Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/06/2006 - 09h16

Varig deve tirar hoje do ar sete Boeings

Publicidade

da Folha de S.Paulo

O dia da estréia do Brasil na Copa do Mundo pode ser de caos para os passageiros da Varig, principalmente nos vôos internacionais. Por determinação da Justiça americana, a companhia aérea tem que retirar de operação, a partir das 12h de hoje, sete aviões que terão de ser devolvidos à Boeing por falta de pagamento.

A Varig diz que, a princípio, pretende cumprir a ordem judicial, mas que, caso a decisão da Corte de Falências de Nova York hoje seja a de prorrogar a proteção aos aviões da empresa, poderá recorrer da decisão da Justiça dos Estados Unidos a favor da Boeing.

No final da tarde de ontem, a empresa aérea informou que ainda decidiria como os passageiros dos vôos atendidos por esses aviões, todos em operação, seriam remanejados caso sejam retirados de operação.

A Boeing conseguiu na Justiça americana o direito de retomar esses aviões. O prazo para que deixem de ser operados, estipulado pela juíza Karla Moskowitz, da Suprema Corte de Nova York, é hoje.

Dos oito Boeings-777 que a Varig possui, apenas três estavam em operação até ontem. Desses, dois terão que ser devolvidos à Boeing e devem parar de operar hoje. O terceiro pertence à ILFC, empresa de leasing que está entre as que requerem hoje, na Corte de Falências de Nova York, a retomada de suas aeronaves.

Esses aviões são usados para fazer as rotas de Miami, Nova York e Frankfurt, na Alemanha. O restante da frota de 777 está parado em diferentes aeroportos, nacionais e em outros países, por falta de manutenção. A aérea terá de devolver à Boeing também cinco aviões MD-11, também usados em rotas para os EUA e para a Europa. Segundo informou a Varig, esses aviões chegam ao Brasil pela manhã e partem à noite.

Madri e México

Na Justiça americana, a empresa de leasing Nissho Iwai pedirá a retomada de dois Boeings-767, usados pela Varig na rota de Madri, na Espanha. Já a ILFC pedirá de volta quatro Boeings-757 usados em linhas na América do Sul e no México. A Central Air pedirá de volta os outros cinco MD-11 operados hoje pela Varig.

Ou seja, boa parte dos vôos internacionais da Varig estará em jogo hoje na Corte de Falências. Os vôos internacionais representam hoje quase a metade da receita da empresa.

A Varig não pagou as últimas três faturas devidas à VEM, sua ex-subsidiária de manutenção, acumulando uma conta de R$ 100 milhões. Sem dinheiro para a manutenção mais pesada, a companhia vem parando os aviões sem condições de vôo, o que influenciou nos cancelamentos dos últimos dias.

"A taxa de ocupação da Varig nos vôos internacionais caiu dez pontos percentuais entre abril e maio, em época de Copa do Mundo, o que mostra que a desconfiança do consumidor está aumentando", diz Paulo Sampaio, consultor do setor.

Gol

As empresas de leasing já estão realizando acordos prévios para direcionar os aviões da Varig para outras companhias. Um caso é o da Gol, que já teria pré-acordado com a ILFC assumir dois Boeings-737-300 e dois 737-700 requeridos pela empresa. No caso da Gol, há mais facilidade para assumir os aviões deixados pela Varig porque as frotas das duas companhias são formadas por Boeings, o que barateia custos. Há a possibilidade de a TAM se interessar pelos 777 da Varig.

Leia mais
  • Justiça impõe condições para aceitar proposta do TGV pela Varig
  • Sobe para 20 o número de vôos cancelados pela Varig hoje

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a crise da Varig
  • Leia a cobertura completa da crise da Varig
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página