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28/06/2006
-
15h02
da Folha Online
A agência de classificação de risco Fitch decidiu elevar o "rating" (nota de risco) do Brasil, o que, em tese, significa que governos e empresas nacionais poderão ter acesso a crédito mais barato no exterior.
O "rating" de longo prazo para a dívida brasileira em moeda estrangeira subiu de "BB-" para "BB", mas continua dois degraus abaixo do chamado "investment grade", concedido apenas a países ou empresas considerados investimentos seguros.
O "rating" indica o grau de confiança que o mercado tem na capacidade de cada país pagar sua dívida. Quanto melhor o "rating", mais seguro é investir em títulos desse país.
Com a nota "BB", a partir de hoje o Brasil ultrapassa Turquia, Venezuela e Vietnã, entre outros, e passa a ter uma nota semelhante à de países como Colômbia, Costa Rica e Filipinas.
A Fitch informou que a elevação do "rating" brasileiro reflete a redução do endividamento externo brasileiro e os sinais de que o país está preparado para enfrentar turbulências no mercado.
A agência prevê que a dívida externa, que estava em US$ 161 bilhões ao final de maio, vai cair abaixo de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) até o final deste ano, o menor patamar em mais de uma década. No auge da crise de 2002, cerca de 40% da dívida brasileira estava atrelada ao dólar.
O Tesouro Nacional aprofundou nos últimos meses a estratégia de trocar dívida externa por interna com os pagamentos dos débitos com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e com o Clube de Paris e também com o resgate dos "bradies" (títulos da dívida externa renegociada).
A Fitch também destacou que o progresso na redução da inflação, que pode ficar abaixo da meta de 4,5% neste ano, tem permitido ao Banco Central reduzir os juros mesmo com a turbulência internacional.
"O Banco Central foi capaz de continuar o ciclo de flexibilização [dos juros] embora outros bancos centrais de mercados emergentes tenham endurecido a política monetária para conter o enfraquecimento das moedas e pressões inflacionárias", afirmou Roger Scher, chefe de Rating Soberano da Fitch para a América Latina.
O mercado financeiro global tem enfrentado volatilidade desde o início de maio, quando o BC dos EUA sinalizou que deve aumentar os juros mais que o esperado. Esse movimento favorece a migração de recursos de países emergentes como o Brasil para a segurança dos títulos americanos.
Para Afonso Sant'anna Bevilaqua, diretor de Política Econômica do Banco Central, a melhora do "rating" é conseqüência do aumento da capacidade do país resistir a choques externos.
Apesar de bastante otimista, a Fitch informou que novas melhorias no "rating" brasileiro estão condicionadas a uma taxa de crescimento maior --o país cresceu apenas 2,3% no ano passado-- e menores juros.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre rating
Agência melhora classificação de risco da dívida brasileira
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A agência de classificação de risco Fitch decidiu elevar o "rating" (nota de risco) do Brasil, o que, em tese, significa que governos e empresas nacionais poderão ter acesso a crédito mais barato no exterior.
O "rating" de longo prazo para a dívida brasileira em moeda estrangeira subiu de "BB-" para "BB", mas continua dois degraus abaixo do chamado "investment grade", concedido apenas a países ou empresas considerados investimentos seguros.
O "rating" indica o grau de confiança que o mercado tem na capacidade de cada país pagar sua dívida. Quanto melhor o "rating", mais seguro é investir em títulos desse país.
Com a nota "BB", a partir de hoje o Brasil ultrapassa Turquia, Venezuela e Vietnã, entre outros, e passa a ter uma nota semelhante à de países como Colômbia, Costa Rica e Filipinas.
A Fitch informou que a elevação do "rating" brasileiro reflete a redução do endividamento externo brasileiro e os sinais de que o país está preparado para enfrentar turbulências no mercado.
A agência prevê que a dívida externa, que estava em US$ 161 bilhões ao final de maio, vai cair abaixo de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) até o final deste ano, o menor patamar em mais de uma década. No auge da crise de 2002, cerca de 40% da dívida brasileira estava atrelada ao dólar.
O Tesouro Nacional aprofundou nos últimos meses a estratégia de trocar dívida externa por interna com os pagamentos dos débitos com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e com o Clube de Paris e também com o resgate dos "bradies" (títulos da dívida externa renegociada).
A Fitch também destacou que o progresso na redução da inflação, que pode ficar abaixo da meta de 4,5% neste ano, tem permitido ao Banco Central reduzir os juros mesmo com a turbulência internacional.
"O Banco Central foi capaz de continuar o ciclo de flexibilização [dos juros] embora outros bancos centrais de mercados emergentes tenham endurecido a política monetária para conter o enfraquecimento das moedas e pressões inflacionárias", afirmou Roger Scher, chefe de Rating Soberano da Fitch para a América Latina.
O mercado financeiro global tem enfrentado volatilidade desde o início de maio, quando o BC dos EUA sinalizou que deve aumentar os juros mais que o esperado. Esse movimento favorece a migração de recursos de países emergentes como o Brasil para a segurança dos títulos americanos.
Para Afonso Sant'anna Bevilaqua, diretor de Política Econômica do Banco Central, a melhora do "rating" é conseqüência do aumento da capacidade do país resistir a choques externos.
Apesar de bastante otimista, a Fitch informou que novas melhorias no "rating" brasileiro estão condicionadas a uma taxa de crescimento maior --o país cresceu apenas 2,3% no ano passado-- e menores juros.
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