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16/06/2006 - 09h07

Brasil sofre junto com emergentes devido a turbulências no mercado

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FABRICIO VIEIRA
da Folha de S.Paulo

O mercado financeiro conseguiu respirar e ter um dia positivo ontem. Mas, até quarta-feira, as turbulências que têm sacudido o mercado global há mais de um mês haviam punido consideravelmente os emergentes. E com o Brasil não tem sido diferente.

A dúvida é se o mercado vai entrar em um momento de melhora ou se a recuperação de ontem foi apenas um soluço. Os ativos (como ações e títulos da dívida) de Turquia e Colômbia são os que mais têm perdido valor nessas últimas semanas de volatilidade.

Considerando os dados do fechamento do mercado no dia 9 de maio e os de anteontem, o risco-país brasileiro registrou elevação de 21%. O Embi+ --média da oscilação do indicador de 18 países-- subiu 25,67% no período.

Já o risco-país turco saltou 45,45%, e o colombiano, 41,67%, no período analisado.

O mercado entrou na atual má fase no dia 10 de maio, após a reunião periódica do Fed (o banco central dos EUA). Naquele dia, o Fed elevou os juros norte-americanos de 4,75% para 5% anuais e divulgou nota em que deu sinais de que o processo de alta das taxas no país ainda não havia chegado a seu fim.

Um indicador calculado pelo banco Morgan Stanley Capital, a partir da oscilação de ativos dos mercado de capitais de diferentes países, mostra um resultado parecido com o registrado pelo risco-país.

Esse índice, levando em consideração o mesmo período, mostrou queda de 29,10% para o Brasil --acima da média dos emergentes, que marcou queda de 23,2%.
Mais uma vez, quem mais sofreu foram os mercados da Turquia e da Colômbia, com baixas de 40,18% e 38,46%, respectivamente. A Índia também aparece pior que o Brasil, com perda de 32,80% no período.

Entre os latino-americanos, o Chile é o que tem caído menos, com perdas acumuladas de 16,42%.

Ontem, a Bolsa da Colômbia disparou 15,82% e recuperou uma parcela das acentuadas quedas recentes.

Apesar dos bons fundamentos econômicos do Brasil, analistas afirmam que, como os ativos do país são facilmente negociados no mercado internacional, acabam sendo vendidos rapidamente em momentos mais turbulentos.

Os investidores temem que o Fed tenha errado a mão até o momento na condução da política monetária americana. Isso significa que teme-se que a escalada dos juros nos EUA, para controlar a possibilidade de a inflação americana subir além do desejado, prossiga por algum tempo.

E, se os juros continuarem a ser elevados, há o temor de que a economia americana acabe se desaquecendo acima do considerado ideal.

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