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05/07/2006
-
19h01
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu cancelar a assembléia de credores da Varig que estava marcada para a próxima segunda-feira e também o leilão que deveria acontecer dois dias depois (dia 12).
A decisão ocorreu após o detalhamento de novas mudanças na proposta apresentada pela VarigLog para a compra da Varig. O Ministério Público e a administradora judicial da Varig, a Deloitte, terão mais 24 horas para analisar novos dados da oferta antes de darem um parecer à Justiça.
A nova proposta da VargiLog prevê o pagamento de R$ 277 milhões pela compra da Varig de diversas formas. Até US$ 20 milhões seriam injetados na empresa aérea antes mesmo da realização do leilão. Parte desse dinheiro já ingressou na companhia aérea por meio de depósitos diários.
Além disso, a "velha Varig", que é a parte da empresa aérea que não será vendida, permaneceria com duas aeronaves, imóveis e o centro de treinamento de tripulantes, de acordo com a proposta.
Pela proposta, as classes 1 (trabalhadores) e 2 (Aerus e empresas de leasing) dos credores serão beneficiadas com a emissão de debêntures para o pagamento dos valores restantes. Para cada uma dessas classes, as debêntures renderiam R$ 4,2 milhões ao ano mesmo que a empresa continuasse a dar prejuízo.
O Aerus, que está na classe 2, por exemplo, receberá debêntures no valor de R$ 50 milhões e prazo de vencimento de dez anos. As debêntures serão conversíveis em ações e corresponderão a até 5% do capital da Varig.
Além disso, a VarigLog informou que tem a intenção de comprar a participação de 5% do Aerus na própria VarigLog por R$ 24 milhões.
A proposta da VarigLog também inclui a injeção de US$ 75 milhões na Varig na data da homologação do leilão pela Justiça, mais US$ 75 milhões 30 dias depois, mais recursos financeiros adicionais no valor de até US$ 215 milhões com base em cronograma de investimento definido em plano de negócios.
Os valores serão prioritariamente para capital de giro, reservas de caixa, recuperação de aeronaves, renegociação de valores devidos às empresas de leasing, aquisição e arrendamento de mais aviões, negociação de fornecimento de combustíveis e utilização de infra-estrutura aeroportuária.
Segundo o promotor Gustavo Lunz, que acompanha o processo, houve melhora na oferta feita pela ex-subsidiária de transportes devido a negociações com credores. "Ninguém aumenta a oferta se não há uma demanda da outra parte", afirmou.
Mesmo que a Justiça remarque o leilão, a proposta da VarigLog ainda precisará ser aprovada pelos credores em assembléia para que a empresa seja arrematada.
A VarigLog condiciona a apresentação de sua proposta no dia do leilão a algumas regras a serem previstas no edital de venda.
A empresa quer que o preço mínimo de venda seja de R$ 277 milhões, haja o depósito de garantia de US$ 22 milhões e seja apresentada uma carta de fiança bancária de US$ 75 milhões pelos interessados em dar lances pela Varig.
Segundo o promotor, a VarigLog também já se comprometeu em honrar as milhas do programa Smiles e os bilhetes já emitidos pela Varig.
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da Folha Online, no Rio
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu cancelar a assembléia de credores da Varig que estava marcada para a próxima segunda-feira e também o leilão que deveria acontecer dois dias depois (dia 12).
A decisão ocorreu após o detalhamento de novas mudanças na proposta apresentada pela VarigLog para a compra da Varig. O Ministério Público e a administradora judicial da Varig, a Deloitte, terão mais 24 horas para analisar novos dados da oferta antes de darem um parecer à Justiça.
A nova proposta da VargiLog prevê o pagamento de R$ 277 milhões pela compra da Varig de diversas formas. Até US$ 20 milhões seriam injetados na empresa aérea antes mesmo da realização do leilão. Parte desse dinheiro já ingressou na companhia aérea por meio de depósitos diários.
Além disso, a "velha Varig", que é a parte da empresa aérea que não será vendida, permaneceria com duas aeronaves, imóveis e o centro de treinamento de tripulantes, de acordo com a proposta.
Pela proposta, as classes 1 (trabalhadores) e 2 (Aerus e empresas de leasing) dos credores serão beneficiadas com a emissão de debêntures para o pagamento dos valores restantes. Para cada uma dessas classes, as debêntures renderiam R$ 4,2 milhões ao ano mesmo que a empresa continuasse a dar prejuízo.
O Aerus, que está na classe 2, por exemplo, receberá debêntures no valor de R$ 50 milhões e prazo de vencimento de dez anos. As debêntures serão conversíveis em ações e corresponderão a até 5% do capital da Varig.
Além disso, a VarigLog informou que tem a intenção de comprar a participação de 5% do Aerus na própria VarigLog por R$ 24 milhões.
A proposta da VarigLog também inclui a injeção de US$ 75 milhões na Varig na data da homologação do leilão pela Justiça, mais US$ 75 milhões 30 dias depois, mais recursos financeiros adicionais no valor de até US$ 215 milhões com base em cronograma de investimento definido em plano de negócios.
Os valores serão prioritariamente para capital de giro, reservas de caixa, recuperação de aeronaves, renegociação de valores devidos às empresas de leasing, aquisição e arrendamento de mais aviões, negociação de fornecimento de combustíveis e utilização de infra-estrutura aeroportuária.
Segundo o promotor Gustavo Lunz, que acompanha o processo, houve melhora na oferta feita pela ex-subsidiária de transportes devido a negociações com credores. "Ninguém aumenta a oferta se não há uma demanda da outra parte", afirmou.
Mesmo que a Justiça remarque o leilão, a proposta da VarigLog ainda precisará ser aprovada pelos credores em assembléia para que a empresa seja arrematada.
A VarigLog condiciona a apresentação de sua proposta no dia do leilão a algumas regras a serem previstas no edital de venda.
A empresa quer que o preço mínimo de venda seja de R$ 277 milhões, haja o depósito de garantia de US$ 22 milhões e seja apresentada uma carta de fiança bancária de US$ 75 milhões pelos interessados em dar lances pela Varig.
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