Publicidade
Publicidade
01/06/2006
-
19h14
KAREN CAMACHO
da Folha Online
A Volkswagen disse nesta quinta-feira que os sindicatos que representam os metalúrgicos de quatro das cinco fábricas no Brasil adiaram, por duas vezes, reuniões que pretendiam discutir o plano de reestruturação da empresa. Segundo a montadora alemã, os metalúrgicos pretendem discutir o assunto no dia 14 de junho. Os sindicalistas alegam que querem uma reunião conjunta das quatro unidades e, por isso, indicaram uma data comum a todos.
"A Volkswagen do Brasil tem feito todos os esforços necessários para manter as negociações com os sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, Taubaté, Curitiba e São Carlos visando a implementação do plano de reestruturação", informou a empresa.
Ontem, os metalúrgicos de três fábricas, Anchieta (ABC), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais, na região de Curitiba (PR), fizeram uma paralisação de 24 horas contra as demissões anunciadas até 2008.
A Volks disse que tentou agendar um encontro para ontem e outro para amanhã. "Os sindicatos, porém, enviaram resposta no dia de hoje afirmando já possuírem compromissos agendados e propondo que a reunião aconteça somente no dia 14 de junho".
A empresa alega que "sempre estará disposta a prosseguir na mesa de negociações com as entidades e representações dos trabalhadores e insistirá na realização da reunião o mais rápido possível".
O gerente corporativo de Relações Trabalhistas da Volkswagen, Nilton Junior, disse que "considerando a relevância dos assuntos, entendemos que as partes envolvidas devem dedicar integral atenção ao processo de negociação. Tendo em vista as sérias conseqüências de não chegarmos a um acordo, vamos reiterar o apelo para que as entidades de representação concordem com a realização da reunião o quanto antes".
Desde que anunciou o plano de reestruturação, a Volks informou que, se não chegar a um acordo com os sindicatos, tem orientação da matriz na Alemanha para fechar uma das cinco fábricas. O plano de reestruturação prevê corte na produção de "milhares" de empregos até 2008. A empresa pretende reduzir em 25% os custos de produção.
Entre os argumentos está a desvalorização do dólar frente ao real, que prejudica as exportações, e perda de espaço no mercado interno.
Os sindicatos afirmam que a empresa quer demitir 5.773 nas três fabricas que produzem veículos leves (Anchieta, taubaté e São José dos Pinhais). A Volkswagen tem 22 mil funcionários e, em 2005, registrou faturamento líquido de R$ 16,1 bilhões.
Sindicatos
O Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC informou que o convite para a reunião de amanhã foi feita nesta quinta. "Como o pedido foi feito de última hora, fica impossível o comparecimento de todos os sindicatos, já que três deles estão fora da região (um até em outro Estado)", informou.
"Até agora, a Volkswagen não quis negociar. A empresa somente apresentou um plano de reestruturação que deseja a rendição total dos trabalhadores", disse o sindicato.
"Por isso, os sindicalistas pediram uma reunião para o dia 14 de junho. Eles necessitam deste tempo para preparar uma contraproposta. Os sindicalistas querem a garantia dos empregos e a manutenção dos direitos adquiridos e, para isto, vão entregar um plano que beneficie trabalhadores e, que, ao mesmo tempo, mantenha a empresa em uma excelente posição no mercado interno e externo."
Eleno Bezerra, da Força Sindical, que representa os metalúrgicos de São José dos Pinhais, disse que a entidade tem um congresso nos dias 6 e 7 de junho e uma agenda de reuniões para discutir a crise na empresa. "Quando anunciou as demissões, a empresa não chamou os sindicatos para conversar. Ela apenas teve essa disposição quando os metalúrgicos anunciaram greve e manifestações", disse.
A CUT também tem um congresso durante toda a semana que vem que reunirá os principais líderes e terá na pauta a crise da montadora.
Os metalúrgicos disseram que não aceitam reuniões separadas entre as unidades e que o dia 14 de junho é a data em que todos poderão estar em São Paulo para uma reunião com a empresa.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Volkswagen
Volks diz que sindicatos adiam negociação
Publicidade
da Folha Online
A Volkswagen disse nesta quinta-feira que os sindicatos que representam os metalúrgicos de quatro das cinco fábricas no Brasil adiaram, por duas vezes, reuniões que pretendiam discutir o plano de reestruturação da empresa. Segundo a montadora alemã, os metalúrgicos pretendem discutir o assunto no dia 14 de junho. Os sindicalistas alegam que querem uma reunião conjunta das quatro unidades e, por isso, indicaram uma data comum a todos.
"A Volkswagen do Brasil tem feito todos os esforços necessários para manter as negociações com os sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, Taubaté, Curitiba e São Carlos visando a implementação do plano de reestruturação", informou a empresa.
Ontem, os metalúrgicos de três fábricas, Anchieta (ABC), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais, na região de Curitiba (PR), fizeram uma paralisação de 24 horas contra as demissões anunciadas até 2008.
A Volks disse que tentou agendar um encontro para ontem e outro para amanhã. "Os sindicatos, porém, enviaram resposta no dia de hoje afirmando já possuírem compromissos agendados e propondo que a reunião aconteça somente no dia 14 de junho".
A empresa alega que "sempre estará disposta a prosseguir na mesa de negociações com as entidades e representações dos trabalhadores e insistirá na realização da reunião o mais rápido possível".
O gerente corporativo de Relações Trabalhistas da Volkswagen, Nilton Junior, disse que "considerando a relevância dos assuntos, entendemos que as partes envolvidas devem dedicar integral atenção ao processo de negociação. Tendo em vista as sérias conseqüências de não chegarmos a um acordo, vamos reiterar o apelo para que as entidades de representação concordem com a realização da reunião o quanto antes".
Desde que anunciou o plano de reestruturação, a Volks informou que, se não chegar a um acordo com os sindicatos, tem orientação da matriz na Alemanha para fechar uma das cinco fábricas. O plano de reestruturação prevê corte na produção de "milhares" de empregos até 2008. A empresa pretende reduzir em 25% os custos de produção.
Entre os argumentos está a desvalorização do dólar frente ao real, que prejudica as exportações, e perda de espaço no mercado interno.
Os sindicatos afirmam que a empresa quer demitir 5.773 nas três fabricas que produzem veículos leves (Anchieta, taubaté e São José dos Pinhais). A Volkswagen tem 22 mil funcionários e, em 2005, registrou faturamento líquido de R$ 16,1 bilhões.
Sindicatos
O Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC informou que o convite para a reunião de amanhã foi feita nesta quinta. "Como o pedido foi feito de última hora, fica impossível o comparecimento de todos os sindicatos, já que três deles estão fora da região (um até em outro Estado)", informou.
"Até agora, a Volkswagen não quis negociar. A empresa somente apresentou um plano de reestruturação que deseja a rendição total dos trabalhadores", disse o sindicato.
"Por isso, os sindicalistas pediram uma reunião para o dia 14 de junho. Eles necessitam deste tempo para preparar uma contraproposta. Os sindicalistas querem a garantia dos empregos e a manutenção dos direitos adquiridos e, para isto, vão entregar um plano que beneficie trabalhadores e, que, ao mesmo tempo, mantenha a empresa em uma excelente posição no mercado interno e externo."
Eleno Bezerra, da Força Sindical, que representa os metalúrgicos de São José dos Pinhais, disse que a entidade tem um congresso nos dias 6 e 7 de junho e uma agenda de reuniões para discutir a crise na empresa. "Quando anunciou as demissões, a empresa não chamou os sindicatos para conversar. Ela apenas teve essa disposição quando os metalúrgicos anunciaram greve e manifestações", disse.
A CUT também tem um congresso durante toda a semana que vem que reunirá os principais líderes e terá na pauta a crise da montadora.
Os metalúrgicos disseram que não aceitam reuniões separadas entre as unidades e que o dia 14 de junho é a data em que todos poderão estar em São Paulo para uma reunião com a empresa.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice