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31/05/2006
-
10h53
da Folha Online
As negociações sobre o aumento do preço do gás natural que a Bolívia irá vender ao Brasil e à Argentina tem de ser concluídas nesta semana, disse o presidente boliviano, Evo Morales.
"Urgentemente, nesta semana, é preciso negociar e concluir a negociação para melhorar o preço para exportação do gás" para o Brasil e a Argentina, anunciou o presidente ontem em discurso durante a inauguração de um dos 20 hospitais na Bolívia que serão financiados pelo governo cubano, segundo reportagem desta quarta-feira do diário boliviano "Opinión".
Morales disse no discurso que deu a instrução sobre a conclusão das negociações na manhã desta segunda-feira (29), em reunião com o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, e sua equipe de técnicos e negociadores, segundo a reportagem.
Soliz disse que não houve, até o momento, avanços significativos nas negociações com a Argentina e que, com o Brasil, o processo está "praticamente congelado", segundo a estatal Agência Boliviana de Informação.
O governo boliviano pretende estipular para o Brasil o preço de US$ 7,50 por milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; um milhão de BTUs equivale a cerca de 28 metros cúbicos), contra os cerca de US$ 3,20 praticados hoje. para a Argentina, o preço do gás natural pode ser elevado a US$ 5,50 por milhão de BTUs.
A situação entre Brasil e Bolívia ficou abalada depois do decreto presidencial boliviano que nacionalizou as reservas de petróleo e gás natural do país, anunciado no dia 1º deste mês. O presidente Morales, acompanhado de tropas militares, invadiu uma instalação da Petrobras para anunciar a nacionalização.
O governo boliviano também adotou medidas como o controle acionário do Estado das duas refinarias da Petrobras no país e o aumento imediato do imposto sobre o gás de 50% para 82%. Caso as empresas não aceitem as medidas, terão de deixar o país em 180 dias (a contar do anúncio do decreto).
No último dia 23, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se reuniu com Morales, que pediu agilidade nas negociações em torno dos termos da nacionalização e do preço do produto exportado ao Brasil.
Para o governo brasileiro, a negociação sobre o gás é assunto atinente à Petrobras, mas a Bolívia prefere uma negociação de caráter mais político, entre Estados.
Com agências internacionais
Especial
Confira a cobertura completa da nacionalização na Bolívia
Novo preço do gás natural tem de ser estipulado nesta semana, diz Morales
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As negociações sobre o aumento do preço do gás natural que a Bolívia irá vender ao Brasil e à Argentina tem de ser concluídas nesta semana, disse o presidente boliviano, Evo Morales.
"Urgentemente, nesta semana, é preciso negociar e concluir a negociação para melhorar o preço para exportação do gás" para o Brasil e a Argentina, anunciou o presidente ontem em discurso durante a inauguração de um dos 20 hospitais na Bolívia que serão financiados pelo governo cubano, segundo reportagem desta quarta-feira do diário boliviano "Opinión".
Morales disse no discurso que deu a instrução sobre a conclusão das negociações na manhã desta segunda-feira (29), em reunião com o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, e sua equipe de técnicos e negociadores, segundo a reportagem.
Soliz disse que não houve, até o momento, avanços significativos nas negociações com a Argentina e que, com o Brasil, o processo está "praticamente congelado", segundo a estatal Agência Boliviana de Informação.
O governo boliviano pretende estipular para o Brasil o preço de US$ 7,50 por milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; um milhão de BTUs equivale a cerca de 28 metros cúbicos), contra os cerca de US$ 3,20 praticados hoje. para a Argentina, o preço do gás natural pode ser elevado a US$ 5,50 por milhão de BTUs.
A situação entre Brasil e Bolívia ficou abalada depois do decreto presidencial boliviano que nacionalizou as reservas de petróleo e gás natural do país, anunciado no dia 1º deste mês. O presidente Morales, acompanhado de tropas militares, invadiu uma instalação da Petrobras para anunciar a nacionalização.
O governo boliviano também adotou medidas como o controle acionário do Estado das duas refinarias da Petrobras no país e o aumento imediato do imposto sobre o gás de 50% para 82%. Caso as empresas não aceitem as medidas, terão de deixar o país em 180 dias (a contar do anúncio do decreto).
No último dia 23, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se reuniu com Morales, que pediu agilidade nas negociações em torno dos termos da nacionalização e do preço do produto exportado ao Brasil.
Para o governo brasileiro, a negociação sobre o gás é assunto atinente à Petrobras, mas a Bolívia prefere uma negociação de caráter mais político, entre Estados.
Com agências internacionais
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