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05/06/2006
-
17h54
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
Dez anos após a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o setor conseguiu ampliar sua participação na matriz de transportes de cargas de aproximadamente 16% em 1996 para 25% em 2005.
O resultado foi comemorado hoje pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio de Oliveira Passos e pelo diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), José Alexandre Resende. Em 2002, antes do atual governo, essa participação estava em 23%.
O ministro admitiu que a malha ferroviária brasileira, com 29.314 quilômetros, de extensão ainda é "insuficiente e incompatível com o tamanho da economia", mas destacou que os investimentos cresceram significativamente nos últimos três anos, o índice de acidentes caiu, o valor do frete foi reduzido e a frota cresceu. Isso porque, na avaliação de Resende, o risco regulatório também foi reduzido ao longo desse período.
Segundo o balanço divulgado hoje os investimentos privados do setor em 2005 totalizaram R$ 3,337 bilhões, bem acima do realizado no ano anterior, quando foram investidos R$ 1,889 bilhão. Comparado ao período em que o transporte ferroviário era uma responsabilidade estatal, por meio da RFFSA, os investimentos são ainda mais representativos. Em 1996, o investimento da estatal foi de apenas R$ 44,1 milhões.
Segundo o diretor da ANTT, o transporte rodoviário, que era responsável por aproximadamente 66% da carga que circulava no país em 1996 reduziu sua participação para cerca de 58% no período.
Ele destacou que a produção do transporte ferroviário saltou de 170,1 bilhões de toneladas úteis por quilômetro (tku) em 2002 para 221,6 bilhões de tku em 2005, colocando o transporte ferroviário entre os setores da economia que mais cresceram no período. Em 2003 o crescimento foi de 7,3%, em 2004 de 12,8% e em 2005 de 7,5%. Antes da privatização a RFFSA produzia 128 bilhões de tku.
A aquisição de vagões e locomotivas também deu ao setor uma maior disponibilidade do transporte ferroviário. Somente no último ano o número de locomotivas cresceu 12,7%, atingindo uma frota de 2.394 locomovias. A frota de vagões cresceu 21,1% entre 2004 e 2005, atingindo 90.119 vagões. Em 2002, a frota era de 1.895 locomotivas e 67.795 vagões. O setor já possui encomendas de 4 mil vagões para este ano e 6.700 para 2007.
O emprego no setor também voltou a crescer, segundo o balanço do governo. Depois de uma forte redução pouco antes da privatização da Rede Ferroviária Federal de 45 mil funcionários para 25 mil no ano de 1995, o emprego no setor voltou a se recuperar. Em 2002 o pessoal empregado e terceirizado pelas concessionárias era de 19.356. No ano passado, esse quantitativo saltou para 28.117.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ferrovias
Ferrovias ampliam participação no transporte brasileiro
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da Folha Online, em Brasília
Dez anos após a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o setor conseguiu ampliar sua participação na matriz de transportes de cargas de aproximadamente 16% em 1996 para 25% em 2005.
O resultado foi comemorado hoje pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio de Oliveira Passos e pelo diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), José Alexandre Resende. Em 2002, antes do atual governo, essa participação estava em 23%.
O ministro admitiu que a malha ferroviária brasileira, com 29.314 quilômetros, de extensão ainda é "insuficiente e incompatível com o tamanho da economia", mas destacou que os investimentos cresceram significativamente nos últimos três anos, o índice de acidentes caiu, o valor do frete foi reduzido e a frota cresceu. Isso porque, na avaliação de Resende, o risco regulatório também foi reduzido ao longo desse período.
Segundo o balanço divulgado hoje os investimentos privados do setor em 2005 totalizaram R$ 3,337 bilhões, bem acima do realizado no ano anterior, quando foram investidos R$ 1,889 bilhão. Comparado ao período em que o transporte ferroviário era uma responsabilidade estatal, por meio da RFFSA, os investimentos são ainda mais representativos. Em 1996, o investimento da estatal foi de apenas R$ 44,1 milhões.
Segundo o diretor da ANTT, o transporte rodoviário, que era responsável por aproximadamente 66% da carga que circulava no país em 1996 reduziu sua participação para cerca de 58% no período.
Ele destacou que a produção do transporte ferroviário saltou de 170,1 bilhões de toneladas úteis por quilômetro (tku) em 2002 para 221,6 bilhões de tku em 2005, colocando o transporte ferroviário entre os setores da economia que mais cresceram no período. Em 2003 o crescimento foi de 7,3%, em 2004 de 12,8% e em 2005 de 7,5%. Antes da privatização a RFFSA produzia 128 bilhões de tku.
A aquisição de vagões e locomotivas também deu ao setor uma maior disponibilidade do transporte ferroviário. Somente no último ano o número de locomotivas cresceu 12,7%, atingindo uma frota de 2.394 locomovias. A frota de vagões cresceu 21,1% entre 2004 e 2005, atingindo 90.119 vagões. Em 2002, a frota era de 1.895 locomotivas e 67.795 vagões. O setor já possui encomendas de 4 mil vagões para este ano e 6.700 para 2007.
O emprego no setor também voltou a crescer, segundo o balanço do governo. Depois de uma forte redução pouco antes da privatização da Rede Ferroviária Federal de 45 mil funcionários para 25 mil no ano de 1995, o emprego no setor voltou a se recuperar. Em 2002 o pessoal empregado e terceirizado pelas concessionárias era de 19.356. No ano passado, esse quantitativo saltou para 28.117.
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