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01/06/2006
-
16h42
da Folha Online
O presidente boliviano, Evo Morales, pediu aos EUA uma ampliação do ATPDEA (sigla em inglês para Lei de Promoção Comercial Andina e Erradicação da Droga), acordo de preferências tarifárias oferecidas aos países andinos e que expira em dezembro deste ano.
"É fundamental a extensão dessas preferências tarifárias para garantir a continuidade do fluxo de exportações a seu país e, assim, preservar as fontes de trabalho" na Bolívia, afirmou Morales em carta enviada ao presidente americano, George W. Bush, e que foi divulgada hoje.
Para o governo americano, "a extensão e ampliação das preferências tarifárias para a Bolívia não tem praticamente nenhum impacto, já que estas não passam de 0,07% das importações totais dos EUA", lembrou Morales no texto.
Ele destacou que os US$ 500 milhões anuais que a Bolívia obtém com a venda de produtos têxteis, ouro e madeira tem parcela importante no PIB boliviano (de US$ 9,3 bilhões), além de interromper o crescimento de emigração dos bolivianos desempregados.
"Para nosso país, [o ATPDEA] representa a possibilidade de que nossas manufaturas tenham acesso a um de seus mais importantes mercados e de que se reduza a emigração de bolivianos por falta de emprego", diz a carta.
Morales diz ainda que está disposto a negociar um acordo comercial com o governo americano "que leve em conta o imenso desnível que existe entre nossas economias, beneficiando acima de tudo os mais pobres".
Morales ainda pediu à Colômbia e ao Equador --também beneficiados pelo APTDEA-- para somar esforços nessa direção. "Estou otimista, porque já nos unimos com o Equador, que na semana passada pediu publicamente a ampliação dessas preferências tarifárias" disse Morales na segunda-feira (29).
Ele disse que os mercados europeu, africano e asiático, além de Cuba e da Venezuela, são alternativas para os produtos bolivianos.
O APTDEA foi negociado em 2000 pelos países andinos produtores de cocaína, em troca da destruição das plantações de folhas de coca. Pelo acordo, ficaram liberados 6.100 produtos bolivianos.
Ameaça
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse no último dia 26, que o presidente americano, George W. Bush, já havia dado "sinal verde" para conspirar contra Morales. No domingo (28), em Tiahuanaco, ele afirmou que Washington "esquenta" as orelhas de alguns militares bolivianos, isto é, tenta convencê-los a se rebelarem.
O próprio presidente boliviano também afirmou que não era "nenhuma mentira" a versão de Chávez sobre a existência de um complô contra ele.
A Embaixada dos Estados Unidos em La Paz informou ontem, no entanto, que não têm fundamento as denúncias de Morales de que haveria um plano do governo americano para matá-lo.
Desde que assumiu a Presidência, em 22 de janeiro, Morales já fez denúncias de uma suposta conspiração encorajada pelos EUA, em união com forças conservadoras da Bolívia, contra as reformas que vem realizando, entre elas a nacionalização dos hidrocarbonetos.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Evo Morales
Leia o que já foi publicado sobre Hugo Chávez
Confira a cobertura completa da nacionalização na Bolívia
Morales pede aos EUA ampliação de preferências tarifárias a países andinos
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O presidente boliviano, Evo Morales, pediu aos EUA uma ampliação do ATPDEA (sigla em inglês para Lei de Promoção Comercial Andina e Erradicação da Droga), acordo de preferências tarifárias oferecidas aos países andinos e que expira em dezembro deste ano.
"É fundamental a extensão dessas preferências tarifárias para garantir a continuidade do fluxo de exportações a seu país e, assim, preservar as fontes de trabalho" na Bolívia, afirmou Morales em carta enviada ao presidente americano, George W. Bush, e que foi divulgada hoje.
Para o governo americano, "a extensão e ampliação das preferências tarifárias para a Bolívia não tem praticamente nenhum impacto, já que estas não passam de 0,07% das importações totais dos EUA", lembrou Morales no texto.
Ele destacou que os US$ 500 milhões anuais que a Bolívia obtém com a venda de produtos têxteis, ouro e madeira tem parcela importante no PIB boliviano (de US$ 9,3 bilhões), além de interromper o crescimento de emigração dos bolivianos desempregados.
"Para nosso país, [o ATPDEA] representa a possibilidade de que nossas manufaturas tenham acesso a um de seus mais importantes mercados e de que se reduza a emigração de bolivianos por falta de emprego", diz a carta.
Morales diz ainda que está disposto a negociar um acordo comercial com o governo americano "que leve em conta o imenso desnível que existe entre nossas economias, beneficiando acima de tudo os mais pobres".
Morales ainda pediu à Colômbia e ao Equador --também beneficiados pelo APTDEA-- para somar esforços nessa direção. "Estou otimista, porque já nos unimos com o Equador, que na semana passada pediu publicamente a ampliação dessas preferências tarifárias" disse Morales na segunda-feira (29).
Ele disse que os mercados europeu, africano e asiático, além de Cuba e da Venezuela, são alternativas para os produtos bolivianos.
O APTDEA foi negociado em 2000 pelos países andinos produtores de cocaína, em troca da destruição das plantações de folhas de coca. Pelo acordo, ficaram liberados 6.100 produtos bolivianos.
Ameaça
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse no último dia 26, que o presidente americano, George W. Bush, já havia dado "sinal verde" para conspirar contra Morales. No domingo (28), em Tiahuanaco, ele afirmou que Washington "esquenta" as orelhas de alguns militares bolivianos, isto é, tenta convencê-los a se rebelarem.
O próprio presidente boliviano também afirmou que não era "nenhuma mentira" a versão de Chávez sobre a existência de um complô contra ele.
A Embaixada dos Estados Unidos em La Paz informou ontem, no entanto, que não têm fundamento as denúncias de Morales de que haveria um plano do governo americano para matá-lo.
Desde que assumiu a Presidência, em 22 de janeiro, Morales já fez denúncias de uma suposta conspiração encorajada pelos EUA, em união com forças conservadoras da Bolívia, contra as reformas que vem realizando, entre elas a nacionalização dos hidrocarbonetos.
Com agências internacionais
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