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16/06/2006
-
09h58
JANAINA LAGE
da Folha de S.Paulo, no Rio
A contagem regressiva para o fechamento de uma proposta única entre a NV Participações, empresa do TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), e o ex-presidente da Varig Log, José Carlos Rocha Lima, sócio da Syn Logística, esbarrou na falta de garantias financeiras.
Ao longo do dia, ocorreram diversas reuniões entre investidores e trabalhadores. O presidente da Varig, Marcelo Bottini, esperava que o acordo fosse concluído ainda ontem, mas até a conclusão desta edição não havia consenso sobre a forma de pagamento. O edital prevê o depósito em juízo de US$ 75 milhões até 72 horas após a homologação em definitivo da proposta vencedora.
Marcelo Gomes, diretor da consultoria Alvarez & Marsal e reestruturador da Varig, chegou a afirmar que esperava o fechamento do acordo em "algumas horas". Ele disse que a empresa precisa desse desembolso para continuar honrando suas dívidas correntes e para pagar empresas de leasing.
Mas a assessoria do TGV informou que nada foi concluído. Os funcionários representados pelo TGV já discutiram a participação que poderão ter no capital da empresa e até o número de tripulantes para cada aeronave, mas ainda não conseguiram as garantias necessárias para honrar a proposta.
Os trabalhadores venceram o leilão de venda da Varig Operações, que reúne linhas domésticas e internacionais, com uma oferta de R$ 1,010 bilhão (US$ 449 milhões), mas só terão a proposta homologada em definitivo se cumprirem os requisitos solicitados pela Justiça.
A fórmula de pagamento oferecida pelo TGV incluía créditos trabalhistas, R$ 285 milhões em moeda e R$ 500 milhões em debêntures da nova empresa. A Justiça solicitou esclarecimentos sobre a origem dos recursos e a substituição do pagamento em debêntures por outra modalidade.
O TGV procurou diversos parceiros financeiros para dividir o controle da empresa, como a LanChile e a própria TAP. Desde segunda, discute com a Syn Logística e com a Fontidec Brasil Investimentos, grupo que tem investidores portugueses, brasileiros e americanos. Inicialmente, Lima, da Syn Logística, disse contar com recursos do fundo de investimento Carlyle, que administra mais de US$ 39 bilhões, mas não conseguiu provar que o grupo está disposto a financiar o negócio.
Mesmo valor
Segundo Gomes, o valor da proposta será mantido, mas os interessados trabalham em conjunto para substituir o pagamento em debêntures. Ele destacou ainda o interesse da TAP na compra da Varig. O presidente da companhia portuguesa, Fernando Pinto, já deixou claro que só se interessa pela empresa se houver outro leilão. Ele não quer se juntar ao TGV e mantém conversas com a AirCanada e com o fundo de investimento Brookfield para a formação de um consórcio.
Pelo menos até o próximo sábado, a Varig tem combustível garantido para voar. Uma intervenção de Pinto na BR Distribuidora teria sido um dos motivos que levaram a estatal a dar mais prazo para a Varig.
Especial
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Falta de garantias emperra venda da Varig
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A contagem regressiva para o fechamento de uma proposta única entre a NV Participações, empresa do TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), e o ex-presidente da Varig Log, José Carlos Rocha Lima, sócio da Syn Logística, esbarrou na falta de garantias financeiras.
Ao longo do dia, ocorreram diversas reuniões entre investidores e trabalhadores. O presidente da Varig, Marcelo Bottini, esperava que o acordo fosse concluído ainda ontem, mas até a conclusão desta edição não havia consenso sobre a forma de pagamento. O edital prevê o depósito em juízo de US$ 75 milhões até 72 horas após a homologação em definitivo da proposta vencedora.
Marcelo Gomes, diretor da consultoria Alvarez & Marsal e reestruturador da Varig, chegou a afirmar que esperava o fechamento do acordo em "algumas horas". Ele disse que a empresa precisa desse desembolso para continuar honrando suas dívidas correntes e para pagar empresas de leasing.
Mas a assessoria do TGV informou que nada foi concluído. Os funcionários representados pelo TGV já discutiram a participação que poderão ter no capital da empresa e até o número de tripulantes para cada aeronave, mas ainda não conseguiram as garantias necessárias para honrar a proposta.
Os trabalhadores venceram o leilão de venda da Varig Operações, que reúne linhas domésticas e internacionais, com uma oferta de R$ 1,010 bilhão (US$ 449 milhões), mas só terão a proposta homologada em definitivo se cumprirem os requisitos solicitados pela Justiça.
A fórmula de pagamento oferecida pelo TGV incluía créditos trabalhistas, R$ 285 milhões em moeda e R$ 500 milhões em debêntures da nova empresa. A Justiça solicitou esclarecimentos sobre a origem dos recursos e a substituição do pagamento em debêntures por outra modalidade.
O TGV procurou diversos parceiros financeiros para dividir o controle da empresa, como a LanChile e a própria TAP. Desde segunda, discute com a Syn Logística e com a Fontidec Brasil Investimentos, grupo que tem investidores portugueses, brasileiros e americanos. Inicialmente, Lima, da Syn Logística, disse contar com recursos do fundo de investimento Carlyle, que administra mais de US$ 39 bilhões, mas não conseguiu provar que o grupo está disposto a financiar o negócio.
Mesmo valor
Segundo Gomes, o valor da proposta será mantido, mas os interessados trabalham em conjunto para substituir o pagamento em debêntures. Ele destacou ainda o interesse da TAP na compra da Varig. O presidente da companhia portuguesa, Fernando Pinto, já deixou claro que só se interessa pela empresa se houver outro leilão. Ele não quer se juntar ao TGV e mantém conversas com a AirCanada e com o fundo de investimento Brookfield para a formação de um consórcio.
Pelo menos até o próximo sábado, a Varig tem combustível garantido para voar. Uma intervenção de Pinto na BR Distribuidora teria sido um dos motivos que levaram a estatal a dar mais prazo para a Varig.
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