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06/06/2006 - 17h54

Europeus lançam plano para AL e defendem adiamento de TV digital

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

Com poucas chances de escolha pelo Brasil do padrão europeu de TV digital, os representantes da Coalizão DVB (grupo de indústrias européias) aproveitaram as declarações do ministro da Cultura Gilberto Gil para defender hoje o adiamento da decisão sobre a TV digital no Brasil. Gil havia sugerido ontem no Rio de Janeiro o adiamento para evitar "pressões" do processo eleitoral.

Segundo o secretário da União Européia de Relações com a América Latina, Paulo Lopes, a escolha do sistema de TV digital que será adotado no Brasil é uma decisão muito importante para ser tomada apenas observando-se os aspectos políticos.

"Se existe uma pressão de alguns interessados para que a decisão seja tomada em um ano eleitoral, o ideal seria adiar para depois das eleições", disse o diretor da Philips, Walter Duran.

Ainda dispostos a convencer o governo brasileiro das vantagens do sistema europeu, principalmente sobre a flexibilidade no modelo de negócios, os representantes da Coalizão DVB lançaram hoje em Brasília uma proposta de atuação conjunta entre os países da Europa, América Latina e Caribe, chamado DVB-LAC, para integrar ao sistema europeu as tecnologias desenvolvidas nas demais regiões.

De acordo com Duran, a proposta, que será detalhada a partir do próximo dia 20, quando será feito um workshop sobre o assunto em São Paulo, prevê investimentos de 9 bilhões de euros pela União Européia até 2013, destinados ao desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicações. As empresas integrantes do Fórum DVB também estariam dispostas a investir R$ 100 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, caso a escolha seja pelo padrão europeu.

Japoneses

Apesar da iniciativa dos europeus na tentativa de envolver o Brasil na pesquisa sobre a TV digital, o governo brasileiro já teria inclusive convidado autoridades japonesas para virem ao Brasil nesta semana para o anúncio da escolha do padrão escolhido pelo país.

Questionado sobre o que a Coalizão fará se a escolha do sistema japonês (ISDB) for confirmada antes do workshop previsto para o fim do mês, Duran destacou que as empresas voltarão seus esforços para América Latina e Caribe.

Paulo Lopes afirmou que a União Européia respeitará a decisão brasileira, que é soberana, mas os europeus ainda apostam que a demora do governo em anunciar sua escolha seria um sinal de que a decisão não está fechada.

O diretor da Siemens, Mario Baumgarten, no entanto, foi menos diplomático ao comentar a negociação com o governo brasileiro. 'Estamos abertos a discussões, mas as discussões não existiram', disse. Segundo ele, o que está em jogo no caso das empresas da Coalizão é a manutenção de investimentos no Brasil.

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