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30/05/2006 - 16h42

Mulher e irmã de Edemar depõem na Justiça Federal

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da Folha Online

A Justiça Federal ouve hoje depoimento da mulher do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, Márcia de Maria Costa Cid Ferreira, e da irmã dele, Edna Ferreira de Souza e Silva, processadas por lavagem de dinheiro.

Os depoimentos estão sendo prestados ao juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal, que na semana passada determinou a prisão do ex-dono do Banco Santos sob acusação de ocultar o destino de obras de arte suas que estão fora do país e de tentar obstruir a Justiça.

Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal, o conteúdo dos depoimentos é sigiloso porque os processo estão sob segredo de Justiça.

Segundo o Ministério Público, a irmã e a mulher teriam cedido seu nome para empresas usadas para o desvio de recursos 'provenientes da gestão fraudulenta do Banco Santos'.

Também fazem parte do processo o italiano Renello Parrini, acusado de lavagem de dinheiro por seu trabalho na BrasilConnects, que organizava exposições no Brasil e no exterior.

A BrasilConnects, segundo o Ministério Público, recebeu R$ 45 milhões de Edemar em junho de 2004, época em que o banco já estava em situação delicada. O dinheiro saiu do Banco Santos e teria sido usado para pagar operações clandestinas realizadas pelo banco suíço BSI (Banca Svizzera Italiana).

São acusados no mesmo processo o advogado suíço Hubert Secrétan e o contador Ruy Ramazini. O suíço é acusado de ter criado a estrutura do Bank of Europe, que Edemar tinha em Antígua. Parrini é apontado como o 'laranja' da empresa que controlava esse banco. Ramazini é considerado o criador das empresas fantasmas.

Segunda Justiça, todos terão de prestar depoimento, inclusive Secrétan, que será ouvido na Suíça por meio de carta rogatória.

Em outro caso relacionado ao Banco Santos, o procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira denunciou o ex-presidente do Banco Santos, Ricardo Gribel, pelo crime de evasão de divisas. Convidado por Cid Ferreira para assumir a presidência, após determinação do Banco Central para troca da diretoria, Gribel recebeu depósitos em moeda estrangeira numa conta do Delta Bank, em Miami.

A conta, conforme Gribel confirmou em depoimento à Polícia Federal, não foi declarada à Receita Federal, o que configura o crime de evasão de divisas (não declarar à repartição federal competente depósitos no exterior).

Conforme documentos que constam de outro processo criminal que tramita na 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, a offshore Alsace Lorraine, de Cid Ferreira, fez doze transferências de valores para a conta de Gribel em Miami, entre 2003 e 2004.

A Alsace Lorraine era uma empresa de fachada sediada nas Ilhas Virgens Britânicas no Caribe, que era titular de uma conta corrente no Bank of Europe, que segundo o Ministério Público Federal, seria o correspondente clandestino do Banco Santos, localizado no paraíso fiscal de Antígua, também na América Central.

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