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05/06/2006 - 09h42

Fundos de maior risco perderam mais

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SANDRA BALBI
da Folha de S.Paulo

Mais de 20 dias após o início da turbulência no mercado financeiro global, o saldo para os investidores dos fundos de varejo é de perdas localizadas nos de maior risco. O balanço de maio mostra que quem mais sofreu foram os investidores dos fundos de ações, que tiveram rentabilidade negativa de 7,78%, e os de PIBB, o fundo de ações do BNDES, com queda de 6,39%, segundo o site Fortuna.

Ambos, porém, caíram menos que o Ibovespa que teve desvalorização de 9,5% no mês. "Quem está em ações perdeu bastante e tem de compatibilizar suas expectativas de retorno com o quadro de volatilidade. Quem espera ganhar muito no curto prazo não vai conseguir", diz Marcelo D'Agosto, sócio-diretor do Fortuna.

Apesar das perdas de maio, quem aplicou em fundos de ações há 12 meses acumula ganho de 46,4%. No PIBB o ganho foi de 64,6% nesse período.

Fábio Colombo, administrador de investimentos, calcula que o valor justo para o Ibovespa é de 31.710 pontos, com base nos valores históricos do índice (1968 a 2006). "Ao nível atual, o Ibovespa pode sofrer correção no curto e médio prazo", diz. Na sexta, o índice fechou em 37.942. Pela análise de Colombo, a Bolsa pode voltar a cair.

Se o momento é de cautela ante à grande oscilação de preços dos ativos financeiros, é também de oportunidade de ganhos, dizem os analistas.

"Bons gestores de recursos conseguem tirar proveito da maior volatilidade e encontrar boas oportunidades de ganhos para os clientes", observa Marcelo Assalin, diretor da Sul América Investimentos.

Para quem tem dinheiro novo para aplicar, e não teme a gangorra atual do mercado, pode ser oportuno colocar parte desses recursos justamente nos fundos de ações e multimercados --os que mais sofreram durante a turbulência. Os multimercados destinados ao varejo, entretanto, encerraram o mês com queda de apenas 0,51%.

D'Agosto recomenda que antes de fazer qualquer movimento o investidor busque entender o que está acontecendo com o mercado, para não ser surpreendido. "A tendência, no momento, é o investidor buscar a segurança dos fundos DI, que sofrem menos oscilação."

No entanto, ele diz que pode haver oportunidades de ganhos no Tesouro Direto, por exemplo. As NTN-Bs, títulos prefixados indexados à inflação, que perderam preço nas últimas semanas, podem ser boa opção, segundo ele. "Prefira os títulos mais curtos, com vencimento em 2007 ou 2008, que têm menos volatilidade que os de prazos longos", diz D'Agosto.

O segredo, costumam repetir os analistas, é diversificar as aplicações. Mas é preciso ter claro que essa é uma estratégia para reduzir riscos. "O investidor tem dificuldade de entender que quando diversifica pode ganhar em um mercado e perder em outro", observa o consultor Mauro Halfeld.

O grande problema do pequeno investidor, segundo ele, é controlar a ganância e a inveja quando a Bolsa está subindo. "Pensando em ganhar dinheiro rapidamente, esse tipo de investidor entra na alta do mercado. Aí vem uma onda de volatilidade e ele vende na baixa, movido então pela impaciência e o pânico", comenta Halfeld.

Alguns investidores tomam dinheiro emprestado para aplicar na Bolsa, por exemplo, e apostam em um único papel, segundo Halfeld. "Nesse caso, se a pessoa não tem uma reserva para emergências, deve fazer um rearranjo e buscar uma aplicação mais segura", diz.

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