06/06/2006 - 10h52

Produção, venda e exportação de veículos crescem em maio, diz Anfavea

KAREN CAMACHO
da Folha Online

A produção de veículos registrou alta de 20,1% em maio, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foram fabricados 245,2 mil veículos no mês passado, contra 204,1 mil em abril.

Já as exportações registraram aumento de 16,7% e atingiram US$ 1,058 bilhão. Em abril o setor havia registrado queda de 9,4% nas vendas externas na comparação com março.

No acumulado do ano, as vendas para outros países alcançaram US$ 4,6 bilhões. Neste ano, a Anfavea acredita que as exportações vão crescer apenas 2,7% e alcançar US$ 11,5 bilhões.

Já as vendas de veículos somaram 164,1 mil unidades, o que significa uma alta de 25,1% em relação a abril. Na comparação com maio do ano passado, houve alta de 14,8%

Para 2006, a Anfavea espera um crescimento de 7,1% nas vendas para o mercado interno, que devem atingir 1,84 milhão de veículos. Para a produção, a projeção é de expansão de 4,5%, com 2,64 milhão de unidades.

Emprego

Os postos de trabalho nas montadoras tiveram no mês passado uma pequena alta de 0,5% e passaram de 107,3 mil em abril para 107,88 mil em maio.

Em maio, duas das maiores montadores instaladas no país anunciaram planos de reestruturação que incluem corte de funcionários e de produção. Nos dois casos, a queda nas exportações provocada pela pressão do câmbio é o argumento usado pelas empresas.

A Volkswagen pretende cortar cerca de 5.700 trabalhadores até 2008 nas três fábricas de veículos leves e espera uma redução de 40% nas exportações. Os metalúrgicos realizaram na semana uma greve de 24 horas em protesto ao plano e uma reunião da empresa com representantes dos funcionários está pré-agendada para o dia 14.

A General Motors anunciou corte de 960 postos da unidade de São José dos Campos (SP) ainda neste mês e a transferência de linhas de produção para Gravataí (RS), onde pretende contratar outros 970 trabalhadores. Outros 300 funcionários devem ser contratados na unidade de São Caetano (SP). Os funcionários não aceitam a transferência e dizem que o piso salarial no Sul equivale a um terço do praticado em São José.

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