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01/06/2006
-
09h53
MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo
Pelo menos três companhias, a TAM, a Ocean Air e a portuguesa TAP, pagaram ontem a taxa de R$ 60 mil para acessar o "data room" da Varig --sala onde são disponibilizadas informações confidenciais sobre a empresa aos interessados em comprá-la em leilão.
No caso da TAM e da TAP, a avaliação é que a prioridade das empresas é ter acesso aos dados confidenciais da Varig e monitorar de perto o interesse de concorrentes do que efetivamente fazer um lance no leilão. A Webjet informou que até o final da tarde de ontem ainda estava analisando se pagaria ou não a taxa para ter acesso à sala.
Outra empresa que recentemente manifestou interesse em comprar a Varig é a Azulis Capital, em parceria com um grupo suíço. Entretanto a empresa não participou ontem do "data room", que está aberto até domingo.
Existem vários pontos que restringem o interesse de investidores no leilão. Entre eles estão o pouco tempo para examinar as informações da Varig (o "data room" foi aberto ontem, e o leilão ocorre na segunda) e o risco de não reaver US$ 75 milhões que o comprador terá de injetar na aérea mesmo antes de o negócio ser aprovado pelos órgãos reguladores.
A Infraero (estatal que administra os principais aeroportos) descartou ontem ir à Justiça contra o edital de leilão da Varig, que diz que, se a companhia não for vendida pelo preço mínimo estabelecido em assembléia de credores, pode ser negociada pela melhor oferta.
De qualquer forma, a estatal, assim como o restante dos credores, quer convencer o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a mudar esse ponto do edital para evitar que a Varig seja vendida por um preço muito baixo.
Se isso ocorrer, os credores serão prejudicados, já que serão pagos com o valor do leilão. O preço mínimo aprovado foi de US$ 700 milhões (rotas domésticas) ou US$ 860 milhões (rotas domésticas mais as internacionais).
Sem prorrogação
Em entrevista à Folha, Ayoub negou que esse ponto possa ser mudado. "Isso seria contra a lei. Não acredito que alguém vá se aproveitar desse ponto para levar a companhia por um preço mais baixo." Ele negou que o leilão possa ser prorrogado se não houver um aporte de capital. "É uma empresa viável, belíssima, mas que precisa de capital de giro."
Com a derrocada da Varig e a demanda crescente por viagens internacionais, a TAM assumiu em abril, com 36,9% de participação em passageiros embarcados, a liderança no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Desde que o aeroporto foi criado, em 1985, a Varig, que em abril teve 30,8% de participação, era líder.
Especial
Leia a cobertura completa de crise da Varig
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Três companhias aéreas têm interesse pela Varig
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da Folha de S.Paulo
Pelo menos três companhias, a TAM, a Ocean Air e a portuguesa TAP, pagaram ontem a taxa de R$ 60 mil para acessar o "data room" da Varig --sala onde são disponibilizadas informações confidenciais sobre a empresa aos interessados em comprá-la em leilão.
No caso da TAM e da TAP, a avaliação é que a prioridade das empresas é ter acesso aos dados confidenciais da Varig e monitorar de perto o interesse de concorrentes do que efetivamente fazer um lance no leilão. A Webjet informou que até o final da tarde de ontem ainda estava analisando se pagaria ou não a taxa para ter acesso à sala.
Outra empresa que recentemente manifestou interesse em comprar a Varig é a Azulis Capital, em parceria com um grupo suíço. Entretanto a empresa não participou ontem do "data room", que está aberto até domingo.
Existem vários pontos que restringem o interesse de investidores no leilão. Entre eles estão o pouco tempo para examinar as informações da Varig (o "data room" foi aberto ontem, e o leilão ocorre na segunda) e o risco de não reaver US$ 75 milhões que o comprador terá de injetar na aérea mesmo antes de o negócio ser aprovado pelos órgãos reguladores.
A Infraero (estatal que administra os principais aeroportos) descartou ontem ir à Justiça contra o edital de leilão da Varig, que diz que, se a companhia não for vendida pelo preço mínimo estabelecido em assembléia de credores, pode ser negociada pela melhor oferta.
De qualquer forma, a estatal, assim como o restante dos credores, quer convencer o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a mudar esse ponto do edital para evitar que a Varig seja vendida por um preço muito baixo.
Se isso ocorrer, os credores serão prejudicados, já que serão pagos com o valor do leilão. O preço mínimo aprovado foi de US$ 700 milhões (rotas domésticas) ou US$ 860 milhões (rotas domésticas mais as internacionais).
Sem prorrogação
Em entrevista à Folha, Ayoub negou que esse ponto possa ser mudado. "Isso seria contra a lei. Não acredito que alguém vá se aproveitar desse ponto para levar a companhia por um preço mais baixo." Ele negou que o leilão possa ser prorrogado se não houver um aporte de capital. "É uma empresa viável, belíssima, mas que precisa de capital de giro."
Com a derrocada da Varig e a demanda crescente por viagens internacionais, a TAM assumiu em abril, com 36,9% de participação em passageiros embarcados, a liderança no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Desde que o aeroporto foi criado, em 1985, a Varig, que em abril teve 30,8% de participação, era líder.
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