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22/05/2006 - 12h30

Domicílios chefiados por mulheres crescem 37% entre 1991 e 2000

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da Folha Online, no Rio de Janeiro

Os domicílios chefiados por mulheres aumentaram quase 37% em quase dez anos, passando de 18,1% para 24,9%, segundo dados do SNIG (Sistema Nacional de Informações de Gênero), elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão ligado à Presidência da República, a partir de microdados dos Censos 1991 e 2000.

Geograficamente, esse aumento do número de mulheres chefiando domicílios foi generalizado. No caso das mulheres brancas, o aumento foi de 1,5 ponto percentual no período --de 53,6% para 55,1%. Já entre negras ou pardas, o quadro foi inverso. Neste caso, houve redução da participação das mulheres na chefia feminina de quase dois pontos percentuais --de 45,5% para 43,4%.

O levantamento mostra ainda que os domicílios chefiados por mulheres apresentaram as melhores condições de saneamento básico.

Segundo o IBGE, a partir de 1990 o acesso ao serviço de abastecimento de água cresceu significativamente. De 1991 para 2000, a proporção de domicílios particulares permanentes abastecidos com água canalizada por rede geral passou de 64,9% para 78%. Quando somados os domicílios que possuem abastecimento de água por poço ou nascente, o percentual chega a 88,2%. Já a oferta de serviço de esgotamento sanitário, não acompanhou esta evolução.

Segundo os dados do Censo, foi possível verificar que os domicílios chefiados por mulheres tinham indicadores de acesso à água tratada (por rede geral) melhores que aqueles chefiados por homens. Em 1991, a proporção de domicílios chefiados por mulheres que tinham água canalizada por rede geral era de 72,1%, enquanto em 2000, essa proporção atingiu 85,9%. Entre os homens, esses percentuais eram de 63,3% e 75,3%, respectivamente.

Considerando o acesso ao serviço de esgotamento sanitário, os indicadores também melhoraram a partir da década de 1990, mas em 2000, apenas 62,7% dos domicílios particulares permanentes dispunham deste serviço. Neste período, as microrregiões com os maiores percentuais de domicílios chefiados por mulheres que tinham esgotamento sanitário chegavam a quase 30%, enquanto nos chefiados por homens, o percentual era de 22,5%.

Em relação à coleta de lixo, também se observa uma melhor situação dos domicílios chefiados pelo sexo feminino. Em 2000, 82% destes domicílios contavam com o serviço de coleta direta de lixo, enquanto entre os homens, essa proporção era de 72%.

"Uma possível explicação para os domicílios chefiados por mulheres terem melhores condições de saneamento é o fato de as mulheres serem mais atentas quanto aos aspectos que interferem nas condições de saúde e higiene da família", informou o IBGE.

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