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22/05/2006
-
15h51
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente francês, Jacques Chirac, desembarca em Brasília nesta semana acompanhado de cinco ministros (relações exteriores, defesa, economia e finanças, educação e indústria), dois parlamentares e um grupo de 20 empresários das áreas de infra-estrutura, energia, nuclear, alimentos, aeronáutica e bancos, entre outros.
Ele vem ao Brasil com interesses nas áreas nuclear, comercial, de biocombustíveis, aeronáutica, de defesa e também para formalizar o estreitamento dos laços entre os dois países.
No caso dos biocombustíveis (álcool e biodiesel, por exemplo), o acordo será de cooperação para ajudar no desenvolvimento de outros países, considerados de 'economia vulnerável', segundo explicou hoje o subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio de Aguiar Patriota.
Ele afirmou que os dois presidentes assinarão uma declaração de intenção para criar um fundo de apoio ao desenvolvimento de energias renováveis para esses países.
Patriota confirmou a informação publicada na imprensa estrangeira de que durante a visita do presidente francês a empresa Dassaut irá assinar com a Embraer um acordo para a construção de uma usina para a produção de fuselagem de helicópteros no país.
A França, que tem forte experiência na área de energia nuclear, também acompanha com atenção a decisão brasileira sobre a construção da usina de Angra 3. Projetos na área nuclear estão na pauta da visita do presidente francês ao Brasil.
Doha.
As negociações da Rodada Doha, envolvendo a redução de subsídios agrícolas, dificilmente ficarão de fora das conversas entre os dois presidentes, mas Patriota disse hoje que não se deve esperar o anúncio de possíveis avanços, já que trata-se de uma reunião bilateral, e que os dois países não teriam autonomia para negociar assuntos multilaterais (União Européia e o G-20).
O subsecretário evitou dar detalhes sobre os acordos na área de defesa, alegando haver necessidade de confidencialidade sobre o assunto, mas destacou que serão acertados intercâmbios de instrutores, apoio logístico, conversas sobre pesquisa, desenvolvimento, e de cooperação para ações de paz da Organização das Nações Unidas.
Patriota afirmou ainda que a França, assim como o Brasil, apoia a reforma e ampliação do Conselho de Segurança da ONU.
Bolívia.
Como também têm interesses em comum na Bolívia, já que empresa francesa Total também atua no país, Lula e Chirac também deverão tratar das recentes mudanças na legislação boliviana sobre a produção de petróleo.
A França é o quarto maior investidor estrangeiro no Brasil, mas a balança comercial pesa mais para o lado dos produtos franceses, o que fez com que o Brasil registrasse em 2005 um déficit em relação a França. O governo brasileiro pretende diversificar as exportações para a França a fim de tentar reequilibrar esse comércio.
Também estão previstos acordos nas áreas de educação, combate à fome, cooperação no Haiti, intercâmbios do quadro diplomático, acordo para promoção e renovação de pesquisas tecnológicas, meio ambiente, entre outros.
Chirac chega ao Brasil na quarta à noite. Na quinta-feira pela manhã ele visitará o Supremo Tribunal Federal e depois será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma reunião, assinatura de acordos e almoço no Palácio da Alvorada. À tarde ele irá ao Congresso Nacional.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o presidente francês, Jacques Chirac
Lula e Chirac discutirão acordos sobre biocombustíveis, energia nuclear e aeronáutica
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da Folha Online, em Brasília
O presidente francês, Jacques Chirac, desembarca em Brasília nesta semana acompanhado de cinco ministros (relações exteriores, defesa, economia e finanças, educação e indústria), dois parlamentares e um grupo de 20 empresários das áreas de infra-estrutura, energia, nuclear, alimentos, aeronáutica e bancos, entre outros.
Ele vem ao Brasil com interesses nas áreas nuclear, comercial, de biocombustíveis, aeronáutica, de defesa e também para formalizar o estreitamento dos laços entre os dois países.
No caso dos biocombustíveis (álcool e biodiesel, por exemplo), o acordo será de cooperação para ajudar no desenvolvimento de outros países, considerados de 'economia vulnerável', segundo explicou hoje o subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio de Aguiar Patriota.
Ele afirmou que os dois presidentes assinarão uma declaração de intenção para criar um fundo de apoio ao desenvolvimento de energias renováveis para esses países.
Patriota confirmou a informação publicada na imprensa estrangeira de que durante a visita do presidente francês a empresa Dassaut irá assinar com a Embraer um acordo para a construção de uma usina para a produção de fuselagem de helicópteros no país.
A França, que tem forte experiência na área de energia nuclear, também acompanha com atenção a decisão brasileira sobre a construção da usina de Angra 3. Projetos na área nuclear estão na pauta da visita do presidente francês ao Brasil.
Doha.
As negociações da Rodada Doha, envolvendo a redução de subsídios agrícolas, dificilmente ficarão de fora das conversas entre os dois presidentes, mas Patriota disse hoje que não se deve esperar o anúncio de possíveis avanços, já que trata-se de uma reunião bilateral, e que os dois países não teriam autonomia para negociar assuntos multilaterais (União Européia e o G-20).
O subsecretário evitou dar detalhes sobre os acordos na área de defesa, alegando haver necessidade de confidencialidade sobre o assunto, mas destacou que serão acertados intercâmbios de instrutores, apoio logístico, conversas sobre pesquisa, desenvolvimento, e de cooperação para ações de paz da Organização das Nações Unidas.
Patriota afirmou ainda que a França, assim como o Brasil, apoia a reforma e ampliação do Conselho de Segurança da ONU.
Bolívia.
Como também têm interesses em comum na Bolívia, já que empresa francesa Total também atua no país, Lula e Chirac também deverão tratar das recentes mudanças na legislação boliviana sobre a produção de petróleo.
A França é o quarto maior investidor estrangeiro no Brasil, mas a balança comercial pesa mais para o lado dos produtos franceses, o que fez com que o Brasil registrasse em 2005 um déficit em relação a França. O governo brasileiro pretende diversificar as exportações para a França a fim de tentar reequilibrar esse comércio.
Também estão previstos acordos nas áreas de educação, combate à fome, cooperação no Haiti, intercâmbios do quadro diplomático, acordo para promoção e renovação de pesquisas tecnológicas, meio ambiente, entre outros.
Chirac chega ao Brasil na quarta à noite. Na quinta-feira pela manhã ele visitará o Supremo Tribunal Federal e depois será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma reunião, assinatura de acordos e almoço no Palácio da Alvorada. À tarde ele irá ao Congresso Nacional.
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