidade britânica London School of Economics, em parceria com os consultores Felipe Goes e Claudio Silva, a pesquisa foi entregue nesta semana ao presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Olavo Monteiro de Carvalho.
De acordo com o estudo, a distância entre o Rio e o resto do país se acentuou consideravelmente a partir da década de 1980. Entre 1985 e 1992, o PIB (Produto Interno Bruto) do Rio cresceu 42% menos que o nacional. Já entre 1992 e 1998, ele foi 49% menor e, entre 1998 e 2003, 14% menor. A participação do Rio no PIB nacional caiu de 16,7% em 1970 para 12,6% em 2002.
Nesse período, a região Sudeste gerou 18% mais postos de trabalho do que o Rio e, o resto do país gerou mais 26% em comparação ao Estado.
Cinco causas
O estudo identificou cinco causas do problema de desenvolvimento do Estado, sendo a violência a principal delas, gerando uma perda de R$ 11,4 bilhões.
Além disso, o Estado está entre os de ICMS mais alto do país, tanto em termos de alíquotas básicas quanto em insumos essenciais (telecomunicações, energia e combustíveis). Por exemplo, sobre a gasolina, a carga de ICMS é de R$ 0,82 por litro.
O ISS da capital também tem forte impacto sobre o baixo crescimento da economia no Estado, segundo os autores do estudo. No setor de software, por exemplo, a carga tributária no Rio é de 5%, enquanto em cidades como Niterói e Petrópolis, é de 2%. Isso, segundo a pesquisa, levou muitas empresas do setor para Petrópolis e para outros Estados, como São Paulo.
A falta de investimento em infra-estrutura, o fraco dinamismo da cidade --com a contração da economia carioca-- e a falta de empreendedorismo são outros fatores também citados como problemas. Neste último item, o estudo sugere o lançamento de programas de estímulo como feito nas iniciativas paulistas, de simplificação do registro de empresas, licenciamento ambiental online e programas de incentivo fiscal.
Como solução para os problemas, o estudo aponta, além do combate à violência e o aumento de competitividade tributária do Estado, a necessidade de priorizar setores nos quais o Rio tem vantagens, como petróleo e gás, indústria naval, turismo e entretenimento, construção e informática e telecomunicações.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a economia fluminense
Rio teve o menor crescimento do Brasil de 1985 a 2003
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da Folha de S.Paulo, no Rio
O Estado do Rio teve o menor crescimento do Brasil, entre 1985 e 2003. Caso crescesse em linha com o resto do país nas últimas duas décadas, o Estado teria 1,5 milhão a mais de postos de trabalho. A violência e o alto índice de impostos são os principais motivos. A constatação está na pesquisa 'Dinamizando o Crescimento da Economia do Estado do Rio de Janeiro'.
Assinada pelo consultor Joe Capp, mestre em Desenvolvimento Econômico pela prestigiosa universidade britânica London School of Economics, em parceria com os consultores Felipe Goes e Claudio Silva, a pesquisa foi entregue nesta semana ao presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Olavo Monteiro de Carvalho.
De acordo com o estudo, a distância entre o Rio e o resto do país se acentuou consideravelmente a partir da década de 1980. Entre 1985 e 1992, o PIB (Produto Interno Bruto) do Rio cresceu 42% menos que o nacional. Já entre 1992 e 1998, ele foi 49% menor e, entre 1998 e 2003, 14% menor. A participação do Rio no PIB nacional caiu de 16,7% em 1970 para 12,6% em 2002.
Nesse período, a região Sudeste gerou 18% mais postos de trabalho do que o Rio e, o resto do país gerou mais 26% em comparação ao Estado.
Cinco causas
O estudo identificou cinco causas do problema de desenvolvimento do Estado, sendo a violência a principal delas, gerando uma perda de R$ 11,4 bilhões.
Além disso, o Estado está entre os de ICMS mais alto do país, tanto em termos de alíquotas básicas quanto em insumos essenciais (telecomunicações, energia e combustíveis). Por exemplo, sobre a gasolina, a carga de ICMS é de R$ 0,82 por litro.
O ISS da capital também tem forte impacto sobre o baixo crescimento da economia no Estado, segundo os autores do estudo. No setor de software, por exemplo, a carga tributária no Rio é de 5%, enquanto em cidades como Niterói e Petrópolis, é de 2%. Isso, segundo a pesquisa, levou muitas empresas do setor para Petrópolis e para outros Estados, como São Paulo.
A falta de investimento em infra-estrutura, o fraco dinamismo da cidade --com a contração da economia carioca-- e a falta de empreendedorismo são outros fatores também citados como problemas. Neste último item, o estudo sugere o lançamento de programas de estímulo como feito nas iniciativas paulistas, de simplificação do registro de empresas, licenciamento ambiental online e programas de incentivo fiscal.
Como solução para os problemas, o estudo aponta, além do combate à violência e o aumento de competitividade tributária do Estado, a necessidade de priorizar setores nos quais o Rio tem vantagens, como petróleo e gás, indústria naval, turismo e entretenimento, construção e informática e telecomunicações.
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